16/12/2009
Em tempos de COP-15 vale a pena relembrar...
11/12/2009
Primeiro Aerogerador Vestas montado no Brasil
No entanto, hoje fiz questão de dispensar um tempo para divulgar a primeira foto de um aerogerador Vestas montado no Brasil. A partir de agora resta o comisionamento e a conexão à rede. Este aerogerador encontra-se em um parque eólico do nordeste e brevemente será divulgado pelos proprietários. A Vestas é líder mundial em energia eólica e sua presença no Brasil é mais um sinal da maturidade do nosso mercado.
Nossa competente equipe foi contratada pelo fabricante Dinamarquês para realizar a descarga, montagem, comissionamento e colocação em operação em conjunto com equipe de supervisão de montagem da Vestas. Também fomos responsáveis pelas obras civis e construção da infra-estrutra elétrica para escoamento da energia do parque. Tenho orgulho de ter colaborado para este empreendimento na época de sua viabilização dando apoio na elaboração de ofertas e negociações contratuais.
Como dizia o filósofo Immanuel Kant: "O real prova o possível." A parceria Arteche-Eurogruas transformou possibilidades em realidade. Uma realidade que vem mostrar a todos que estamos preparados para contribuir no crescimento do terceiro eixo da energia renovável Brasileira.
Meus sinceros parabéns a todos os envolvidos neste empreendimento!
Correção: De fato, o primeiro aerogerador Vestas do Brasil está em Fernando de Noronha. A falha deste humilde blogueiro pode ser compensada pelo fato de ser o primeiro aerogerador montado no continente como parte de um montante de mais de 200 MW já contratados com a Vestas e em fase de montagem no Brasil.
10/11/2009
Preço Inicial do Leilão vai definir os projetos que vão para a disputa
Leilão de eólicas: preço inicial fica em R$189 por MWh
Diretor-geral da Aneel considerou preço bastante exigente
A Aneel aprovou nesta terça-feira (10/11) o edital do primeiro leilão de energia eólica brasileiro, que acontecerá dia 14 de dezembro. A licitação, que recebeu 13.341MW de projetos cadastrados distribuídos em 441 parques, terá preço inicial de R$189 por MWh, o que significa redução de 30% quando comparado aos R$270 por MWh das eólicas do Proinfa. O diretor-geral da agência, Nelson Hubner, considerou o preço estipulado pelo Ministério de Minas e Energia “bastante exigente”.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, já havia avisado várias vezes que o preço ficaria abaixo dos R$200. Os empreendedores, por sua vez, reclamavam que somente um valor acima dos R$200 poderia viabilizar as centrais eólicas. Contudo, após o anúncio da Aneel, os investidores consultados pela reportagem do Jornal da Energia disseram que já trabalhavam com esta faixa de preço, mas que terão que fazer contas para definir com quais projetos seguirão adiante.
“Com certeza, esse preço vai selecionar os melhores projetos”, avalia Everaldo Feitosa, presidente da Eólica Tecnologia, empresa que inscreveu 450MW de usinas para a licitação. “Alguns de nossos projetos vão conseguir competir na casa dos R$180, outros que estavam na faixa dos R$200 vão ficar de fora”, completa.
A Bioenergy, que é presidida por Sérgio Marques, colocou cerca de 300MW no leilão. Ele conta que estava trabalhando com a hipótese do preço-teto de R$192. “Teremos que fazer contas agora. Vai ser um leilão muito competitivo”, afirma o investidor, que já admite que alguns de seus empreendimentos não concorrerão.
Para a fabricante de equipamentos eólicos Impsa, o preço não ficou muito aquém do esperado. “O mercado vai reclamar muito, vai chorar, mas eles já estavam se preparando para trabalhar nesse patamar”, analisa o gerente comercial da companhia, Paulo Ferreira.
Ainda segundo a Aneel, o edital que será publicado nesta quarta-feira (11/11) no Diário Oficial da União vai determinar que a verificação do atendimento das condições de habilitação dos projetos que concorrerão ao certame seja feita depois da fase de lances, o que caracteriza a chamada “inversão de fases”. As garantias de fiel cumprimento foram estabelecidas em 5% do valor total do investimento de cada parque. As usinas vencedoras do leilão terão que iniciar o suprimento em 1° de julho de 2012 e terão 20 anos de contrato.
Fonte: Milton Leal - Jornal da Energia 10/11/2009
Projetos do leilão de eólica vão receber benefícios tributários
Ministério de Minas e Energia acena para inclusão dos empreendimentos no Reidi
Os empreendimentos de geração que vierem a comercializar energia no leilão de energia eólica, que acontece em 14 de dezembro, poderão ser aprovados pelo Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), segundo informou comunicado do Ministério de Minas e Energia divulgado nesta segunda-feira (09/11). Assim, os investidores poderão se beneficiar com a suspensão por até 5 anos da cobrança de PIS/Cofins sobre os equipamentos adquiridos para a construção dos parques. De acordo com o MME, a garantia de aprovação dos projetos no programa permitirá aos empreendedores apresentar lances mais competitivos no leilão, reduzindo o preço de aquisição da energia de reserva e, conseqüentemente, da tarifa para o consumidor.
06/11/2009
GE instala fábrica de aerogeradores no Brasil
Não tenho por hábito citar fabricantes ou empresas no blog, mas achei relevante esta notícia pelo simbolismo da GE no mercado de energia. Se eles estão apostando na energia eólica brasileira é por que sabem que a expoloração desta fonte é uma realidade de longo prazo. Muito relevante também o fato de os equipamentos terem índice de nacionalização superior a 60% o que torna possível o financiamento via BNDES.
Compartilho da opinião do Marcelo Prado de que o mercado pode ter competitividade no mercado livre a médio e longo prazo. Mas uma razão para seguir no caminho do vento. Já é uma sinalização de que os custos de implantação terão que acompanhar a queda de tarifa que viabilize a participação no mercado livre.
Segue o link para a matéria completa feita por Milton Leal para o Jornal da Energia em 04/11/2009:
05/11/2009
Pedido de descupas e Novidades
02/11/2009
ABEEólica projeta contratação entre 1,5 mil e 2 mil MW no leilão de eólicas
ABEEólica projeta contratação entre 1,5 mil MW e 2 mil MW no leilão de eólicas Número pode ser alcançado porque algumas termelétricas que contrataram energia nos últimos leilões podem atrasar ou não entrar em operação comercial.
A Associação Brasileira da Energia Eólica projeta uma contratação entre 1.500 MW e 2 mil MW no leilão de reserva exclusivo para eólicas previsto para o dia 14 de dezembro. Segundo o presidente da ABEEólica, Lauro Fiuza, o número pode ser alcançado porque algumas termelétricas que contrataram energia nos últimos leilões podem atrasar ou não entrar em operação comercial. "A eólica poderia ser uma boa solução para suprir essa lacuna", disse Fiuza, após participar nesta segunda-feira, 26 de outubro, do Seminário França-Brasil de Energias Renováveis e Biocombustíveis, realizado no Rio de Janeiro.
Na avaliação do executivo, o adiamento do certame - que estava programado inicialmente para o dia 25 de novembro, não é um problema, pois não vê outra razão que não o acúmulo de certificações de ventos que devem ser analisadas pela Empresa de Pesquisa Energética. Com mais de 13 mil MW de projetos cadastrados, o total de projetos surpreendeu a EPE, que precisou ajustar os prazos para a avaliação dos documentos.
Fiuza destacou ainda que a ABEEólica já está apresentando a integrantes do governo a proposta de regime especial de tributação para a indústria eólica - Renovento. Segundo ele, a questão é importante porque a redução do valor de investimento demandado pode significar para a energia eólica uma competitividade comparável com hidrelétricas ou térmicas a biomassa. Dados da proposta mostram que a carga tributária sobre a energia eólica corresponde a um patamar enntre 25,7% e 30,2% do investimento.
Fonte: Carolina Medeiros – Agência CanalEnergia – 26/10/2009
23/10/2009
Integra da Portaria No 408, DE 21 DE OUTUBRO DE 2009.
22/10/2009
Leilão de energia eólica é adiado para 14 de dezembro; A-5 também sofre alteração
21/10/2009
MME mantém leilão de eólica
Fonte: Clipping Energia Global (http://www.energiaglobal.com.br/) - 20/10/2009 Nota Pessoal: Se depender de análise da documentação do leilão por parte da EPE, o adiamento deve acontecer pois os empreendedores vão aproveitar até o último instante o tempo que tem para preparar sua documentação.
20/10/2009
Leilão de Eólicas previsto para 14 de Dezembro.
16/10/2009
Leilão de Energia Eólica deve adiar para Dezembro
Tudo leva a crer que o adiamento aconteça pois empreendedores, MME, ANEEL e EPE temem que muitos projetos não se habilitem por decisão própria do empreendedor(não apresentando garantias) ou por não apresentar certificações de vento, o que seria considerado um fracasso nesta etapa inicial.
O adiamento é bom para ambas as partes(governo e empreendedores) pois ambas desejam o sucesso deste leilão(que seja o primeiro de muitos). Depois do último leilão (biomassa e PCH´s) em que foram negociados pouco mais de 10 MW médios, o leilão de eólica merece um números mais robustos para reforçar o compromisso brasileiro com as energias renováveis.
Com informações do Canal Energia, Agência Estado e Jornal da Energia.
14/10/2009
Indústria cearense que produz na Ásia tem economia de 30%
Setores da indústria cearense seguem tendência mundial e preferem produzir na China e na Índia para depois vender ao mercado brasileiro
Especialistas recomendam nova matriz energética para o País.
08/10/2009
Câmara vota projeto que incentiva uso de fontes renováveis
A Câmara dos Deputados votará nos próximos dias o Projeto de Lei 630/03, iniciativa que cria uma série de incentivos ao desenvolvimento de fontes de energia renováveis, como a biomassa e a eólica, no Brasil. Desconto de 20% na conta de luz para quem adotar o uso de energia solar em casa e redução de impostos sobre equipamentos e lucros de empresas que operam com tecnologias renováveis, além do estabelecimento de leilões regulares de exploração de energia eólica são apenas algumas das propostas previstas no texto que já recebeu o aval dos ambientalistas. De autoria do deputado Fernando Ferro (PT-PE), o relatório final é a união de 19 projetos de lei sobre o assunto que tramitavam na Casa até um ano atrás, quando foi criada uma comissão específica para tratar do tema.
– O projeto é muito positivo – avalia o coordenador da campanha de Energias Renováveis do Greenpeace, Ricardo Baitelo, que estava em Brasília para acompanhar a votação. – O texto é democrático e traz pontos inéditos e fundamentais para que o Brasil desenvolva seu potencial de produção de energia limpa.
Baitelo destaca como um dos principais pontos a realização de leilões anuais de pelo menos 600 MW médios das fontes eólicas, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas.
– Falta regularidade na realização dos leilões – explica Baitelo. – Se tivermos um por ano para cada uma das energias renováveis são 15 mil MW em dez anos, mais que uma Itaipu, que tem potencial de 13 mil MW. Juntos, os parques eólicos que se apresentaram para o próximo leilão são mais que uma Itaipu.
Com o objetivo de promover a instalação maciça de aquecedores solares no país, a lei proposta sugere um desconto de 20% na conta de luz das pessoas que adotarem coletores solares em casa. Mesmo sem o desconto previsto, o uso de aquecimento solar já reduz em até 50% as faturas de energia elétrica dos consumidores residenciais porque substitui o uso do chuveiro elétrico, ítem de maior consumo de eletricidade nas residências, representando, atualmente, até 25% da demanda máxima de energia elétrica. Além das vantagens mencionadas, a lei aposta que o crescimento da demanda pelo aquecimento solar irá provocar investimentos industriais que vão gerar milhares de empregos.
O projeto prevê, ainda, uma compensação financeira para quem instalar painéis fotovoltaicos em suas casas. A intenção é compensar a pessoa pela energia da rede que ela não está usando. O problema é que esse painel, que tem capacidade para gerar energia para uma casa com até cinco moradores custa, em média, R$ 50 mil.
Um dos principais pontos do relatório diz respeito à garantia dada aos geradores de que eles poderão vender sua energia às concessionárias por contratos de longo prazo.
– Essa decisão dá confiança ao empreendedor para investir no setor – afirma Baitelo. – Um contrato de 20, 25 anos é tempo suficiente para que o investimento seja amortizado.
Os contratos de longo prazo, aliás, foram pedidos pelas organizações não-governamentais de proteção ao meio ambiente que estavam preocupadas com a garantia da competitividade dos empreendimentos. Assim como a possibilidade de ligação das usinas de renováveis à rede elétrica.
Potencial
A proposta prevê ainda que antes da contratação ou construção de novas termelétricas, devem ser obrigatórias as chamadas públicas para identificar interessados em realizar o suprimento necessário de energia por meio de fontes renováveis.
Um fundo especial para financiar pesquisas e fomentar a produção de energias renováveis também está previsto. Ele pode ser mantido, entre outras fontes, por recursos obtidos com a exploração do pré-sal. Durante uma audiência pública realizada quarta-feira na Câmara sobre a produção e exploração do pré-sal, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que as pesquisas em energias renováveis não devem ficar prejudicadas pela exploração do petróleo na cama pré-sal. Ele garantiu que não há risco de faltar dinheiro para pesquisas nessa área.
Em 2008, o setor de energias renováveis movimentou em todo o mundo R$ 155 bilhões. Ainda assim, a energia renovável corresponde a apenas 13% da matriz energética mundial. No Brasil, as fontes renováveis representam cerca de 40% da oferta.
Fonte: Luciana Abade – Jornal do Brasil – 07/10/2009
07/10/2009
EPE: eólicos não terão que aportar garantias financeiras para ICGs antes do leilão
A Empresa de Pesquisa Energética está estudando uma proposta na qual os investidores não precisarão aportar garantias financeiras para as Instalações Compartilhadas - ICGs - antes da realização do leilão de eólicas, previsto para acontecer no dia 25 de novembro. De acordo com o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, esse é um pleito dos agentes que deverá ser atendido. "Essa seria a principal diferença quando comparamos o que foi feito quanto as ICGs no leilão de biomassa e o que será proposto para a conexão dos parques eólicos que sairem vencedores do leilão", esclareceu o executivo ao participar do Enase 2009 - 6o. Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, que acontece nesta terça-feira, 29, e quarta-feira, 30, no Rio de Janeiro.
Segundo Tolmasquim, antes do leilão, a EPE só apresentaria aos empreendedores os investimentos que seriam necessários para a construção das ICGs. "A partir daí, os investidores estimariam quais seriam os encargos que eles teriam que pagar", contou o executivo em entrevista à Agência CanalEnergia. Ele disse ainda que a EPE já está trabalhando junto com a Agência Nacional de Energia Elétrica em uma série de simulações. "A gente espera que, no máximo, dentro de um mês possamos divulgar a proposta para os investidores", afirmou.
Leilões
Para o final do ano, estão previstos acontecer três grandes leilões: o de eólicas, marcado para o dia 25 de novembro; o de Belo Monte (PA, 11.233 MW), previsto também para o final de novembro; e o A-5, que deverá acontecer em dezembro. Perguntado se o país não teria muita energia disponível, já que há uma sobra contratual de mais de 4 mil MW para os próximos anos, Tolmasquim afirmou que esse planejamento é essencial para se ter energia suficiente para os próximos anos.
Além disso, segundo o executivo, só será contratada a quantidade de energia que for declarada pelas distribuidoras. "Mas é inegável que o setor elétrico hoje está em uma situação muito boa. Algum tempo atrás nós tínhamos que correr atrás da demanda e agora temos uma oferta excedente, o que dá um conforto muito grande. Isso quer dizer que o Brasil pode crescer, porque há uma folga de energia razoável, mas temos que ficar atentos para conseguir manter essa dianteira. Por isso esses leilões são importantes agora", comentou.
Fonte: Carolina Medeiros - Agência CanalEnergia - 30/9/2009. Link alternativo: http://www.abeeolica.com.br/zpublisher/materias/Noticias.asp?id=19319
06/10/2009
Empresa que usa energia alternativa receberá incentivos
A Proposta que cria o Regime Especial de Tributação para o Incentivo ao Desenvolvimento e à Produção de Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Reinfa) foi debatida na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). O PLS 311/09 será votado na próxima reunião e prevê benefícios para empresas que produzem ou trabalham com energia eólica, solar e marítima.
Fonte: Jornal do Senado – 05/10/2009
05/10/2009
ABEEólica apresenta proposta de regime de desoneração para setor eólico
A Associação Brasileira da Energia Eólica apresentou nesta quarta-feira, 30 de setembro, uma proposta de desoneração da cadeia produtiva para o segmento. Como parte do plano Eólica 10-10, para implantação de 10 mil MW em 10 anos, os eólicos sugerem a criação de um regime de incentivo à geração eólica - o Renovento. A proposta foi apresentada durante o Enase 2009 - 6º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, no Rio de Janeiro. Em linhas gerais, o plano prevê a redução ou isenção de tributos como PIS/Cofins, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Serviços (ISS) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. Segundo o presidete da ABEEólica, Lauro Fiuza, a desoneração deveria atender os agentes que prestam serviços e fazem a montagem dos empreendimentos, ativos de conexão das usinas (transmissão e distribuição), os próprios geradores, e os fornecedores de equipamentos. Para o executivo, o Renovento pode ser a saída para reduzir a tarifa de energia - ainda considerada elevada, retirando a competitividade da fonte. "E é para fazer a tarifa ficar mais adequada ao consumidor", completou. Fiuza explicou que a medida permitiria a formação de uma indústria eólica mais sólida no país, reduzindo custos. Ao contrário de outros setores, observou, a indústria eólica depende de uma perspectiva de longo prazo para que haja a concretização de investimentos num parque industrial. Como exemplo de desenvolvimento de setores, Fiuza destacou os regimes de incentivo para petróleo e gás (Repetro) e infraestrutura (Reidi). Meio Ambiente - Fiuza destacou ainda que questões ambientais têm criado incertezas no segmento eólico. Isto porque, segundo ele, o Ministério Público tem ajuizado ações contra implantação de empreendimentos, questionando os respectivos processos de licenciamento, feitos com base em normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente. "O MP não aceita as normas criadas pelo Conama", destacou, acrescentando que todos os projetos implantados no Ceará têm passado pelo crivo do MP.
Fonte: Fábio Couto, da Agência CanalEnergia, Regulação e Política 30/9/2009 Link Alternativo: http://www.abeeolica.com.br/zpublisher/materias/Noticias.asp?id=19320
Associação quer incentivos fiscais para energia eólica
O pacote de incentivos incluiria a isenção de tributos como PIS/Cofins, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Serviços (ISS) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). De acordo com Fiuza, o pacote deveria ser incluído no plano Eólica 10-10, de implantação de 10 mil megawatts (MW) em 10 anos. "Esta pode ser a saída para o setor de energia eólica, porque fará a tarifa ficar mais adequada ao consumidor", disse.
Fiuza lembrou que já existem setores que recebem este tipo de incentivo, como o de petróleo e gás (Repetro) e de infraestrutura (Reidi). A proposta também tem um forte apelo ambiental, já que o Ministério Público tem ajuizado ações contra a implantação de empreendimentos a partir de outras fontes de energia. "É uma alternativa mais limpa e que, por isso, tem que ser incentivada", disse.
Fonte: Kelly Lima - Agência Estado - 1/10/2009
28/09/2009
Custos da Energia Eólica x Modicidade Tarifária x Desoneração Tributária
27/09/2009
ABEEólica destaca sinalização do governo em prol de um programa de longo prazo para a eólica
O ministro de Minas e Energia Edison Lobão afirmou, em 23/09, que anualmente serão realizados de um a dois leilões de energia eólica no Brasil. O pronunciamento ocorreu durante evento sobre o Pré-sal e o futuro brasileiro, em Brasília. Esta foi uma das primeiras sinalizações do governo federal assumidas publicamente pela figura do Ministro de Estado de Minas e Energia quanto ao desenvolvimento de um programa de longo prazo para a energia eólica no País.
Para a ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), mais uma louvável atitude pioneira do Ministro Lobão, que assumiu o compromisso do 1º Leilão de Eólica que irá acontecer no próximo dia 25 de novembro de 2009. Em prol do aumento de competitividade da indústria, esta sinalização da continuidade dos investimentos em eólica mostrada de forma clara é um dos pleitos mais importantes defendidos pela entidade.
O anúncio do ministro se alinha ao Programa que a ABEEólica criou e convencionou chamar de 10.10, ou seja, a instalação de 10 GW de energia eólica ao longo de 10 anos, e que visa atrair novos fabricantes para a cadeia de energia eólica nacional, contribuindo assim para a livre concorrência, a modicidade tarifária e à segurança energética brasileira para os próximos anos. "É com grande satisfação e confiança que recebemos essa mensagem do ministro Lobão favorável a implementação de um programa eólico de longo prazo no Brasil, um pleito que a entidade defende e dissemina para a opinião pública e os órgãos governamentais", afirma Lauro Fiuza Junior, presidente da ABEEólica.
De acordo com Fiuza Junior, o Programa 10.10, conforme estimativa da ABEEólica, será capaz de gerar mais de 15 mil novos empregos diretos e indiretos, que se somariam aos 12 mil postos de trabalho já existentes hoje e envolvidos nos projetos eólicos em operação e em construção.
O primeiro leilão exclusivo de eólica está marcado para o próximo dia 25 de novembro. Serão, ao todo, 441 empreendimentos que somam 13.341 MW de capacidade instalada foram inscritos na concorrência. Em relação à quantidade de eólica que deverá ser contratada na oportunidade, Lobão informou que o governo ainda não se decidiu.
Para o presidente da ABEEólica, Lauro Fiuza Junior, a expectativa é de que entre 2.500 MW e 3.000 MW sejam contratados nesse primeiro momento. "Com leilões anuais, as fábricas e as empresas se instalarão e as que já estão por aqui se manterão com o intuito de dar continuidade e até mesmo ampliar os investimentos em energia eólica no Brasil", diz Fiuza.
Lobão destacou também no evento que a descoberta do Pré-sal é de grande importância, mas salientou que o Brasil deve continuar investindo pesadamente em energia renováveis, como a eólica, para permanecer como nação detentora da matriz energética mais limpa do mundo.
Fonte: Portal Fator Brasil <www.revistafatorbrasil.com.br> 26/09/2009 - 11:39
23/09/2009
Como o vento pode alimentar a China (e salvar o clima da Terra)
Os pesquisadores fizeram estimativas considerando as projeções econômicas de crescimento do país. Também avaliaram o potencial meteorológico e a disponibilidade de ventos constantes. No mapeamento do potencial eólico, excluíram as áreas urbanas e os terrenos impraticáveis. Igualmente, avaliaram o custo do investimento em eólicas. Descobriram que, em várias áreas do país, é possível gerar energia dos ventos a algo entre 6 e 8 centavos de dólar por killowat hora (kWh). Isso significaria a geração lucrativa de 9,96 trilhões de kWh. Essa energia é o dobro da demanda atual da China. Mas é o que se espera que seja o consumo em 2030.
São ótimas perspectivas para um país que hoje depende da queima de carvão mineral (o combustível mais poluente de todos) para gerar a maior parte de sua eletricidade. A passagem para energia eólica vai exigir um investimento pesado em infraestrutura de transmissão elétrica para ligar os grandes centros de consumo aos terrenos com maior potencial de geração, situados no norte e no oeste do país. Mas, se os pesquisadores estiverem certos, é uma forma economicamente viável de evitar que o desenvolvimento do país mais populoso do mundo acabe com o clima da Terra.
Também pode ser um exemplo para o Brasil, que descansa sobre sua bem sucedida política de álcool e esquece outros problemas, como a dependência no transporte de caminhão a diesel para cargas. Além disso, o Brasil tem uma das maiores empresas produtoras de cataventos eólicos, um potencial imenso, mas praticamente não investe nessa opção. E agora sonha com uma economia movida a petróleo do pré-sal, mas não tem planos para usar parte dos lucros para investir em fontes energéticas mais limpas, e com futuro mais longo.
Fonte: Alexandre Mansur - Revista Época - 18/09/2009
21/09/2009
Eólica de 54MW inicia testes no Ceará
Parque tem 26 aerogeradores e pertence à Siif Énergies
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o início da operação em testes da usina eólica Icaraizinho, em Amontada, no Ceará. O empreendimento, que pertence à Siif Enérgies, possui 26 aerogeradores que somam a potência instalada de 54MW. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (14/09).
A Siif deverá enviar à agência reguladora, no prazo de até 60 dias, o relatório final de testes e ensaios, ratificando ou refiticando a potênca das unidades geradoras. A solicitação do início da operação comercial sometne pdoerá ser efetuada após o fim dos testes e estará condicionada à apresentação de documentos solicitados pelo órgão regulador.
A usina recebeu investimentos de R$225,8 milhões e e é a quarta de um total de cinco usinas que a empresa pretende ter instaladas no País até o final de 2010. Juntos, os projetos vão somar custos de R$1,7 bilhão e 342MW em capacidade instalada.
Fonte: Redação - Jornal da Energia 18/09/2009
17/09/2009
O futuro da energia eólica
16/09/2009
Energia limpa pode empregar 6,9 milhões de pessoas até 2030
Em dezembro, líderes mundiais se encontram em Copenhagen para decidir as políticas para a diminuição das emissões de carbono, causadoras do aquecimento global. Se a opção for pelo investimento em fontes renováveis de energia como um dos modos de diminuir o impacto ambiental, o resultado será um forte crescimento dessa indústria, que pode representar cerca de 6,9 milhões de empregos em 2030. A estimativa aparece em estudo realizado pelo grupo ambiental Greenpeace e pelo Conselho Europeu de Energia Renovável (EREC, na sigla em inglês) e divulgado nesta segunda-feira (14/09).
A escolha da geração de energia limpa em substituição à gerada com carvão evitaria a emissão de 10 bilhões em emissões de CO2 e ainda criaria 2,7 milhões de empregos nos próximos vinte anos, caso o negócio siga o atual ritmo. Já o setor de eficiência energética poderia gerar outros 1,1 milhão de empregos. A indústria de geração por carvão é responsável atualmente por cerca de 4,7 milhões de vagas.
"Já há 450 mil pessoas trabalhando na indústria de energias renováveis europeia, representando um volume de negócios de mais de 45 bilhões. Essa pesquisa mostra que a energia renovávei é um ponto fundamental para enfrentar tanto a mudança climática quanto a crise econômica", afirma Christine Lins, secretária geral do EREC. Segundo Sven Teske, especialista em energia do Greenpeace, "para cada emprego perdido na indústria de carvão, três são criados na de energia renovável".
Acesse o estudo completo em: http://www.greenpeace.org/raw/content/international/press/reports/working-for-the-climate.pdf
Fonte: Jornal da Energia - 15/09/2009 http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=1473&id_tipo=2&id_secao=2&id_pai=0&titulo_info=Energia%20limpa%20pode%20empregar%206%2C9%20milh%F5es%20de%20pessoas%20at%E9%202030
14/09/2009
Abeeólica quer programação para leilões
Custo de conexão de parques eólicos representa até 10% do valor do empreendimento, diz ABEEólica
O custo de conexão dos parques eólicos ao Sistema Interligado Nacional representa entre 8% e 10% do valor do empreendimento, de acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Afonso Aguilar. Segundo ele, a energia eólica é a única fonte que tem o ônus de pagar o sistema de conexão sozinha, o que acaba encarecendo o preço da energia vendida. Por isso, a ABEEólica está conversando com o governo para que as linhas de transmissão dos empreendimentos eólicos entrem em leilões de transmissão, assim como o de qualquer outro empreendimento de geração.
"O que nós queremos é isonomia. O empreendedor paga uma parte da linha até um ponto de conexão, ou até a instalação compartilhada de geração (ICG), e a partir desse ponto a LT entra em leilão", disse Aguilar durante a inauguração da central eólica Formosa, da Siif Énergies. De acordo com ele, as ICGs poderiam reduzir os custos de conexão em até 3%.
Como exemplo, o executivo citou as diversas centrais eólicas existentes no Ceará, que pela legislação atual, precisam construir uma linha de transmissão saindo de cada parque. "Diversos parques no Ceará tem linhas de transmissão, até paralelas com a de outros parques, chegando até a mesma subestação", declarou.
Aguilar comentou que os governos dos estados do Maranhão, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte estão planejando fazer um linhão para interligar os parques eólicos desses estados. No entanto, esse projeto só deverá ser feito após o leilão de energia eólica. "Após o leilão, tendo conhecimento dos vencedores, será mais fácil fazer um planejamento do setor elétrico. Hoje é praticamente impossível fazer um planejamento do setor com a quantidade de projetos que se tem e com a incerteza de quem vai ganhar o leilão", explicou.
Quanto as regras do leilão de eólicas, previsto para acontecer no dia 25 de novembro, Aguilar afirmou que ainda não tem nada definido. "O governo quer licitar, mas ainda não definiu a potência exata. Além disso, tem que selecionar os players, pois se tem mais de 13 mil MW cadastrados no certame. Então, tem que se definir o que o empreendedor tem que apresentar para participar do leilão e qual a capacidade financeira que ele tem que ter", explicou o executivo. Segundo ele, isso é necessário para que não acontece como no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia, no qual alguns parques ainda não entraram em operação porque não conseguiram equalizar a questão financeira.
*A repórter viajou ao Ceará a convite da Siif Énergies
Fonte: Carolina Medeiros - Agência CanalEnergia - 11/09/2009
12/09/2009
Exemplo de Política para Energias Renováveis
No anúncio da figura vocês podem ver um resumo do planejamento realizado pela Governo da Andalucia (Espanha).
Vale a pena analisar. Trazem um grande incentivo ao uso de energias renováveis. Focam também o desenvolvimento sustentável através do incentivo ao crescimento da energia eólica na região (tanto parques como a própria indústria envolvida.
11/09/2009
Energia eólica tem custo mais baixo que as térmicas a gás e diesel, segundo a Eletrobrás
O chefe do Departamento de Engenharia e Gestão de Obras de Geração da estatal, Marcio Drummond, mostrou aos participantes do seminário que embora apresente um custo de investimento inicial mais caro que as térmicas a gás e a diesel, por exemplo, o custo operacional das usinas eólicas resulta bem menor.
"Com dez dias, a eólica já passa a valer a pena em relação às usinas a gás, por exemplo", disse Drummond. Na comparação com as térmicas a diesel, bastariam seis dias para evidenciar a vantagem da geraç ão eólica, de acordo com o estudo.
Drummond acrescentou que, "em dois meses, você pode dizer que [a energia eólica] compensa qualquer coisa". Isso significa que após 60 dias a energia gerada pela usina eólica começa a ficar mais barata que a energia de outras fontes.
O estudo será divulgado oficialmente pela Eletrobrás somente em novembro próximo, durante evento em Recife (PE). Por isso, Drummond não quis adiantar mais detalhes sobre o trabalho.
Fonte: Agência Brasil, 08/09/2009
09/09/2009
Contratação de energia alternativa pode ser obrigatória por 10 anos
A Comisssão Especial de Fontes Renováveis de Energia da Câmara dos Deputados deve votar na próxima quarta-feira, 9 de setembro, o parecer do relator, deputado Fernando Ferro (PT-PE), no qual é apresentado um subsitutivo que unifica 18 projetos de lei de estimulo a essas fontes. Entre os incentivos estão a criação de um fundo para pesquisa e desenvolvimento, com recursos de royalties e participação especial da exploração de petróleo; além de instituir a obrigação de contratação de energia dessas fontes.
As estatais federais, ligadas à Eletrobrás, e as distribuidoras terão que adquirir energia das chamadas fontes renováveis alternativas pelo prazo de uma década, a partir de 2011. No total serão 700 MW médios por ano de pequenas centrais hidrelétricas, biomassa e energia eólica. As distribuidoras, pelo substitutivo, terão que comprar 600 MW médios, sendo 200 MW médios de cada uma das três fontes. Já as estatais terão que adquirir 100 MW médios no total.
As distribuidoras terão ainda que realizar, anualmente, chamada pública para aquisição de energia de empreendimentos de fontes renováveis alternativas com capacidade de 50 kW a 1 MW. Com isso, a intenção é que essa geração corresponda a pelo menos 5% do crescimento da demanda prevista pelas empresas. As unidades de terão isenção das tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão. A intenção é estimular a geração distribuída.
Para incentivar os geradores, a remuneração da energia produzida se dará pelo Valor Anual de Referência (VR), mais um prêmio. No caso das fontes hídricas será dado um adicional de 10%; das térmicas a base de resíduos sólidos e urbanos, 20%; e de energia eólica, solar, geotérmica e maremotriz, 50%. Em todos as modalidades de contratação, o relator determinou a preferência por projetos com índice de nacionalização de no mínimo 60% e os contratos terão duração de 20 anos.
Serão os consumidores finais que arcarão com o custo dessa contratação, após a exclusão dos clientes de baixa renda. A partir de 2011, as distribuidoras serão obrigadas também a comprar toda a energia de microgeração, com capacidade de até 50 kW, injetada na rede. O valor das tarifas terá como piso a tarifa média paga pelos consumidores finais nos 12 meses anteriores. Haverá isenção de Tust e Tusd.
No sistema isolado, a forma de contratação da energia também vai mudar. As empresas da região Norte terão que realizar chamadas públicas para a contratação, preferencialmente, das fontes renováveis alternativas. Os prêmios sobre o VR são maiores do que o do Sistema Interligado Nacional, variando de 15%, no caso de PCHs, térmicas movidas a resíduos de agropecuárias, florestais e industriais, até 75% de fontes eólica, solar, geotérmica e maremotriz.
O custo será repassado aos consumidores do sistema isolado, mas o valor acima do VR será rateado entre os consumidores de todo o país. Os contratos deverão ter 25 anos de duração. A produção de energia de empreendimentos de até 1 MW serão subrogados. Poderá se utilizar recursos da Conta de Desenvolvimento Energético, após regulamentação específica, nos projetos.
Em um momento no qual os estados lutam para não perder os recursos de royalties e participações especiais do petróleo vindo do pré-sal, os deputados poderão propõem a criação do Fundo Nacional para Pesquisa e Desenvolvimento das Fontes Alternativas Renováveis, financiando por esses encargos. O fundo receberá 5% dos recursos distribuído por cada um dos encargos cobrados na exploração. Os geradores térmicos, com uso de combustíveis fósseis, também irão contribuir com o fundo, repassando 5% da receita operacional líquida.
O fundo será abastecido ainda com 30% do valor correspondente a redução prevista da Conta de Consumo de Combustíveis. Outras fontes de recursos também estão previstas. Os projetos de repotenciação de PCHs também foram contemplados pelo projeto com a prorrogação da concessão ou autorização pelo prazo necessário para amortização do investimento, limitado a 20 anos.
O relator, baseado em um dos 18 projetos unificados, previu a criação dos Certificados Comercializáveis de Energia Alternativa Renovável, que após registro na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, poderão ser usados pelos consumidores livres para comprovar a contratação do atendimento da carga. O substitutivo estabelece ainda a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados para os veículos elétricos e elétricos híbridos, bem como a célula de hidrogênio.
Os fundos de investimentos focados em fontes renováveis alternativas pagarão imposto de renda 5% menor que os outros fundos de renda variável. A eficiência energética não foi esquecida. Os prédios públicos federais terão que seguir novas de uso e aplicação de materiais e equipamentos, que resultem em máxima eficiência. A partir do sétimo ano de vigência da norma, todos os contratos das autarquias da União deverão ter requisitos de eficiência.
As usinas de açúcar e álcool só poderão contratar financiamento público se tiveram geradores de vapor de alta pressão no caso de projetos de mais de mil toneladas. Nos menores, os geradores deverão ser dimensionados para operar em alta pressão. Para ler a integra do substitutivo, clique aqui.
Fonte: Alexandre Canazio, Canal Energia, 08/09/2009
Aneel coloca em audiência pública minuta do edital do leilão de eólica
A Agência Nacional de Energia Elétrica abre na próxima quinta-feira, 10 de setembro, audiência pública, por intercâmbio documental, da minuta de edital do leilão de energia eólica previsto para 25 de novembro. O diretor relator da matéria, José Guilherme Senna, frisou que o documento não contém a sistemática do leilão, pois esta ainda não foi divulgada pelo Ministério de Minas e Energia. Ele salientou ainda que o fato não prejudica o ínicio da audiência pública porque a sistemática tem maior efeito na condução do certame. A audiência será realizada até o dia 25 deste mês. O contrato de energia de reserva prevê que os riscos financeiros associados à diferença a menor entre a energia gerada pela usina e a energia contratada serão de responsabilidade dos geradores eólicos. Os vendedores, de acordo com Senna, deverão liquidar os excedentes no âmbito do contrato, ficando impedido de comercializar essa sobra. A Aneel confirmou as diretrizes anunciadas pelo MME em maio deste ano, que prevêem o limite de variação da produção entre 10% a menor e 30% a maior em relação ao comercializado no leilão.
Os desvios positivos serão reembolsados em até 70% do preço da energia contratada. Em caso de produção menor, os empreendedores deverão pagar uma multa correspondente ao preço da energia mais 15%, parcelada em 12 meses. Os montantes contratados serão revisados no ínicio de cada quatriênio. Além disso, os geradores, que não contratarem toda a garantia física, ficam proibidos de comercializar o restante da energia. A Aneel ainda vai divulgar ainda o endereço para consulta da minuta do edital e envio de contribuições.
Fonte: Alexandre Canazio, CanalEnergia
02/09/2009
O próximo governo e o setor elétrico
Recomendo a leitura do excelente artigo escrito para o Canal Energia e disponível no link abaixo:
http://www.canalenergia.com.br/zpublisher/materias/Newsletter.asp?id=73483
Concordo plenamente com a necessidade de o Brasil ter agências reguladoras independentes e com força para regular e fiscalizar. Há no Brasil um idéia equivocada de que o estado tem solução para todos os problemas. A morosidade, burocracia e ineficiência do estado não permite que as ações estratégicas sejam efetivadas em curto prazo. Melhor deixar para a iniciativa privada ou utilizar PPP´s. Ao Estado cabe concentrar-se em atividades estratégicas como educação e saúde bem como planejar, regular e fiscalizar.
01/09/2009
Modelo energético brasileiro não valoriza energias renováveis, analisa o Gesel
"Elas vão gerar muita energia enquanto chove e muito pouca no período da seca". Isso significa que no período de seca, que se estende de abril até novembro, o Brasil poderá precisar de usinas termelétricas e de energias renováveis. Do ponto de vista do Gesel, as energias mais recomendadas nessa situação de escassez de água são a biomassa e a eólica. Nivalde de Castro esclareceu que não há possibilidade de o país sofrer um novo apagão. "Mas, corre o risco de ter energia muito cara no período seco porque, em vez de usar a biomassa ou [a energia] eólica, cujo custo variável é zero, você vai despachar usinas termelétricas, cujo custo variável é muito alto". Isso se aplica especialmente às térmicas a óleo.
Segundo Castro, as regras vigentes nos atuais leilões de energia "não estão valorizando a importância dessas duas energias [a biomassa e a energia eólica]". Ele esclareceu que, aparentemente, uma termelétrica de biomassa poderia ter a energia paga mais cara. "No fundo, porém, ela é uma energia que economiza reservatório a um preço muito mais barato do que a termelétrica a óleo". Além disso, é grande a disponibilidade no país desse tipo de energia. Castro afirmou que a usina de biomassa pode ser colocada no sistema rapidamente, porque se trata de um derivado da produção de açúcar e álcool, da qual o Brasil é uma potência mundial. No caso da fonte eólica, ele lembrou que o país tem um espaço "gigantesco" onde pode aproveitar esses recursos. "E isso não está sendo levado em conta nas regras do leilão".
Ele defendeu que sejam feitas algumas alterações nessas regras. A mais importante, a curto prazo, seria realizar leilões específicos para cada fonte de energia, e não leilões genéricos, como ocorre hoje. Outra sugestão é fazer leilões "locacionais", que identifiquem as regiões onde a energia pode ser produzida a um custo mais baixo. Em São Paulo, por exemplo, pode ser gerada grande quantidade de energia a partir da biomassa, porque existem muitas usinas e não há necessidade de gastos adicionais com linhas de transmissão.
"Eu acho que alterações desse tipo são simples de ser feitas e trariam uma segurança para o setor elétrico brasileiro muito grande no futuro". A projeção é de que ao final deste ano, a energia gerada a partir do bagaço de cana alcance 4.500 megawatts (MW) de potência instalada no Brasil. Considerando a estimativa de 1,038 bilhão de toneladas de cana para a safra 2020/2021, o potencial de geração de energia nesse período será de 14.379 MW médios, revela o estudo do Gesel.
Castro explicou que a expansão da energia da biomassa acompanha o crescimento da produção da moagem da cana. A tendência é de aumentar a quantidade de bagaço da cana e de palha, devido à proibição crescente da queima. Em relação à energia eólica, a potência instalada é de 417 MW. Outros 442 MW estão em construção, indica o estudo.
O coordenador do Gesel afirmou que as energias alternativas e renováveis são muito importantes para o Brasil, na medida em que podem manter a matriz energética do país não emissora de gás carbônico, não poluidora, ou seja, "manter essa vantagem comparativa que o Brasil tem".
Fonte: Reportagem de Alana Gandra - Agência Brasil 31/08/2009
28/08/2009
Leilão de eólicas: parques poderão entregar garantias para ICGs após leilão
Os parques eólicos que pretendem participar do leilão de energia eólica poderão entregar as garantias referentes à conexão, via Instalações Compartilhadas de Geração (ICGs), após o resultado do leilão específico para a fonte previsto para 25 de novembro. A informação é de Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, que estuda uma forma de contornar as dificuldades dos geradores eólicos em cumprir com esse compromisso.
No certame de biomassa, as usinas entregaram essa garantia antes do leilão, mas no caso das eólicas há dificuldade porque esses projetos só têm o certame para comercializar a energia. E essas garantias de ICGs não são devolvidas após a realização do leilão.
Apesar dessa questão, o executivo reafirmou que o preço da energia eólica deve ficar abaixo dos R$ 200 por MWh. "Isso vai aproximá-las das térmicas", comparou. Ele destacou ainda que uma das vantagens das eólicas, em relação as térmicas, é ter Custo Variável Unitário nulo, assim como as térmicas a biomassa.
Tolmasquim adiantou que a tendência dos leilões de energia de reserva é contratar energia apenas de fontes com CVU zero ou próximo disso. Tolmasquim confirmou que o governo está estudando a regularidade da contratação da energia eólica. "As eólicas podem significar o retardamento de despacho de térmicas a óleo", exemplificou a importância da fonte. Ele estimou também que o potencial eólico do país deve ser no mínimo o dobro dos 143 GW estimados atualmente, devido ao avanço tecnológico.
Fonte: Alexandre Canazio - Agência CanalEnergia - 27/08/2009
27/08/2009
Preço-teto do leilão de eólica será menor de R$200 por MWh, garante EPE
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, falou nesta quinta-feira (27/08) pela primeira vez que o preço inicial do leilão de eólica ficará abaixo dos R$200 por MWh. "O Proinfa hoje está com uma tarifa atualizada de R$250, mas para o leilão deste ano, o preço vai ser menor que R$200", afirmou, após participar do leilão A-3 de energia nova, que aconteceu, em São Paulo.
O certame específico da fonte, marcado para o dia 25 de novembro, recebeu cadastro de 441 projetos, totalizando 13.341MW de potência instalada. Para Tolmasquim, a sobra de 3.325MW médios de energia em 2012, ano em que as eólicas deverão começar a operar, não preocupa. "Estamos com excedente a partir de 2012, mas a eólica é estratégica para o País, que tem um enorme potencial", avaliou.
Para ele, esta licitação vai ajudar a reduzir os custos de implantação deste tipo de empreendimento no Brasil e ajudar a preservar o nível dos reservatórios das hidrelétricas. "As eólicas do Nordeste têm uma grande complementariedade com a fonte hídrica", explica.
A questão que envolve a forma de conexão dos parques geradores ao Sistema Interligado Nacional (SIN) é muito importante para que o investidor consiga saber se seu projeto será ou não viabilizado. Esta matéria está sendo trabalhada por um grupo da EPE. Tolmasquim contou que para dar mais tempo a este planejamento da localização das subestações coletoras, também conhecidas por ICGs, está sendo estudado permitir ao empreendedores depositar as garantias financeiras depois da realização do leilão.
Fonte: Milton Leal - Jornal da Energia (www.jornaldaenergia.com.br) - 27/08/2009
25/08/2009
Comissão quer votar marco para renováveis antes da COP-15
A Comissão Especial de Energias Renováveis da Câmara dos Deputados tem como meta votar o marco legal para as fontes alternativas de energia até a realização da 15ª Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP-15), que ocorrerá em Copenhagen, na Dinamarca, no dia 7 de dezembro deste ano. A reunião deverá firmar as bases de um novo acordo climático mundial, que substituirá o Protocolo de Kyoto.
De acordo com o presidente da comissão, deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), o relatório recebeu 88 propostas de emendas. O relator da comissão, deputado Fernando Ferro (PT-PE) vai analisar as contribuições e constituir um substitutivo à primeira proposta, que então será votado pela comissão e será encaminhado para o plenário da casa. A expectativa é que o novo relatório seja votado pela comissão em duas semanas.
Loures afirmou que já costurou acordo com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) para que a matéria seja votada antes da reunião do clima. Após aprovada, a proposta seguirá para o Senado. "Estamos trabalhando para que o projeto de lei seja dispensado das comissões do Senado e seja votado somente no plenário", disse o presidente da comissão.
Ainda segundo ele, o grande volume de emendas são referentes às fontes solar e eólica. No atual relatório, a ideia é promover leilões anuais nos próximos 10 anos para as fontes. "Precisamos de uma diretriz de longo prazo para estimular as indústrias e os investidores", opina Loures.
Outro ponto do projeto de lei diz respeito a uma possibilidade de financiar o desenvolvimento das renováveis no Brasil com parte dos recursos arrecadas com os royalties do pré-sal. "Este é um dos pontos que vai provavelmente ser aprovado por unanimidade", assegura. A microgeração também será incentivada pelo projeto.
Fonte: Milton Leal - Jornal da Energia - 24/08/2009
União Europeia quer fechar 2009 com 8,6GW de nova capacidade eólica
24/08/2009
Contratar mais de 1.000MW no leilão eólico é um risco grande, diz Hubner
19/08/2009
Cinco razões para agir
Traduzido de: http://www.windpoweroworks.net/
Infraestrutura rodoviária deve encarecer projetos eólicos
16/08/2009
Livro sobre energia eólica será lançado na próxima terça-feira
13/08/2009
Vestas fecha fábricas na Inglaterra
Fonte: Miguel Prado - Jornal de Negócios - Lisboa - 12/08/2009
12/08/2009
Inauguração Parque Eólico Praia Formosa
11/08/2009
Chineses incluem energia eólica entre prioridades estratégicas, enquanto no Brasil essa alternativa ainda é pouco explorada.
Fonte: Editorial Folha de São Paulo - 10/08/2009
10/08/2009
Paulo Ludmer: Energia eólica, um bem ao pós-crise
O primeiro mito a desfazer é o de que a energia eólica é cara. Nada menos do que 46% dos gastos dos investidores, antes de o parque eólico iniciar sua operação, são encargos e tributos. A taxa é de 35% para novas hidroelétricas. Caras? Há uma pilhagem da coletoria que estraga as aparências. Nada paroquial, defendo a desoneração de toda a cadeia energética como essencial à retomada de padrões de competitividade da economia brasileira. Não é demais repetir que as usinas eólicas podem, em 18 meses, preencher com vantagens (são mais limpas e seu kWh é mais barato) as lacunas sujas e caras no Plano Decenal de Energia. Esses vácuos vão sendo criados nas projeções de oferta de energia nova, com a desistência de termoelétricas a óleo combustível e a diesel, que deixam de ser construídas devido ao câmbio e à dificuldade de crédito. Essas obras venceram leilões de energia nova e a EPE contava com elas.
Para o leilão exclusivo de energia eólica programado para 25 de novembro falta uma desoneração fiscal importante, que traduza uma aposta estratégica na energia obtida pelos ventos. É preciso dar força aos fabricantes brasileiros e àqueles que estão se esforçando para se instalar no Brasil. Uma ferramenta de governabilidade é a fiscal, e o Ministério da Fazenda emite sinais nesta direção. Também há que lubrificar as importações indispensáveis ao nascimento do Programa Eólico Nacional.
Não se cogita arrefecer os esforços na ampliação do parque hidroelétrico, até porque a eólica lhe é complementar. Mas é preciso elevar o casamento água-vento-biomassa por uma efetiva expansão das energias renováveis. Os grandes consumidores industriais não devem temer os preços das eólicas, por motivos de historicidade. O País precisa dispor do domínio dessa tecnologia; de seu marco regulatório; de seus recursos humanos; de seus efeitos ambientais; de sua geopolítica; de sua previsibilidade e de sua economicidade. Se um parque eólico robusto já estivesse operando, os grandes consumidores estariam economizando uma fortuna pela brutal redução nos Encargos de Serviços de Sistema. Ganhariam em PLD (preço spot), em menor risco de déficit e PMO (preço marginal de operação), livrando-se de hidrocarbonetos voláteis e importados. Por tudo isso, deve-se desejar absoluto sucesso ao leilão de eólica. Nele, há mais de 13 GW de projetos inscritos na Aneel, alguns preenchidos a caneta, de improviso sobre seu balcão de recepção.
Outros, contendo 600 páginas cada um, foram elaborados a pelo menos 30 mil euros por usina.Estamos em agosto, a dois meses do certame. Como a Aneel/EPE selecionará os 441 projetos? Quais serão os critérios? Haverá transparência? Nem o Operador Nacional do Sistema, nem a EPE, em suas projeções, incluíram a energia eólica de modo concomitante ao leilão. Estarão escondendo a quantidade que pretendem contratar? Estarão apostando num retumbante fracasso? O leiloeiro -o governo- é poderoso porque define o preço de partida e a quantidade que deseja negociar. Nos EUA vige o sistema de cotas de eólica impostas obrigatoriamente a cada distribuidora (não há estímulo à competição). Nos demais países em que a eólica prosperou aplicou-se o feed-in , algo como o Proinfa. Portanto, não é de estranhar que segmentos do setor eólico estejam cobrando do governo um Proinfa II, previsto em lei. Os preços de peças e componentes eólicos no mundo desabaram. Há elevados estoques, devido à crise. Há uma mão de obra muito qualificada, até treinada na Alemanha, excluída entre nós. Por isso o melhor seria, dentro de um Programa Eólico, realizar leilões regulares e sistemáticos. O leilão de 25 de novembro trará ótimos resultados se se desdobrar, digamos, em entregas picotadas, entre 2011, 2012 e 2013. Isso asseguraria previsibilidade e continuidade aos 2 mil fabricantes de peças e componentes, logística e parceiros securitários e financeiros, evitando descumprimentos de metas e prazos.
Fonte: Diário do Comércio, Industria e Serviços - DCI – São Paulo / SP – 07/08/2009