Mostrando postagens com marcador Conexão SIN. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Conexão SIN. Mostrar todas as postagens

12/09/2023

Brazil Windpower 2023 começa hoje! #abeeolica #onshore #offshore #windpower #BrazilWindpower



A Brazil Windpower 2023 começa HOJE! O maior evento de energia eólica da América Latina acontecerá de 12 a 14 de setembro no São Paulo Expo, em São Paulo. Não fique de fora dessa oportunidade incrível de aprendizado e networking! 

Este ano, o tema é "Política industrial verde e transição energética justa: o protagonismo brasileiro". Autoridades e executivos do setor se reunirão para debater os assuntos mais relevantes da energia eólica atual. 

Além das palestras tradicionais, a edição de 2023 trará algo inovador: uma conferência exclusiva sobre Offshore e Hidrogênio Verde. 

É a chance perfeita para ficar por dentro das tendências, fazer contatos com líderes do setor e conhecer as últimas tecnologias das empresas expositoras. 

Não perca essa oportunidade! Inscreva-se agora para a Brazil Windpower 2023 e nos encontramos em São Paulo! 
Acesse agora o link AQUI e não perca a oportunidade de se conectar com profissionais do setor e expandir os seus conhecimentos.

#bwp2023 #abeeolica #transiçãoenergética #hidrogênioverde #sustentabilidade #onshore #offshore #novastecnologias #EnergiaEólica #BrazilWindpower #EnergiaRenovável #TransiçãoEnergética #Networking #TecnologiaEólica

Patrocínio: Elementos. Conheça o portfolio da Elementos em Engenharia Independente, Consultoria e Fiscalização de Obras! São a opção que mais consolida em sua obra experiências e vitalidade no gerenciamento de suas obras! 

www.elementos.com.br




05/09/2023

Brazil Windpower 2023 traz a temática da Política Industrial Verde e Novas Tecnologias e Inovação

A 14ª edição do Brazil WindPower, o maior evento de energia eólica da América Latina, acontecerá de forma híbrida de 12 a 14 de setembro no pavilhão da São Paulo Expo, em São Paulo. Este evento é uma realização do Grupo CanalEnergia by Informa Markets, em parceria com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC). Para este ano, o Brazil WindPower se superou, expandindo-se para mais de um pavilhão e três arenas de conteúdo simultâneas. Além disso, contará com a participação de mais de 90 empresas expositoras e aproximadamente 30 patrocinadores.


Uma das novidades desta edição é a Arena Ocean Winds Offshore, que estará dedicada à energia eólica offshore e às novas tecnologias, incluindo o hidrogênio verde. Há uma expectativa positiva em relação ao Brasil aproveitar nos próximos meses os marcos legais para a geração de energia eólica offshore e o hidrogênio verde. No Congresso Nacional, estão em tramitação três projetos de lei que buscam regular a geração de energia eólica offshore, sendo o mais promissor deles o PL 576/2021. Adicionalmente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já recebeu 74 pedidos de licenciamento ambiental para projetos eólicos offshore, que, juntos, somam uma potência de 183 gigawatts (GW).



Nesta edição, os participantes terão ainda mais oportunidades de aprendizado, com atrações simultâneas em três palcos distintos. No primeiro dia, 12 de setembro, o tema central será "Transição Energética Justa". No dia 13, o evento abordará a "Política Industrial Verde" e, no último dia, o enfoque será em "Novas Tecnologias e Inovação".


Uma outra inovação importante é a introdução do Prêmio Estande Sustentável 2023, que tem o propósito de reconhecer as marcas que apresentarem os estandes mais sustentáveis durante o evento. Para concorrer a esse prêmio, as empresas expositoras precisam preencher um questionário que detalha as práticas sustentáveis implementadas em seus estandes.

O Brazil Windpower conta com patrocínio platina de empresas como Fugro, Goldwind, Schneider Electric, Siemens Gamesa e TEN. Além disso, tem patrocínio ouro de Edp Renewables, Hine, New Wind, Nordex, Statkraft, Vestas e WM; patrocínio prata de Dois A, Grupo Cortez, Senai e Techwind; e patrocínio Bronze de Campos Melo Advogados, Construtora Gaspar Mingyang, Omexom, Onyx Insight, Ramboll, Simm, Tecnogera, Voltalia e Weg. Também há o patrocínio Alumínio de Forte Fixadores, Gel, Hitachi, YMS e SGS.


O Brazil WindPower é um evento essencial para profissionais e entusiastas do setor de energia eólica e renovável no Brasil e na América Latina. Com a inclusão da Arena Ocean Winds Offshore e um foco renovado em questões como transição energética, política industrial verde e inovação, esta edição promete ser particularmente relevante para o futuro da energia eólica no país.

Não perca a oportunidade de participar deste evento que impulsiona a discussão sobre o futuro da energia eólica no Brasil e contribui para a transição para fontes de energia mais sustentáveis.



Brazil Windpower 2023 traz a temática da Política Industrial Verde e Novas Tecnologias e Inovação

A 14ª edição do Brazil WindPower, o maior evento de energia eólica da América Latina, acontecerá de forma híbrida de 12 a 14 de setembro no pavilhão da São Paulo Expo, em São Paulo. Este evento é uma realização do Grupo CanalEnergia by Informa Markets, em parceria com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC). Para este ano, o Brazil WindPower se superou, expandindo-se para mais de um pavilhão e três arenas de conteúdo simultâneas. Além disso, contará com a participação de mais de 90 empresas expositoras e aproximadamente 30 patrocinadores.


Uma das novidades desta edição é a Arena Ocean Winds Offshore, que estará dedicada à energia eólica offshore e às novas tecnologias, incluindo o hidrogênio verde. Há uma expectativa positiva em relação ao Brasil aproveitar nos próximos meses os marcos legais para a geração de energia eólica offshore e o hidrogênio verde. No Congresso Nacional, estão em tramitação três projetos de lei que buscam regular a geração de energia eólica offshore, sendo o mais promissor deles o PL 576/2021. Adicionalmente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já recebeu 74 pedidos de licenciamento ambiental para projetos eólicos offshore, que, juntos, somam uma potência de 183 gigawatts (GW).



Nesta edição, os participantes terão ainda mais oportunidades de aprendizado, com atrações simultâneas em três palcos distintos. No primeiro dia, 12 de setembro, o tema central será "Transição Energética Justa". No dia 13, o evento abordará a "Política Industrial Verde" e, no último dia, o enfoque será em "Novas Tecnologias e Inovação".


Uma outra inovação importante é a introdução do Prêmio Estande Sustentável 2023, que tem o propósito de reconhecer as marcas que apresentarem os estandes mais sustentáveis durante o evento. Para concorrer a esse prêmio, as empresas expositoras precisam preencher um questionário que detalha as práticas sustentáveis implementadas em seus estandes.

O Brazil Windpower conta com patrocínio platina de empresas como Fugro, Goldwind, Schneider Electric, Siemens Gamesa e TEN. Além disso, tem patrocínio ouro de Edp Renewables, Hine, New Wind, Nordex, Statkraft, Vestas e WM; patrocínio prata de Dois A, Grupo Cortez, Senai e Techwind; e patrocínio Bronze de Campos Melo Advogados, Construtora Gaspar Mingyang, Omexom, Onyx Insight, Ramboll, Simm, Tecnogera, Voltalia e Weg. Também há o patrocínio Alumínio de Forte Fixadores, Gel, Hitachi, YMS e SGS.


O Brazil WindPower é um evento essencial para profissionais e entusiastas do setor de energia eólica e renovável no Brasil e na América Latina. Com a inclusão da Arena Ocean Winds Offshore e um foco renovado em questões como transição energética, política industrial verde e inovação, esta edição promete ser particularmente relevante para o futuro da energia eólica no país.

Não perca a oportunidade de participar deste evento que impulsiona a discussão sobre o futuro da energia eólica no Brasil e contribui para a transição para fontes de energia mais sustentáveis.



17/08/2023

Apagão de 15/08 iniciou com atuação do ERAC: Faltou carga girante no SIN


O sistema elétrico teve um período turbulento nas últimas 48 horas. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou uma avaliação técnica sobre os problemas que aconteceram em 15 de agosto. O problema começou em uma linha de transmissão de propriedade da Eletrobras Chesf. Uma falha no sistema de proteção causou o desligamento dessa linha, que teve um efeito em cascata inesperado.

Em linguagem simples, isso causou interrupções de energia em várias regiões, incluindo Norte e Nordeste, afetando cerca de 27% da carga total. Para evitar um colapso maior, o sistema de segurança entrou em ação, cortando partes da carga controladamente.

Fontes do ONS informaram que houve uma redução do limite de exportação de energia da região NE para o resto do Brasil na última quarta-feira reduzindo de 13 para 8 GigaWatts. Na prática, o ONS reduziu a participação de eólicas e solares no atendimento da carga do País e disponibilizou mais unidades geradoras síncronas ao sistema: Usinas hidrelétricas e Térmicas!

Com a medida adotada hoje,  o Sistema Interligado Nacional (SIN) tornou-se mais robusto e capaz de manter estável  a frequência em 60 Hz em casos de novos distúrbios uma vez que foi aumentada a massa girante do sistema (maior potência). Essa medida do ONS adotada hoje indica de que o sistema no momento da intercorrência de ontem era operado sem um número mínimo necessário de geradores síncronos em operação dentro de um limite de segurança. 

Como o SIN não foi capaz de suportar uma distúrbio na rede a frequência da rede caiu de 60 Hz para 59 Hz e seguiu caindo para 58 Hz acionando  o sistema de proteção ERAC (Esquema Regional de Alívio de Carga)  que isolou o distúrbio e impediu que se propagasse mais ainda por todo o país. Diante da mudança da programação do sistema promovida em 16/08, as usinas hidráulicas estão gerando muito mais do que no momento do apagão. Caso ocorra a mesma falha, não haverá uma nova interrupção. 

No entanto, esta constatação é um indício de que a queda no consumo de energia  elétrica nacional, que tem resultado em restrições de geração a maioria dos geradores de energia eólica e solar fotovoltaica pelo país, fez o sistema sofrer com o excesso de usinas assíncronas (eólicas e solares) na operação do sistema. Fenômeno similar ocorreu na Califórnia, levando a investimentos massivos em armazenamento de energia (Energy Storage). 

O ONS está investigando mais a fundo, e vai compartilhar um relatório detalhado sobre o que aconteceu e as medidas para evitar futuros problemas. Por enquanto, o sistema está sendo operado com mais precaução, reduzindo o carregamento das linhas de transmissão.

As equipes do ONS continuam trabalhando para entender melhor o que aconteceu e garantir a segurança do sistema no futuro. 

Com informações do ONS.

Siga o blog no Instagram

20/03/2014

É um absurdo, diz Rufino sobre atraso na ICG Ibiapina,da Chesf


Mais um exemplo do problema que persiste e mancha a reputação da fonte na matéria de Wagner Freire para o Jornal da Energia. 

Linha, de responsabilidade da estatal, se quer iniciou as obras de implantação 

Em mais um processo de concatenação de cronograma, o diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Donizete Rufino, demonstrou indignação ao saber que a ICG Ibiapina, no Ceará, sequer iniciou as obras de implantação. "A Chesf nem começou? É um absurdo", disse com surpresa, ao ser informado que a ICG Ibiapina também é uma concessão de responsabilidade da estatal Eletrobras.

Por causa do atraso na ICG, a Aneel se viu obrigada a concatenar o cronograma de operação comercial de cinco centrais eólicas da Energimp, vencedoras do 2º Leilão de Fonstes Alternativas (LFA) em 2010.

Aliás, não é a primeira vez que as eólicas Ventos do Parazinho (30MW-CE), Vento Formoso (30MW-CE), Ventos de Tianguá Norte (30MW-CE), Morro do Chapéu (30MW-CE) e Ventos de Tianguá (30MW-CE) têm suas datas de entrada em operação alteradas. O início de suprimento original era janeiro de 2013. Porém, um atraso no processo de licitação da ICG imputou uma postergação da operação das geradoras para setembro de 2013.

Acontece que, segundo a Aneel, até o momento a linha sequer teve suas obras iniciadas. A expectativa é que a ICG esteja pronta somente no final de fevereiro de 2015. Se o novo cronograma for respeitado, significa que as usinas vão entregar energia 25 meses depois do prazo inicialmente planejado no leilão em 2010.

Para o relator do processo, o diretor da Aneel José Jurhosa, a compatibilização dos prazos é o melhor a se fazer, pois atende ao interesse público na medida em que evita que o consumidor pelos contratos de sem ter a possibilidade de receber energia.

Vale observar que as centrais geradoras também não estão com suas obras concluídas. "No geral, o dano menor talvez seja o da concatenação, dado que mitiga o problema do atraso da ICG. O bem da verdade é que esse é um cenário absolutamente ruim. Todo mundo atrasou, ninguém cumpriu a sua obrigação contratual", desabafou Rufino. "De uma forma mais ou menos acentuada, acaba que o consumidor não tem acesso à energia que ele contratou a um preço mais baixo", completou.

Diante dos fatos, a diretoria da Aneel decidiu por concatenar a entrada em operação das cinco centrais eólicas com a operação da instalação de transmissão. Determinou que no prazo de 60 dias após a disponibilização da ICG os parques estejam em operação comercial. Afastou qualquer penalidade à Energimp. Postergou o pagamento de encargos pelo uso do sistema de transmissão e garantiu a validade do contrato de fornecimento pelo período de 20 anos contados a partir da entrada em operação comercial das geradoras.

Siga o blog no twitter

27/02/2014

Alteração de cronograma de eólicas da Renova gera discussão e Aneel adia decisão

Vejam na material de  Wagner Freire para o Jornal da Energia como o problema continua porém com menor divulgação. 

Geradora pedia concatenação de prazos de seis usinas e excludente de responsabilidades

A Renova Energia terá que aguardar mais um tempo para saber se será ou não penalizada pelo atraso na entrada em operação de seis parques eólicos localizados na Bahia. A geradora entrou com um pedido de concatenação dos cronogramas de geração com a transmissão, bem como o afastamento de penalidades regulatórias e contratuais, alegando que o atraso não foi causado por ingerência da empresa. Porém, depois de muita discussão, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Donizete Rufino, pediu vistas do processo que caminhava para atender ao pleito do empreendedor.

"A verdade é que se exclui a responsabilidade de todos e quem paga a conta é o consumidor", disse Rufino, demonstrando certo desconforto com os repetidos pedidos de agentes para concatenar prazo de empreendimentos de geração.

A Renova Energia pediu a concatenação dos cronogramas das eólicas Seraíma (30MW), Tanque (24MW), Ventos do Nordeste (19,5MW), Prata (19,5MW), Araçás (30MW) e Morrão (30MW). Localizadas na Bahia, essas seis usinas foram licitadas no 3º Leilão de Energia de Reserva de 2010 (LER 2010), com o compromisso de entregar energia a partir de 1º de setembro de 2013. Estão prontas, mas sem transmissão para escoar a energia.

De lá para cá, houve atrasos na emissão das outorgas e na celebração do contrato de energia de reserva (CER). Se não bastasse, as usinas tinham como ponto de conexão as subestações Brumado II e Bom Jesus da Lapa II, que foi alterado, a pedido da Renova, para a Subestação Igaporã II. Brumado e Bom Jesus da Lapa ficaram prontas no prazo, mas Igaporã, de responsabilidade da Chesf, sequer foi energizada.

Ricardo de Lima Assaf, diretor jurídico da Renova, argumentou que a alteração não foi uma iniciativa do empreendedor e sim fruto de um acordo entre a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Operador Nacional do Sistema (ONS) e o Ministério de Minas e Energia (MME) para melhorar escoamento da energia naquela região, o que beneficiaria o sistema.

Acontece que essa alteração demorou meses para ser autorizada pelo MME. No caso das eólicas Tanque, Prata e Ventos do Nordeste os processos ainda estão em análise no ministério.

"Só para mencionar quando se propôs a alteração do ponto de conexão, se imagina que ela [SE Igaporã II] estaria disponível em prazo muito inferior ao que veio se confirmar na prática", disse Assaf. "Isso não foi um desejo do investidor para facilitar sua conexão, mas sim um entendimento do ONS, em consonância com a EPE e MME", completou.

A SE Igaporã está prevista para ficar pronta em 28 de fevereiro, segundo os relatórios oficiais. "Isso não vai ocorrer. Nossa expectativa é que isso se materialize em 31 de março", disse o representante da Renova. "Torcemos muito que esta subestação esteja energizada, mas ainda parece um cronograma difícil", completou.

A área técnica da Aneel não aceitou a justificativa para o atraso, argumentando que, embora houvesse de fato uma demora do MME para sinalizar as alterações técnicas, o risco era do empreendedor.

"Dessa forma não deve ser imputada a causa pelo atraso na implantação ao Poder Concedente, visto que os projetos constantes no contrato firmados em 2011 foram substituídos em 2012 com características totalmente diferentes", justificou a Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração (SCG). "As alterações no projeto após a outorga são permitidas ao empreendedor. Entretanto, essa busca pelo aperfeiçoamento da usina se dá pela conta e risco do agente", completou.

O entendimento do relator do processo, diretor André Pepitone, é outro. "Acerta a SCG que o risco de operação do projeto pertence ao outorgado. Contudo, o risco por ele enfrentado é implantar o projeto no prazo remanescente ao previsto. Assim, um projeto cuja conclusão se faz em 24 meses, havendo uma redefinição de escopo na metade, tem-se que o agente terá 12 meses. Por outro lado, se os atos do Poder Público comprometerem seis meses da execução do projeto, não será a redefinição que deslocará a responsabilidade atinente ao Poder Público ao empreendedor".

Apesar do entendimento de Pepitone, o diretor preferiu concentrar sua fundamentação nos atrasos que ocorreram na emissão da outorga e na assinatura dos contratos de comercialização, que por si só já daria provimento para que houvesse a concatenação do cronograma, sem penalidades para a Renova.

Diante disso, Pepitone reconheceu a excludente de responsabilidade em 170 dias para EOL Araçá, 185 dias para Seraíma e 200 dias para Morrão. No caso de Prata, Tanque e Ventos do Nordeste foram excluídos mais de 220 dias. Os prazos, porém, vão além da entrada em operação da subestação Igaporã 2, por isso o diretor resolveu concatenar o prazo das geradoras com a transmissão, excluir a penalidades do agente e deslocar o período de suprimento dos contratos.

Tudo parecia sair como a Renova desejava. Contundo, na fase de discussão, os diretores Reive Barros, José Juhrosa e Rufino se mostram desconfortáveis com a frequência que esse tipo de pedido vem surgindo na pauta da Aneel.

"É recorrente essa solicitação de excludente por conta de alteração de características técnicas", questionou Barros. "Está se levando mais tempo para se analisar uma mudança de características técnicas do que muitas vezes implantar um aerogerador. Acho que a gente deve tratar junto com o MME para ver qual é a grande dificuldade que se tem nesse processo.”

"Também tenho essa preocupação na linha do que do doutor Reive colocou", disse Rufino. "Tem ocorrido tantos eventos que corroboram com a ideia de atraso no empreendimento. Só com golpe de sorte que os empreendimentos entram na data. É mudança de característica técnica, atraso na outorga, demora na assinatura de contrato, mudança do ponto de conexão, questões ambientais. Tantas coisas que tem influenciado no cumprimento desses prazos e isso não é absolutamente indiferente. Isso causa um impacto muito grande no momento atual com o nível de PLD que temos", completou o diretor-geral da Aneel.

Rufino lembrou que a não entrega de uma energia comprada no prazo resulta numa exposição da distribuidora ao PLD, que num momento atual está "exageradamente alto".

"Não estou absolutamente convencido de que todos esses aspectos estão tão pacíficos que sejam excludentes de responsabilidade", disse Rufino. "Por exemplo, quem assina o CCEAR? A distribuidora e a CCEE. Então por que demorou? A culpa é da CCEE, que é um agente regulado, ou do empreendedor? Acho que deve ter uma investigação bem exaustiva para ver onde está o problema."

Rufino desabafou: "No que está ao alcance do Poder Público nós temos que resolver. Não é possível que a gente não consiga”. Em outro trecho disse: “Se estamos colocando um prazo que não é realista, estamos nos enganando".

Na fase de votação, durante a reunião que aconteceu nesta terça-feira (25/02), Rufino pediu vistas do processo e adiou a decisão.

02/08/2013

EPE quer leilão de linhões de eólica ainda em 2013

Está demorando demais! Vejam a matéria de Maria Domingues para o Jornal da Energia.

Segundo Tolmasquim, estudos técnicos já foram feitos e encaminhados para o MME

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, afirmou nesta quinta-feira (01/08), em evento realizado em São Paulo, que o primeiro leilão de linhões de transmissão para usinas eólicas pode acontecer ainda em 2013.

De acordo com Tolmasquim, a EPE já enviou para o Ministério de Minas e Energia (MME) todos os estudos técnicos necessários. "Pegamos os cadastros de todas as eólicas que constam na EPE, vimos quais são as regiões de maior demanda, a equipe de transmissão fez estudos para cada área, não para atender 100%, porque não dá para entrar tudo de uma vez, mas quantidade suficiente para entrar no leilão. Já mandamos para o Ministério e agora estou fazendo sugestões para que possamos leiloar ainda neste ano", disse.

Os estudos da EPE abrangem os estados do Nordeste e do Rio Grande do Sul e devem atender prioritariamente as áreas de maior demanda. Tolmasquim garantiu que as estruturas que vão a leilão vão suportar "com folga" a expansão da fonte, estimada em 2GW anuais pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

"O Ministério agora precisa elaborar todos os relatórios, entre eles o ambiental. Feito isto, os relatórios serão enviados para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) licitar", disse.

Siga o blog no twitter

30/04/2013

Porque não já? EPE estuda expansão da transmissão para leilões futuros.

Supondo que existam no plano de ampliação e reforços da transmissão tenha obras que possam entrar em operação em médio prazo não seria interessante que o leilão de reserva tivesse data de entrada em operação em 2016? Ao invés disto a data de entrada da portaria do MME para o leilão de reserva é setembro de 2015 e só será aceito o horizonte de plaezamento de 2015.

Se as datas pudessem ser casadas não seria possível uma maior competição e consequentemente um ganho para a modicidade tarifária? 

Já que não tenho as repostas deixo-os com as questões e sugiro a metária do Canal Energia no link abaixo:


Antes tarde do que nunca: Chesf alega excesso de obras e desiste de leilão de transmissão


Quem dera tivessem tomado esta decisão antes para se evitar a perda das ICGs. Não me espanta as declarações do diretor da CHESF. Me espantaria sim se estas declarações partissem de um diretor de empresa privada(quase impossível pois estaria demitido antes). 


A Chesf, juntamente com Furnas e a IESUL possuem restrição no leilão por histórico de atraso em empreendimentos

Com cerca de 100 empreendimentos em carteira, que somam quase R$3,5 bilhões - entre investimentos corporativos e em Sociedade de Propósito Específico (SPE) -, a Chesf decidiu que não irá participar do próximo leilão de transmissão, marcado para o dia 10 de maio, conforme contou com exclusividade ao Jornal da Energia o diretor de engenharia e construção da Chesf, José Ailton de Lima.

A Chesf, juntamente com Furnas e a IESUL - Sociedade de Propósito Específico (SPE) constituída por CYMI (50%) e Cteep (50%) – possui restrição da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para participar pelo histórico de atraso na implantação de empreendimentos de transmissão nos últimos três anos. Assim, as três empresas não poderão liderar consórcio no qual detenham cota superior a 49% ou participar sozinhas do leilão.

Segundo enfatizou José Ailton de Lima, a opção por ficar de fora do certame nada tem a ver com a decisão da Aneel. “A restrição não nos incomodou. Isso foi mais uma decisão interna da diretoria da empresa. Primeiro vamos colocar os investimentos que temos contratados em pé para depois partir para os próximos. Nós temos obras demais. Quando tivermos dado conta de uma boa parte desses empreendimentos - e pretendemos fazer isso até o final deste ano - então 2014 vai ser um ano de bons investimentos”, explicou.

Conforme relatório da Aneel, a Chesf conta com 26 autos de infração julgados no âmbito administrativo por atrasos na execução de obras de transmissão, com média de 468,6 dias de atraso das obras. No entanto, sobre esses atrasos, o diretor da Chesf declara que não é nada para se apavorar, e que os cronogramas estão relativamente bem ajustados, com a tendência de que eles sejam cumpridos.

“Às vezes um atraso aqui e outro lá. Às vezes dificuldade com fornecedores, porque está faltando mão de obra qualificada, mas nada apavorante. É mais fazer a gestão no dia a dia desses empreendimentos”, ponderou. Os investimentos em andamento da companhia estão divididos em R$2,1 bilhões para corporativo, e mais R$1,2 bilhão em Sociedades de Propósito Específico (SPE).

Também com restrição, Furnas informou por meio de sua assessoria de imprensa que irá participar do próximo certame de transmissão, mas não comenta detalhes sobre parcerias ou empreendimentos estudados. A empresa pretende manter a sua parcela de mercado de 9% para geração e 19% da transmissão nacional, e está questionando as multas aplicadas pela Aneel nas esferas administrativa e judicial.

De 1º de abril de 2010 a 31 de março de 2013, a empresa recebeu quatro autos de infração da agência reguladora, apresentando a média de 625,3 dias de atraso em seus empreendimentos. De acordo com Furnas, entre as principais causas de atraso no cronograma dos projetos em desenvolvimento, está a demora na obtenção de licenças ambientais, problemas fundiários e atrasos na publicação do Decreto de Utilidade Pública das áreas.

Hoje, a empresa esta implantando com recursos próprios ou em parceria, 32 novas linhas de transmissão que acrescentarão mais de 5 mil km de linhas ao Sistema Interligado Naciona (SIN), além de 19 novas subestações. Nos últimos dois anos, Furnas concluiu e energizou 44 empreendimentos de reforços e melhorias em 20 subestações e 5 linhas de transmissão.

IESUL
A Interligação Elétrica Sul informou, por meio de sua assessoria, que a decisão da agência reguladora não afeta os planos da empresa, já que a que a SPE foi criada em julho de 2008 para construir, operar e manter os empreendimentos do lotes F e I do leilão de transmissão do ano em que foi constituída. Sendo assim, não tem como objetivo participar de novos projetos de expansão.

Os lotes em questão envolvem as subestações Forquilhinha e Scharlau II, bem como as linhas de transmissão Nova Santa Rita – Scharlau (230 kV), Jorge Lacerda B – Siderópolis C3 e Joinville Norte – Curitiba C2. Neste momento, os esforços da companhia estão concentrados na operação e manutenção dos ativos existentes (três quartos das obras licitadas estão em funcionamento), além da entrada em operação da linha de transmissão Joinville Norte – Curitiba prevista para o final de 2013.

Segundo a empresa, entre as principais dificuldades encontradas na implantação das obras, estão as de cunho ambiental, sendo que todas as solicitações foram devidamente atendidas pela Interligação Elétrica Sul dentro das especificidades e dos prazos solicitados pelos órgãos ambientais requerentes.

Leilão
O leilão de transmissão nº 01/2013 será realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no dia 10 de maio, às 10h, na sede da BM&FBovespa, em São Paulo. Serão licitados dez lotes, compostos de 5.017 km em linhas e de subestações com um total de 1.200 MVA de potência.

As novas instalações vão demandar investimentos de aproximadamente R$5,3 bilhões, com geração de 18.356 empregos diretos. O prazo de conclusão das obras será de 22 a 36 meses e os contratos de concessão são de 30 anos.


28/04/2013

Leilão de Reserva de Eólicas será em 23/08/2013

Impossível não comentar o quão inusitado é este método de diferenciação dos preços de acordo com a capacidade dos pontos de conexão ao SIN. Do modo com está escrito está frustando o investimento de muitos empresários que contavam com as ICGs para viabilizar seus projetos. Agora a regra mudou, de novo. 

Vejam o comentário abaixo publicado pela EPE:

O Leilão de Energia de Reserva deste ano, exclusivos para projetos eólicos, ocorrerá no dia 23 de agosto. A data foi estipulada pela Portaria nº 131/2013 do Ministério de Minas e Energia – MME, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (26). A Norma define as diretrizes para realização do referido Leilão, que negociará Contratos de Energia de Reserva (CER) na modalidade por quantidade, com início de suprimento em 1º de setembro de 2015 e prazo de vinte anos.


De acordo com a Portaria, o resultado final do Leilão de Energia de Reserva de 2013 vai utilizar como critério de classificação o preço do lance, considerando a capacidade de escoamento da Rede Básica e de fronteira. Ficaram definidas também as condições gerais para realização dos Leilões de Energia de Reserva, estabelecendo, entre elas, a execução de garantias financeiras no caso de inadimplemento de seus compromissos contratuais por parte dos agentes, em especial com relação à implantação dos projetos.

Os empreendedores interessados em participar do certame deverão propor a inclusão de projetos de geração no Leilão de Energia de Reserva de 2013 até 27 de maio de 2013, por meio de cadastramento junto à Empresa de Pesquisa Energética – EPE. Eles deverão encaminhar Ficha de Dados constante do Sistema de Acompanhamento de Empreendimentos Geradores de Energia (AEGE) e demais documentos, conforme instruções disponíveis no sítio da EPE: www.epe.gov.br, de acordo com a Portaria MME nº 21/2008.

O DOU também publicou hoje a Portaria MME nº 131/2013, que altera a Portaria MME nº 258/2008, e define metodologia de cálculo da garantia física de usinas eólicas contratadas em Leilões de Energia de Reserva, considerando o valor de energia anual com uma probabilidade de ocorrência igual ou maior a noventa por cento – denominada P90 – para um período de variabilidade futuro de vinte anos.

Com informações da Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Minas e Energia

Links:
Portaria MME nº 131-13
Portaria MME nº 132-13



Siga o blog no twitter

28/02/2013

A-3:Geradores eólicos podem ter que investir em linhas de transmissão


Até este momento a que se vê divulgado é o fato (não contestado) de que os consumidores pagaram (ou pagarão) por energia efetivamente não gerada. No entanto, pouco se fez para responsabilizar a concessionária de transmissão que foi para o leilão e assumiu responsabilidades contratuais sem capacidade de cumpri-los e admitiu isto descaradamente em rede nacional de televisão. 

As ICGs viabilizaram projetos de geração de energia eólica que trouxeram benefícios para regiões carentes do Brasil. Agricultores de subsistência de regiões remotas do país poderão contar com uma renda extra (por exemplo, através do arrendamento de áreas do parque eólico) por 20 anos ou mais uma vez que o período de concessão pode chegar a 40 anos. Além disto, a construção dos parques eólicos levou melhorias de infraestrutura a estas regiões bem como benfeitorias às comunidades do entorno dos parques em função das compensações ambientais decorrentes do processo de licenciamento e pelas quais os empreendedores são obrigados a construir para obter os licenciamentos necessários.

Ao invés de se culpar o modelo e jogá-lo no lixo este deveria ser aperfeiçoado de modo obter o melhor para consumidor e também para a infraestrutura do país. Ideias boas não faltam como a de Mauricio Dester. (veja aqui o texto publicado originalmente no Jornal da Energia). 


Vejam a matéria de Wagner Freire de São Paulo (SP) para o Jornal da Energia.


Proposta busca evitar atrasos na conexão dos parques e ônus para o consumidor

Com o objetivo de evitar que o consumidor pague por uma energia que efetivamente não foi gerada - assim como aconteceu em 2012, quando R$377 milhões foram gastos com usinas sem ICGs - a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está ajustando as regras para os próximos certames do tipo A-3.

Segundo o diretor da Aneel André Pepitone da Nóbrega, um primeiro passo já foi dado e evitará onerar o consumidor por um problema do setor. O sistema não vai mais se responsabilizar pela conexão de usinas viabilizadas em leilões do tipo A-3, transferindo o risco para o gerador. Isso significa que caso a usina não produza por algum motivo, seja ele qual for, o consumidor não vai arcar com o prejuízo.

Outra opção - esta ainda em estudo - é transferir para os geradores eólicos a responsabilidade pela conexão das usinas na rede básica, obrigando assim o empreendedor a investir em linhas de transmissão. Com isso a tendência é que apenas as usinas com conexão sejam viabilizadas nos leilões A-3, deixando aquelas que demandam construir linhas para o leilão A-5, que tem mais tempo de implantação.

De acordo com Pepitone, todas as medidas buscam “minimizar ônus para o consumidor e trazer mais agilidade para o processo (de conexão de parques eólicos)”. “No A-3 vamos contratar quem já tem conexão. Caso o gerador não tenha conexão, o risco será dele. Não vai mais onerar ninguém. No A-5, mantém a metodologia com o risco do sistema”, explicou o diretor da Aneel.

Em 2012, o descompasso na data de operação dos sistemas de transmissão com o da operação das usinas eólicas obrigou o consumidor brasileiro a pagar R$377 milhões aos geradores por parques que não produziram energia. O modelo anterior previa que o gerador recebesse a receita do empreendimento caso estivesse com a usina pronta no prazo.

Em grande parte, as obras de transmissão atrasadas são de responsabilidade de Chesf. Por isso, a Aneel autorizou em setembro de 2012 que a Procuradoria Geral da União cobrasse na justiça o prejuízo de R$377 milhões causados pela empresa. O assunto consta em tramitação junto ao Tribunal de Contas da União.

Pepitone conversou com o Jornal da Energia nesta terça-feira (26/02), após participar do Wind Forum Brazil, realizado em São Paulo. 


20/02/2013

Uma alternativa para a questão das ICGs


O artigo abaixo é de autoria de Mauricio Dester. Por deferência gostaria de apresentá-lo no início e não ao final do artigo(como na publicação original). Acredito que desta forma valorizamos mais ainda as ideias por ele apresentadas. 

Mauricio Dester é graduado em Engenharia Elétrica (Unicamp-FEEC, 2001), mestre em Engenharia Elétrica, linha de pesquisa em Estabilidade de Tensão (Unicamp FEEC, 2006), doutor em Planejamento de Sistemas Energéticos, linha de pesquisa em Política Energética (Unicamp-FEM, 2013). Trabalha em Furnas, na área de Operação de Sistemas de Energia Elétrica, há 30 anos.

Mauricio Dester tem uma visão deste assunto muito parecida com a deste blogueiro. Seu artigo trata de forma muito justa as intenções originais da inclusão das ICG's e não poupa argumentos à necessidade de maior planejamento e agilidade por parte dos envolvidos na licitação e implantação das instalações compartilhadas. Reconhece ainda a incapacidade do Estado de prover obras estruturantes em curto prazo e oferece uma solução interessante de passagem de responsabilidade ao empreendedor sem para isto criar mais entraves à iniciativa privada. Acredito, no entanto, que ainda estamos distantes de obter a necessária integração entre empreendedores para que a "SPE da ICG" opere de forma satisfatória. 

Confesso que sobre este tema tenho mais dúvidas que certezas: 
  • Como o empreendedor poderia prever o seu custo de ICG na tarifa? 
  • Como ANEEL e EPE podem auxiliar na correta avaliação destes empreendimentos evitando elevação exagerada na tarifas?
  • Cabe uma nova regulamentação para este procedimento? 
  • Como proteger o investimento dos empreendedores na transmissão diante da possibilidade de que, sob a justificativa do menor custo global, outros empreendedores possam aproveitar-se da capacidade de transmissão extra reservada aos futuros projetos dos empreendedores envolvidos? 

Apesar dos questionamentos, acredito que a ideia tem viabilidade. Meu sincero agradecimento ao Maurício por seu artigo muito esclarecedor. Convido a todos para ler e opinar sobre o tema. Segue o artigo postado originalmente no Jornal da EnergiaBoa leitura.  

Para estimular a integração da geração distribuída (GD) ao Sistema Interligado Nacional (SIN), foi instituída a figura das instalações compartilhadas de geração (ICGs). Trata-se de um mecanismo destinado a viabilizar os projetos de GD, do ponto de vista técnico e econômico. Este mecanismo, contudo, não representa uma solução de compromisso com os aspectos de estabilidade e confiabilidade do SIN e não foi estruturado de forma a incorporar uma visão de longo termo para a questão da GD.

Como consequências do modelo adotado, nota-se um descompasso entre a entrega para operação das ICGs e as usinas que delas farão uso. Por exemplo, em 2009, no primeiro leilão exclusivo para a energia eólica, foram contratados 1.841 MW de potência instalada. Deste montante, 622 MW estão entregues para operação, todavia impossibilitados de gerar devido às respectivas ICGs ainda não estarem concluídas. O problema tende a se agravar, pois existem discrepâncias entre os cronogramas de conclusão de novas usinas e suas respectivas ICGs. Estes fatos são resultado de uma visão segmentada no processo de planejamento da expansão e que repercutirão de forma negativa na operação do SIN, seja nos aspectos econômico, seja naquelas relacionados à segurança, confiabilidade e ao meio ambiente. 

A saída para esta questão passa por uma mudança na forma de contratação das ICGs. Uma possível solução é integrar o empreendimento de uma determinada ICG às usinas que se conectarão a ela e delegar o ônus e a responsabilidade do projeto e construção desta ICG aos agentes proprietários das usinas que farão uso da ICG. Certamente estes agentes devem avaliar os custos que lhe caberão, em função desta responsabilidade, para que o lance realizado no leilão considere estes custos. Entrando no detalhamento da proposta, deve haver a constituição de uma SPE pelos agentes usuários, cujas participações devem ser estabelecidas previamente, em relação ao leilão. Esta SPE será a responsável, de fato, pela ICG. Os critérios para divisão do aporte de capital para a constituição da SPE devem estar atrelados ao montante de energia contratado pelas respectivas usinas usuárias da ICG. Deve ainda regulamentar-se a liberação da entrada em operação destas usinas, que somente deve aceita se a respectiva ICG estiver também liberada. Mesmo procedimento deve ser adotado com a conexão da usina até a ICG, assim como em relação à conexão desta até a rede básica. Para aumentar ainda mais a segurança no que concerne à disponibilidade da ICG no prazo certo, a parte do capital destinado a SPE e suficiente para a conclusão da ICG pode ser requerida em conjunto com o depósito de garantias para a participação dos leilões.

Após o comissionamento, a ICG deve, então, ser doada para o agente proprietário do ponto de conexão à rede básica. Este, por sua vez, passa a ser, a partir de então, responsável pela operação e manutenção da ICG, sendo remunerado por meio de uma RAP correspondente e devidamente dimensionada considerando esta situação específica. Seria algo semelhante do que já se pratica no que se refere ao acesso à rede básica por consumidores livres. A partir deste momento a SPE pode ser dissolvida, uma vez seu propósito já ter sido alcançado. Alguns cuidados especiais devem ser tomados, por parte do órgão de planejamento. Um deles é requerer no projeto da ICG a possibilidade de serem efetuados reforços, de forma que se possa prover conexão a empreendimentos futuros de GD, já previstos ou com potencial de se efetivarem na região onde a ICG estiver localizada. Esta proposta pode impactar nos valores da energia comercializada nos leilões, entretanto há que se contrapor este ônus com aquele que pode advir da não disponibilidade da energia elétrica e que hoje já é arcado pelos consumidores ligados ao SIN.


22/01/2013

Brasil constrói usinas eólicas, mas não tem como distribuir energia


As notícias veiculadas há pouco mais de seis meses na imprensa especializada agora aparecem nos jornais, portais, revistas. Provavelmente se trata de repercussão da matéria do Fantástico. Vejam a matéria do Portal Região Nordeste disponível na Abeeólica.

Neste ano 50 novas usinas de produção de energia elétrica com a força dos ventos ficam prontas, mas não podem produzir e ainda recebem dinheiro do governo. Isso porque, por falta de planejamento, não existe a rede para levar a eletricidade para o sistema de distribuição nacional. 

As usinas são montadas por empresas privadas, que venceram os leilões do governo.

Vinte e seis delas já estão prontas, mas as hélices de geração ficam travadas, porque não tem como levar a energia para a casa do consumidor. 

A rede de distribuição é construída pela estatal Eletrobras, que enfrenta toda a burocracia das empresas públicas e ainda alega dificuldades no licenciamento ambiental. 

Se essas usinas já estivessem funcionando, o consumidor brasileiro não precisaria pagar os 150 milhões de reais gastos por mês, para manter as termelétricas a gás, a óleo e carvão, ligadas, como está ocorrendo. 

As geradoras de energia pelo vento que já estão prontas ainda recebem do governo, pois a parte delas foi honrada, conforme determina o contrato.

Abaixo alguns posts antigos deste blog com detalhes sobre o assunto: 


Consumidor pagará R$377 milhões por energia eólica que não será entregue (Avaliações de consultores do mercado falam de um total de R$ 1 bi)



Siga o blog no twitter

Energy Report PSR: SEGURANÇA DE SUPRIMENTO: O ESTRUTURAL E O CONJUNTURAL

Tive acesso ao relatório muito esclarecedor publicado pela PSR Consultoria. A contribuição da PSR para o entendimento do setor é historicamente bem recebida pela maioria dos profissionais. 

O relatório compara o comportamento da redução quantidade de energia armazenada total ao longo do ano de 2012 com o comportamento em outros anos. Busca, através de diversas hipóteses, entender porque o sistema partiu da melhor condição de armazenamento dos últimos 16 anos (em janeiro) para a pior condição desde a véspera do racionamento de 2001-2002. 

As conclusões do relatório nos levam a triste constatação de que faltam ainda muitos passos ao nosso país para superar as debilidades estruturais e conjunturais para gerar mais credibilidade nas medidas para garantir a segurança de suprimento nos próximos anos. Ademais o relatório permite concluir com máxima certeza que a culpa não é de São Pedro!

Deixo as demais conclusões para os senhores. O relatório completo pode ser baixado no link a seguir: 

Boa leitura!

14/01/2013

Setor eólico espera mais chances de negócio e preços maiores em 2013

A quem interessar possa. O preço da energia também está sujeito à inflação e variação cambial. A impressão é que só o governo não sabe disto. Segue matéria de Anna Flávia Rochas da Reuters.


SÃO PAULO, 14 Jan (Reuters) - O setor de energia eólica espera mais oportunidades de negócios em 2013, diante da expectativa de maior contratação nos leilões de energia nova com preços mais altos que possam dar melhor taxa de retorno aos empreendedores.

No ano passado, foi realizado somente um leilão de energia nova, no qual foram contratados apenas 574,3 megawatts (MW) de novas usinas de todas as fontes, em uma licitação marcada por demanda reduzida e preço baixo recorde da energia eólica.

Para 2013, após a retirada de autorizações de termelétricas da Bertin que tinham vendido energia em leilões passados e não entraram em operação, a expectativa é de que haja pelo menos uma contratação para suprir esse vácuo.

"Vai haver pelo menos dois leilões e o governo vai contratar no mínimo 2 gigawatts (GW)", acredita a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo, sobre a necessidade de contratação relacionada aos projetos termelétricos que tiveram a autorização revogada.

Elbia não considera que o preço médio da energia eólica no leilão de 2012 --de 87,94 reais por megawatt-hora-- seja suficiente para remunerar o investimento, e avalia que o último certame não é parâmetro para licitações futuras.

Neste ano, além da maior necessidade de contratação de energia, a presidente da Abeeólica conta com um crescimento maior do Produto Interno Bruto (PIB), de 3 a 4 por cento.

"Esperamos que os preços voltem aos patamares reais, para refletir os custos de produção e a taxa de retorno", disse ela.

Para Elbia, o preço-teto de 112 reais por MWh, estabelecido para o leilão de 2012, já não remunerava o setor eólico. Considerando a inflação e o impacto da variação cambial sobre o valor dos equipamentos, o preço da energia eólica de cerca de 105 reais por MWh praticado no leilão de dezembro de 2011 seria hoje de 124 a 125 reais por MWh.

Um dos preços mais baixos da energia eólica no último leilão, de 87,77 reais por MWh, foi praticado por sete usinas da Bioenergy, que serão localizadas no Maranhão.

O presidente da empresa, Sérgio Marques, garante que o preço remunera o investimento, mas também espera vender por preços maiores nos certames de 2013. "A rentabilidade é mais baixa, mas viabiliza o negócio", disse Marques, acrescentando que seus projetos têm uma taxa de retorno que varia de 9 a 11 por cento.

Ele explicou que a Bioenergy está montando, no mesmo local, outros empreendimentos com energia a um preço maior --de 100 a 170 reais por MWh--, o que ajuda a otimizar os custos.

A Bioenergy tem outros 14 empreendimentos considerados aptos em leilões passados que pretende colocar em licitações em 2013. "Claro que eu gostaria de vender mais caro... Espero que os próximos projetos tenham melhor rentabilidade", disse Marques.

O presidente da Dobrevê Energia (Desa), Carlos Augusto Leite Brandão, não considera possível que o preço da energia eólica recue abaixo da faixa entre 100 e 105 reais por MWh nos próximos leilões. Segundo ele, a empresa chegou a participar do leilão no fim de 2012, mas resolveu sair quando as condições de preço não atendiam mais suas expectativas.

Em 2013, Brandão vê oportunidade para vender a energia dos parques eólicos no mercado livre, diante do cenário de energia cara no curto prazo. "Temos uma comercializadora de energia e carteira de clientes no mercado livre", disse o executivo.

A Desa tem cerca de 1.300 MW de projetos eólicos em portfólio para desenvolvimento.

Brandão disse considerar a participação da Desa nos leilões em 2013, mas espera que as condições fiquem mais claras no que se refere às condições de conexão das usinas ao sistema elétrico nacional, para evitar riscos.

Parques eólicos da Desa no Rio Grande do Norte estão entre aqueles que aguardam a conclusão atrasada da linha de transmissão que está sendo construída pela Chesf, do Grupo Eletrobras, para entrar em operação enviando energia ao sistema elétrico.

Além da Desa, a Renova Energia e a CPFL Renováveis estão com parques prontos desde meados do ano passado recebendo a receita a qual têm direito, mas sem gerar energia ao sistema pela ausência da linha de transmissão.

"Esse atraso da transmissão traz sérios problemas, porque o custo parado é maior que o custo da usina operando", disse o presidente da Desa.

A linha de transmissão sendo construída pela Chesf tem previsão de ficar pronta em setembro próximo.

28/10/2012

Conexão de parque da Renova na Bahia sofrerá mais atraso

Me causa espécie que o presidente da CHESF não consiga uma respostas do IPHAN da Bahia nem do IPHAN Nacional. Se entregou a documentação em Maio, devia ter divulgado o problema muito antes...  

Vejam a matéria de Natália Bezutti para o Jornal da Energia.

Segundo o presidente da Chesf, João Bosco, obras terão maior atraso por falta de anuência do Iphan

O parque eólico da Renova Energia em Igaporã, na Bahia, terá a sua geração ainda mais atrasada segundo o presidente da Chesf, João Bosco. O motivo é a falta de resposta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre a anuência da obra. Segundo o presidente da estatal, em abril deste ano, a empresa se reuniu com algumas empresas para repactuar os prazos para a conexão dos parques instalados em João Câmara (RN), Acaraú (CE) e Igaporã.

“De todos os acordos feitos em abril recolocando novas datas, nós só temos o risco de não cumprir em Igaporã, Está tudo pronto e as licenças foram emitidas, mas o Iphan não dá anuência à obra, não diz o porquê, e nem responde a gente, nem o da Bahia e nem o nacional. Isso é um absurdo”, declarou João Bosco, em entrevista exclusiva ao Jornal da Energia.

Pela falta de retorno, a Chesf encaminhou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última semana uma carta em que declara que não poderá cumprir o prazo assumido em abril com as empresa, porque a obra teria que ter sido iniciada neste mês. Segundo o diretor de engenharia da empresa, José Ailton, o prazo acordado para o parque da Renova Energia foi junho de 2013.

“Eu comuniquei a Aneel, Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e o Ministério de Minas e Energia (MME), para ver se alguém consegue falar com o Iphan. Está tudo pronto para começar a obra, as empreiteiras estão prontas. Desde maio nós entregamos a documentação”, comentou o presidente da estatal.

Nesta terça-feira (23/10), os diretores da agência reguladora negaram em reunião ordinária o recurso da Chesf, que pedia a reconsideração de uma multa no valor de R$2,2 milhões, em decorrência do descumprimento do cronograma de implantação das obras referentes à Igaporã.

Já em Aracaú (CE), seis parques com a conclusão prevista para janeiro de 2013 não deverão enfrentar problemas de atraso de geração por falta de conexão, devido à parceria entre a estatal e a Impsa. Segundo Bosco, a Chesf está fazendo obras de ampliação em paralelo à obra de conexão. No município de João Câmara, Bosco não comentou os prazos, mas declarou que seguirão o acordado em abril.

“Em quase um ano que eu estou aqui, a nossa relação com os órgãos ambientais melhorou muito, não tenho grandes dificuldade em nenhum estado do Nordeste. Agora o nosso problema é o Iphan e, mais especificamente, na Bahia, porque os demais Estados têm nos atendidos bem”.

23/07/2012

De 1,8GW do leilão eólico de 2009, apenas 370MW entram em operação no prazo



O fato só reforça a urgência da resolução dos problemas estruturais brasileiros. Some-se a isto a cultura brasileira de deixar tudo para a última hora, a insegurança jurídica criada pelas regras que mudam o tempo todo e só se definem quando suas consequências já geraram atrasos.


Falta de transmissão impede 646 MW de gerar; outras usinas devem estar prontas até julho de 2013

Em 2009, o setor elétrico comemorou o sucesso do primeiro leilão de energia realizado pelo governo exclusivamente para contratação de parques eólicos. No entanto, dos 1.841MW comercializados naquele certame, apenas 370MW em usinas já são uma realidade e estão gerando eletricidade para o sistema.

Conforme balanço feito pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a pedido do Jornal da Energia, há ainda outros 646 MW prontos para operar, mas impedidos de fazê-lo pela ausência de linhas de transmissão. Essas linhas, as chamadas ICGs, estão a cargo da Chesf e devem ficar prontas só no ano que vem. Outros 703,7 MW estão fora do cronograma original, que previa início de operação em 1 de julho de 2012.

Como exceção, há os parques de Icarai I e II, Taiba Aguia, Taiba Andorinha e Colônia. Esses projetos, que somam 121,8MW no Ceará, receberam aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para postergar a entrada em operação. Nestes casos, a agência entendeu que houve demora na emissão dos atos de outorga, alteração das características de transmissão, bem como mudança de política governamental de financiamento.

Isso porque os empreendimentos, da Energio, estavam aprovados pelo Banco do Nordeste, mas tiveram que ser redirecionado para o BNDES, que exige um índice maior de nacionalização. Esses fatores fizeram com que a Aneel transferisse as datas, que agora variam entre novembro e dezembro deste ano.


Dos atrasados
Dos 703,7 MW que estão fora do cronograma, a previsão de operação comercial mais distante é do parque eólico de Araras, de responsabilidade da Energimp. A usina tem início de geração esperado para julho de 2013, um ano depois da data original. O empreendimento tem 30MW e está construção no Ceará.

Outros, como Osório 2 (24MW, RS), Sangradouro 2 (26MW, RS) e Miassaba 3 (50,4MW, RN), são os mais próximos de operar. Em relatório, a área de fiscalização da Aneel esperava que essas usinas começassem a funcionar em junho, mas a expectativa não foi cumprida até o momento. Os dois primeiros são de responsabilidade da Elecnor-Enerfin, enquanto o último é de sociedade de propósito específico (SPE) formada por Eletronorte, Furnas, Bioenergy e J. Malucelli.

No relatório obtido pela reportagem não são colocadas as causas dos atrasos. A única menção está relacionada ao licenciamento ambiental, mas a Abeeólica explica que "cada empreendedor possui seus motivos para atraso" e que alguns, inclusive, já têm pedido postergação dos prazos para a agência reguladora.


26/06/2012

Consumidor pagará R$377 milhões por energia eólica que não será entregue


A novela da ICGs apresenta agora quem vai pagar pela geração de energia não transmitida pela CHESF: Os consumidores. Felizmente o Sr. Romeu Rufino lembrou o fato de que o leilão para as ICGs tratava-se de uma licitação cujas obrigações devem ser cumpridas sob pena de punição. Espera-se agora da Aneel tratamento à estatal isonômico ao dispensado às empresas privadas. Afinal o atraso em licenciamento ambiental não pode, de forma alguma, ser caracterizado como algum típo de força maior. 

Em tempo: Ameaçar de punição não é suficiente. É preciso punir. Uma punição interessante seria a proibição de participar dos próximos leilões transmissão(incluindo ICG) e também de geração de energia. 
Segue a matéria de Luciano Costa do Jornal da Energia.

Atraso em ICGs não deixará usinas enviarem produção à rede; diretores ameaçam punições à Chesf, responsável pelas instalações

O consumidor brasileiro pagará mais de R$377 milhões por uma energia que não será entregue. O cálculo foi feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e leva em conta a remuneração a parques eólicos que estão prontos, mas não terão como enviar energia à rede devido à falta de instalações de transmissão. Essas usinas, que somam 636MW, seriam conectadas a ICGs – centrais de conexão compartilhada – que deveriam ter sido construídas pelas Chesf, mas estão com atraso e deverão ser concluídas somente em meados do ano que vem.

Pelas regras do leilão de energia de reserva de 2009, no qual as plantas foram contratadas, o gerador tem a garantia da receita caso a impossibilidade de entregar a energia não seja de sua responsabilidade. Nesta terça-feira (26/6), a diretoria da Aneel decidiu os critérios para que esses investidores possam receber. Eles terão que cumprir obrigações listadas pelas áreas técnicas do regulador para mostrar que estão aptos a operar e que a não entrega de energia acontece apenas por culpa da falta de transmissão.

Em carta enviada à Aneel, a Chesf informou os prazos previstos para entrada em operação das ICGs, que serão construídas no Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará. As datas são, respectivamente, 15 de fevereiro, 26 de agosto e 19 de julho de 2013.

O atraso, porém, pode ser maior e gerar ainda mais custos para o consumidor do que o previsto pelo regulador. Isso porque esse cronograma foi passado à Aneel pela Chesf em março. E, há uma semana, a estatal informou ao Jornal da Energia outras previsões, que apontam para 21 de junho , 13 de setembro e 21 de setembro de 2013.

O diretor da Aneel Edvaldo Santana também fez uma relação com a complementaridade entre a geração eólica e a hídrica e disse que, caso as usinas realmente entrassem em operação, o sistema poderia poupar água no reservatório das hidrelétricas. “São custos para o sistema que não estão calculados”, salientou.

As usinas afetadas pelo problema das ICGs pertencem a Renova, Dobrevê e CPFL Renováveis. Todas precisariam começar a funcionar em 1 de julho, mesma data programada para todos outros parques que venderam energia no certame de 2009.

Punição
O relator do processo referente ao imbróglio, Romeu Rufino, disse que a agência vai apurar a responsabilidade da Chesf pelo não cumprimento dos cronogramas das ICGs. A estatal alega lentidão no licenciamento ambiental para justificar as dificuldades. Mas Rufino apontou que a área de fiscalização da Aneel vai checar a situação, podendo executar as garantias depositadas pela empresa para os projetos.

Rufino apontou que mesmo eventuais multas e execução de garantias da Chesf “não chegariam nem perto” do prejuízo causado aos consumidores pela não conclusão das obras a tempo. E disse que a Aneel buscará argumentos para responsabilizar a companhia ao máximo pelo problema. Até porque a arrecadação com as multas ou garantias não seria revertida para a modicidade tarifária, o que faria com que o consumidor continuasse com o ônus.

“Ainda que os prazos tenham ficado apertados, foi uma licitação. O agente (Chesf) participou consciente do que tinha em termos de obrigação. Participou porque quis, assumiu os riscos”, justificou.

19/06/2012

Desenvix coloca três parques eólicos para operar em testes


Esta obra teve conexão por conta do empreendedor em derivação de linha de transmissão 230 kV da CHESF. Salvo informação em contrário, todas as obras foram realizadas sob responsabilidade do empreendedor. Dependeu, no entanto, de negociação com a CHESF para que a conexão fosse realizada de acordo com o padrão e procedimentos da concessionária. Tivesse optado por ICG, a Desenvix estaria na mesma situação dos demais empreendedores. Vejam a notícia da redação do Jornal da Energia

Usinas na Bahia somam 95MW em potência instalada e foram viabilizadas por leilão de 2009

 A Desenvix recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para colocar em operação, em fase de testes, três parques eólicos construídos na Bahia. As usinas Novo Horizonte (30MW), Macaúbas (35MW) e Seabra (30MW), todas em Brotas de Macaúbas, somam 95MW distribuídos em 57 aerogeradores.

As usinas foram viabilizadas no primeiro leilão de energia eólica do País, em dezembro de 2009, quando fecharam a venda da produção futura a R$139,99 por MWh (valor com data base de dezembro de 2009). Os contratos têm duração de vinte anos e envolvem 34MWmédios.

A Desenvix investiu cerca de R$415 mil no empreendimento, que precisa entrar em operação comercial até 1 de julho. As turbinas foram fornecidas pela francesa Alstom, sendo que a Engevix foi responsável pelas obras civis e linhas de transmissão.

A empresa ainda afirma que a região em que foram instalados os projetos possui potencial para até 300MW, divididos em 10 usinas de 30MW. A companhia já tem, inclusive, licença ambiental para os empreendimentos, com validade até julho de 2015.