26/04/2011

CPFL faz acordo com ERSA e cria CPFL Energias Renováveis

SÃO PAULO (Reuters) - A CPFL anunciou no final da terça-feira uma associação com a produtora de energia renovável Ersa, em uma operação em que deterá 63,6 por cento de uma nova unidade focada em pequenas usinas hidrelétricas, termelétricas a biomassa e centrais de energia eólica.
Segundo a CPFL, que tem entre os principais sócios o grupo Camargo Corrêa e o fundo de pensão do Banco do Brasil (Previ), a expectativa é que a associação seja concluída em agosto.
A nova empresa criada, CPFL Energias Renováveis, terá um portfólio de ativos que somarão 1.034 megawatts de potência distribuídos por usinas que incluem 33 pequenas centrais hidrelétricas (PCH), 4 parques eólicos e 4 termelétricas a biomassa em operação.
A operação vai ocorrer por meio de duas unidades da CPFL: CPFL Geração e CPFL Comercialização. A CPFL Geração vai separar suas PCHs e transferí-las para a holding Nova CPFL, que terá como acionistas a empresa e a CPFL Comercialização e ficará com as PCHs e os empreendimentos da Comercialização.
A holding então será incorporada pela Ersa e com isso a CPFL Geração e CPFL Comercialização passarão a integrar o bloco de controle da Ersa, detendo conjuntamente 63,6 por cento do capital total e votante.
Os atuais acionistas da Ersa, que incluem o Pátria Investimentos, a empresa norte-americana de gestão de recursos Eton Park e o fundo do BTG Pactual FIP Brasil Energia, ficarão com os 36,4 por cento restantes.
"No contexto da associação, os ativos envolvidos foram avaliados em 4,5 bilhões de reais", afirma a CPFL em comunicado ao mercado.
Somando o portfólio de empreendimentos em operação, construção e preparação para construção com os potenciais renováveis em desenvolvimento, a nova empresa tem 4.375 MW de potência.
Na carteira dos empreendimentos, 45 por cento correspondem a energia eólica, 36 por cento a biomassa e 18 por cento a PCHs.

25/04/2011

Eólicas lideram em número de projetos cadastrados para leilões de A-3 e reserva

Térmicas a gás e à biomassa também aparecem em números expressivos, segundo a EPE; prazo para cadastro foi prorrogado
As usinas de geração de energia a partir do vento lideram, até o momento, o número de projetos inscritos para os leilões de energia de reserva e de A-3, marcados para julho. O certame, que vai contratar empreendimentos com início da geração em 2013, teve os prazos para cadastro prorrogados pelo Ministério de Minas e Energia, mas grande parte dos investidores já entregou os documentos para participar da licitação.
Segundo o diretor de energia elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Carlos de Miranda, o governo resolveu dar mais tempo às empresas devido a pedidos, principalmente do setor de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que ainda tentam obter aprovação de projetos junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) também havia sugerido que a data limite fosse passada para o mês de maio.
"Acho que o ministério mandou bem fazendo essa extensão, mas, de qualquer maneira, já temos bastante usinas que se inscreveram. Eólicas, principalmente, que sempre têm vindo em maior número em todos leilões de que participam", adianta Miranda. Segundo o diretor da EPE, é possível ver também um grande interesse das outras fontes no certame, com "bastante oferta de (usinas a) gás" e "biomassa comparecendo em um número também bem significativo".
Miranda espera uma grande concorrência na licitação, com preços bem próximos entre as diversas fontes de energia. "Todo mundo sabe os preços que estão sendo praticados por cada uma das fontes. Então, evidentemente, se (os investidores) estão cadastrando, é porque sentem que são competitivos", analisa o executivo do governo. "A expectativa é muito boa. De novo nós vamos ter uma oferta superior à demanda, mostrando que o setor elétrico continua sendo visto pelos empreendedores como um bom negócio".

01/04/2011

Parques eólicos da Energisa terão turbinas da Vestas

Dinamarquesa vai fornecer 75 máquinas para 150MW em usinas da empresa no Rio Grande do Norte
A dinamarquesa Vestas, produtora de aerogeradores, anunciou nesta quinta-feira (31/3) que fechou contrato com a Energisa. A companhia vai fornecer 75 turbinas, cada uma com 2MW de capacidade instalada, para parques eólicos que serão construídos no Rio Grande do Norte.
As usinas Ventos de São Miguel, Renascença , Renascença II, Renascença III e Renascença IV somarão 150MW em potência. Os parques foram viabilizados no leilão de energia promovido em agosto do ano passado pelo governo. Pelo cronograma estabelecido entre as duas empresas, a Vestas iniciará a entrega dos equipamentos no começo de 2012 e terminará o serviço até o final do ano. As plantas têm até janeiro de 2013 para iniciar a geração de energia. Os investimentos previstos nos empreendimentos são de R$560 milhões.
O contrato da Vestas com a Energisa prevê o fornecimento e instalação dos aerogeradores, bem como o comissionamento das máquinas. Também foi fechado, por cinco anos, o acesso da Energisa a um pacote de serviços e manutenção para turbinas eólicas oferecido pela companhia dinamarquesa.
Fonte: Jornal da Energia