28/10/2012

Conexão de parque da Renova na Bahia sofrerá mais atraso

Me causa espécie que o presidente da CHESF não consiga uma respostas do IPHAN da Bahia nem do IPHAN Nacional. Se entregou a documentação em Maio, devia ter divulgado o problema muito antes...  

Vejam a matéria de Natália Bezutti para o Jornal da Energia.

Segundo o presidente da Chesf, João Bosco, obras terão maior atraso por falta de anuência do Iphan

O parque eólico da Renova Energia em Igaporã, na Bahia, terá a sua geração ainda mais atrasada segundo o presidente da Chesf, João Bosco. O motivo é a falta de resposta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre a anuência da obra. Segundo o presidente da estatal, em abril deste ano, a empresa se reuniu com algumas empresas para repactuar os prazos para a conexão dos parques instalados em João Câmara (RN), Acaraú (CE) e Igaporã.

“De todos os acordos feitos em abril recolocando novas datas, nós só temos o risco de não cumprir em Igaporã, Está tudo pronto e as licenças foram emitidas, mas o Iphan não dá anuência à obra, não diz o porquê, e nem responde a gente, nem o da Bahia e nem o nacional. Isso é um absurdo”, declarou João Bosco, em entrevista exclusiva ao Jornal da Energia.

Pela falta de retorno, a Chesf encaminhou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última semana uma carta em que declara que não poderá cumprir o prazo assumido em abril com as empresa, porque a obra teria que ter sido iniciada neste mês. Segundo o diretor de engenharia da empresa, José Ailton, o prazo acordado para o parque da Renova Energia foi junho de 2013.

“Eu comuniquei a Aneel, Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e o Ministério de Minas e Energia (MME), para ver se alguém consegue falar com o Iphan. Está tudo pronto para começar a obra, as empreiteiras estão prontas. Desde maio nós entregamos a documentação”, comentou o presidente da estatal.

Nesta terça-feira (23/10), os diretores da agência reguladora negaram em reunião ordinária o recurso da Chesf, que pedia a reconsideração de uma multa no valor de R$2,2 milhões, em decorrência do descumprimento do cronograma de implantação das obras referentes à Igaporã.

Já em Aracaú (CE), seis parques com a conclusão prevista para janeiro de 2013 não deverão enfrentar problemas de atraso de geração por falta de conexão, devido à parceria entre a estatal e a Impsa. Segundo Bosco, a Chesf está fazendo obras de ampliação em paralelo à obra de conexão. No município de João Câmara, Bosco não comentou os prazos, mas declarou que seguirão o acordado em abril.

“Em quase um ano que eu estou aqui, a nossa relação com os órgãos ambientais melhorou muito, não tenho grandes dificuldade em nenhum estado do Nordeste. Agora o nosso problema é o Iphan e, mais especificamente, na Bahia, porque os demais Estados têm nos atendidos bem”.

27/10/2012

Aneel já considera não realizar A-3 em 2012

Contra fatos não há argumentos. Sem crescimento econômico, não tem investimento. Sem investimento  não há de aumento de carga. Sem aumento de carga, não tem leilão. Simples assim. Ou não? 

Vejam a matéria de Fabíola Binas para o Jornal da Energia.


Revisão do crescimento da demanda e sobrecontratação de distribuidoras seriam os motivos

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner, afirmou nesta quarta-feira (24/10) que a hipótese de cancelamento do leilão de energia nova A-3, marcado para 12 de dezembro, já está sendo considerada.

Segundo Hubner, a revisão das perspectivas de crescimento da demanda por energia nos próximos anos combinado com o atual cenário de sobrecontratação das distribuidoras podem resultar no adiamento do certame.

“Estamos avaliando a situação, mas é possível que não haja esse leilão neste ano”, disse em entrevista aos jornalistas, após participar do XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica (Sendi), no Rio de Janeiro. 


18/10/2012

Folha de São Paulo: Falta de chuva faz ONS ligar térmicas a óleo e diesel; conta deve encarecer


Vamos ajudar o ONS fazendo a boa e velha dança da chuva. Vejam a matéria de Agnaldo Brito

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) determinará hoje o acionamento de térmicas movidas a óleo combustível e diesel em todo o país para suprir uma carga de 2.100 MW médios que deixarão de ser fornecidas pelas hidrelétricas ao sistema.

A razão para essa decisão está no atraso das chuvas. O ONS só determina o acionamento destas térmicas quando a situação é crítica.

O custo por MWh (megawatt hora) gerado nessas usinas pode variar entre R$ 400 e R$ 500, muito acima das térmicas a gás natural, que também já foram ligadas para tentar frear a queda dos reservatórios do sistema elétrico brasileiro.

Não deve faltar energia, mas os consumidores devem sentir os efeitos desse custo no ano que vem, quando as distribuidoras responsáveis pelo fornecimento da energia que consumimos receberem o reajuste das tarifas.

No alto verão --quando há abundância de água nos reservatórios--, as hidrelétricas produzem energia a um custo inferior a R$ 50 por MWh, mas isso não está ocorrendo neste momento.

Com o atraso das chuvas, o PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) --índice utilizado pelo operador do sistema elétrico para precificar o custo da geração a partir da oferta de energia disponível nas hidrelétricas-- atinge agora níveis superiores a R$ 300 por MWh.

Como aumentou o risco de déficit no sistema, o operador determinou o acionamento das térmicas a óleo combustível. O ONS disse que o sistema de reservatórios de hidrelétricas no Sudeste e Centro Oeste tem déficit de 11,5% acima da CAR (Curva de Aversão ao Risco).

Essa "curva de aversão" foi criada para calcular qual é o tamanho do déficit de hidrelétricas no SIN (Sistema Interligado Nacional). Hoje, esse risco não deveria superar 5% no sistema. No Nordeste, a curva está 5,3% acima do nível meta.

Desde setembro, o ONS sentiu a necessidade de ligar as térmicas a óleo, mas retardou a decisão para evitar custos excessivos aos consumidores. Agora, alega que não tem mais como esperar.

À ESPERA DAS CHUVAS
A expectativa agora é pela chegada das chuvas para a recomposição dos reservatórios. No Sudeste e Centro-Oeste, o conjunto de reservatórios das hidrelétricas está com 41,8% de sua capacidade.

No Nordeste, os reservatórios têm neste momento um volume equivalente a 37,4% de sua capacidade. No Sul, as hidrelétricas estão com uma reserva de 38% e, no Norte, de 46%.

Até o final do verão, em março de 2013, as chuvas terão de recompor essas reservas para que o país consiga cruzar o próximo período seco, entre abril e outubro.

Se as chuvas, porém, frustrarem as expectativas, o país terá de manter ligadas as térmicas por mais tempo, o que afetará as tarifas de energia em 2013. Quando isso ocorreu, em 2008, o custo repassado aos consumidores foi de quase R$ 3 bilhões.

Uma situação como essa tem potencial de reduzir os efeitos do corte tarifário que o governo está prometendo para janeiro quando as novas regras do setor elétrico entrar em vigor.

Com a MP 579, em discussão no Congresso Nacional, o governo autorizou a renovação das concessões por mais 20 anos, mas quer em troca uma redução média de 20% na conta de luz dos consumidores brasileiros.

A necessidade de maciça geração térmica pode, se alongado por muito tempo, comprometer esse plano do governo. O país saberá qual o tamanho da conta das térmicas apenas em 2013, após o período das chuvas.

A torcida do ONS é que o céu seja generoso.


17/10/2012

Desserviço ao meio ambiente: ONS despacha 2.100 MW de térmicas a óleo para manter nível-meta.



Procuradores do MP de várias regiões do Brasil criam obstáculos à crescimento da oferta de energia renovável brasileira. A restrição não discrimina as fontes embora atue de forma regional. No Ceará, as eólicas são as perseguidas. No Paraná, as PCHs são combatidas pelo MP do estado. No plano nacional as UHEs são as grandes vilãs. Fazem isto nome do interesse público e da preservação do meio-ambiente.  

A matéria do Canal Energia mostra um dos resultados da pauta ambientalista. Serão descarregados na atmosfera CO2 a um ritmo de mais de 30.000 toneladas por dia. (Suape II emite 6.000 tonCO2/dia para 380 MW). Há modos de evitar este consumo com energia renovável através de grandes barragens ou mesmo com o aumento da garantia física pela construção de PCHs e ou Eólicas(não ajudam muito pois são intermitentes). No entanto, mesmo as hidrelétricas a fio d'água não conseguem sair do papel.

Obviamente o fato não se deve apenas ao resultado das ações dos MPs pelo país. Vale, entretanto, como reflexão sobre a diferença entre uma análise crítica e lógica das opções para o crescimento do país e a simples gritaria baseada em uma pauta que, muitas vezes, é puramente política. 

O conteúdo do Canal Energia não pode ser reproduzido sem autorização prévia. Para lera a matéria  de Milton Leal, clique aqui

10/10/2012

Setor eólico global desacelera no primeiro semestre de 2012, aponta WWEA



Vejam a matéria de Fabíola Binas e Wagner Freire para o Jornal da Energia.

Mercados potenciais como Brasil e México tiveram crescimento modesto, mas acima da média mundial 

Relatório divulgado pela World Wind Energy Association, entidade que reúne representantes do setor eólico de 95 países, apontou um recuo no mercado global nos primeiros seis meses do ano. De acordo como o relatório, as novas instalações de parques somaram 16,5 GW de capacidade instalada no primeiro semestre de 2012, contra os 18,4 GW implantados no mesmo período do ano anterior, o que representa uma queda de 11,35%.

Apesar do encolhimento na expansão dos negócios, a capacidade instalada mundial do setor eólico ultrapassou os 250 GW, devendo “chegar aos 274 GW até o final do ano”, ressalta o levantamento da World Wind. Segundo a associação internacional, o momento de retração do mercado, se seu por conta da “desaceleração na China que levou à diminuição global”, além de citar ainda algumas incertezas em mercados-chave.

Responsáveis por 74% do market share mundial, países como China, Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Índia continuam, nesta ordem, a liderar como os maiores mercados eólicos. De acordo com o estudo, os dez principais mercados estão em situação diversificada em relação ao cenário, sendo que EUA, Alemanha, Itália, França, Reino Unido mostraram avanço no último ano, a Índia apresentou estabilidade e China, Espanha, Canadá, Portugal viram o setor colocar o pé no freio em 2011.

Para a World Wind, mercados considerados potenciais na América Latina, como o México e o Brasil tiveram taxas de crescimento modestas, mas acima da media mundial. “Para ambos é esperado que continuem como mercados-piloto na região nos próximos anos”. O cálculo é de que a capacidade instalada brasileira saltou de 1,42 GW para 1,54GW no período apurado e os parques mexicanos cresceram de 929 MW para 1GW.

Análise global
O vice-presidente e responsável pela área internacional da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Lauro Fiúza (foto), lembra que a crise econômica na Europa está afetando muitas empresas do setor de energia dos ventos. Isso porque mercados como Espanha, Portugal, França, Itália, Grécia estão enfrentando dificuldades para manter seus investimentos no setor. “A Alemanha é a única que mantém seus investimentos na Europa”, destaca.

Segundo o executivo, "com raras exceções, toda indústria eólica internacional está passando por dificuldade. Não digo no sentido do que aconteceu com a Fuhrlander, mas no que se refere a se readaptar ao novo cenário econômico mundial", disse, referindo-se à fabricantes de equipamento alemã que pediu falência no mês passado. 

"Nos EUA as coisas também estão paradas. Lá, os investidores estão aguardando a prorrogação do programa de incentivos para a indústria eólica. Para se ter uma ideia, estão previstos para ser instalados neste ano de 8 a 10GW nos Estados Unidos. Porém, para o ano que vem, não mais do que 1GW", destaca Fiúza.

Na avaliação de Fiúza, o Brasil ainda não precisa se preocupar, mesmo que haja um cancelamento dos leilões previstos para este ano. "O cancelamento do leilão não teria um baque muito forte no setor. Isso porque há muitos investimentos em andamento. Essa parada seria até bom para dar uma organizada nos negócios."


Siga o blog no twitter

04/10/2012

Sem ICGs, 294,4 MW eólicos da Renova Energia são considerados aptos a operar, mas com datas distintas


Agora o consumidor começa a pagar a conta pelas falhas de todos: EPE, ANEEL, CHESF, etc... 

Medida permite que empresa receba por usinas que não estão gerando energia para o sistema; no entanto, revisão de cronograma poderá incidir em perda de receita de alguns empreendimentos.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio da sua Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração, considerou que 294,4MW eólicos da Renova Energia estão aptos a entrarem em operação, reconhecendo que quatro usinas estariam prontas para operar desde a partir de 1º de  julho deste ano,  oito desde  27 de julho e duas a partir de 29 de agosto. 

Com isso, a Renova passa a ter o direito de receber as remunerações previstas para essas usinas a partir das respectivas datas, inclusive retroativamente. No entanto, ao não considerar todas como 1º de julho, a companhia poderá ter uma perda de receita.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliárias (CVM), o  diretor de Relações com Investidores da Renova, Pedro Villas Boas Pileggi, disse estar em contato com a Aneel para "obter esclarecimentos" a respeito dos critérios utilizados na determinação das datas de reconhecimento da operação dos parques eólicos.

"A Renova entende que todas as usinas estavam aptos a operar na data prevista contratualmente, qual seja, 1º de julho de 2012", questionou o diretor.

Essas plantas venderam energia no leilão de 2009, mas não podem despachar energia para o sistema elétrico pela ausência da linha de transmissão Igaporã (ICG), de responsabilidade de Chesf, que só ficará pronta em 2013.

Outras autorizações
Da mesma forma, a Aneel autorizou nesta segunda-feira (1/10) que sete parques eólicos da CPFL Renováveis fossem considerados aptos a operar. Essas usinas somam 188MW no Rio Grande do Norte e aguardam a conclusão da IGC João Câmara.

Até o final da semana, usinas da Dobrevê Energia, que estão na mesma situação, também receberão o aval da agência reguladora. A companhia aguarda a receita de 144MW, oriundos de parques implantados também no Rio Grande do Norte.


03/10/2012

LM Wind inicia instalação de fábrica em PE


Acabou o segredo. Vejam a matéria de Fabiola Binas para o Jornal da Energia.

Planta será construída no Complexo Industrial Portuário de Suape

A dinamarquesa LM Wind oficializou nesta terça-feira (2/10), o início da construção de sua primeira planta no Brasil, que ficará no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco. O projeto, que já estava nos planos da fabricante de pás eólicas, deve consumir R$ 100 milhões em investimentos.

Com a instalação do empreendimento, fruto de uma joint venture com a Eólice, a LM abre espaço para expansão dos negócios com a possibilidade de fornecer pás, não só para o Brasil, mas também para o mercado latino-americano. A expectativa é de que a fábrica comece a produzir pás eólicas em setembro de 2013.

"Um número de clientes estratégicos pediram à LM que apoiasse seus esforços no desenvolvimento do mercado de energia eólica no Brasil e na toda América Latina”, comentou o CEO of LM Wind Power, Leo Schot ao acrescentar que o anúncio reforça o comprometimento da empresa em acompanhar a demanda de seus parceiros.

Oportunidade
Em agosto, durante o evento PE Business, o diretor comercial da LM Wind, Richard Pettifor conversou com o Jornal da Energia, quando afirmou que o governo brasileiro vem dando apoio significativo para o setor eólico, o que tem propiciado um ambiente favorável da desenvolvimento da indústria por aqui.

O executivo chegou a dizer que a empresa estudava a possibilidade instalar de uma segunda fábrica por aqui, caso as condições continuem favoráveis aos negócios. Ainda sobre escolha de Pernambuco para a primeira planta, ele disse a empresa encontrou no estado benefícios como a localização privilegiada, custos competitivos, apoio governamental e força de trabalho adequada.