26/12/2011

Espanholas Iberdrola e Gamesa firmam nova aliança

Ibedrola vai utilizar ao menos 50% de máquinas da parceira em suas usinas até 2022
As espanholas Gamesa e Iberdrola fecharam na última quarta-feira (21/12) um novo contrato para fornecimento e manutenção de turbinas eólicas até 2022. As duas empresas consideraram este novo contrato de cooperação mais flexível e adaptado à situação atual do mercado do que um anterior, que havia sido firmado em 2008 e que foi posteriormente suspenso. Segundo as companhias, o acordo vai proporcionar maior estabilidade e, ao mesmo tempo, permitir que as duas mantenham a liderança no setor éolico.
Pelo novo acordo, a Iberdrola assume o compromisso de comprar 50% de turbinas eólicas Gamesa no período entre 2013 e 2022 ou 3.800 MW em capacidade instalada - o que vier primeiro.
Este acordo incluiu ainda o fornecimento de serviços de operação e manutenção, por um período de três anos, de 1.748,3 MW de turbinas G4X (650 kW) e G5X (850 kW) instaladas em Portugal e na Espanha. Outros 2.312 MW, em aerogeradores G8X (2 MW) deverão receber por mais um ano os serviços de manutenção da Gamesa.
Por último, as empresas espanholas promoverão pesquisas na busca do aumento da confiabilidade das turbinas eólicas, estendendo seu ciclo de vida e a taxa de conversão dos aerogeradores. A parceira ainda buscará oportunidades para instalação de futuras eólicas offshore.

20/12/2011

Especialistas encaram leilão A-5 como a hora e a vez dos parques eólicos

Com poucas hidrelétricas e dúvidas sobre usinas do Parnaíba, a aposta é em uma contratação massiva de energia do vento
O leilão A-5 desta terça-feira (20/12) é considerado “atípico” por especialistas do setor. Isso porque as hidrelétricas previstas para a licitação não receberam licenças ambientais a tempo e as termelétricas a gás enfrentaram dificuldades em obter contratos de fornecimento do insumo. Com isso, é grande a expectativa em cima da energia eólica, que, pela primeira vez, entra nesse tipo de licitação, com cinco anos de prazo para início da geração.
O início do suprimento dos empreendimentos contratados está previsto para 1º de janeiro de 2016, com o fechamento de contratos nas modalidades por quantidade de energia, por 30 anos, para fontes hídricas, e por disponibilidade, por 20 anos, para eólicas e termelétricas. Ao todo, serão 6,2 GW em projetos habilitados, sendo 5,1GW em eólicas e o restante distribuído entre hidrelétricas, PCHs e biomassa.
Segundo o professor de energia elétrica da Universidade de São Paulo (USP), Roberto Huakai, esse volume de projetos eólicos, tem um sentido importante. Isso porque a fonte era considerada “antieconômica”, de 2005 até 2008. Com a crise mundial, houve redução dos custos, que agora estão baixos e levaram essas usinas a ganhar mercado, tornando a energia do vento atrativa.
“A fonte é importante para complementar as demais e, na minha opinião, (o patamar de) R$100 por MWh (alcançado pelas eólicas nos últimos leilões) é uma tarifa baixa. Mas ao se pensar em eólica para um leilão, é preciso muita cautela”, considera Huakai.
Para o professor, é preciso cuidado com os aventureiros - pessoas e pequenas empresas que encontram boa localização de vento, entram no leilão sem dinheiro, vendem a energia e depois saem em busca de capital. Ele também considera que, devido à importação de equipamentos, há um risco cambial alto, por conta da turbulência do mercado mundial.
Huakai também aponta que o Brasil tem tradição em hidrelétricas e vê no pequeno número de usinas da fonte no leião – apenas o Complexo Parnaíba e a UHE São Roque – um risco para o abastecimento no médio prazo. “Já está confirmada a presença do fenômeno La Niña para 2014 e, com isso, quem vai suportar a demanda são os reservatórios da região Sudeste, que também será atingida pelo fenômeno”, explica. Ele também critica o pouco tempo para levantar os projetos. “Estamos realizando um leilão A-5, que tecnicamente é uma A-4”, diz, devido à data do certame, no final de dezembro.
Já o pesquisador do Gesel - UFRJ, Guilherme Dantas, não considera esse certame diferenciado e também não crê que o preço das eólicas vá fugir do patamar alcançado nos leilões deste ano. “Eu acredito num leilão restrito para as eólicas, mas com bom nível de competitividade”, pontua.
Quanto aos preços fixados para o leilão, o diretor executivo da PSR Consultoria, Jorge Drinekenreich, avalia que a pouca oferta de projetos hídricos deverá fazer o preço baixar e a eólica se manter próxima dos R$ 100 por MWh.
“É pena que as térmicas a gás não vão entrar, e a biomassa é muito boa. Já a PCH vive um momento de purgatório: o custo da construção civil aumentou muito”, analisa.
O especialista também é cético quanto a alguns projetos colocados no certame. “As hidrelétricas do Parnaíba, que já foram ofertadas sozinhas em leilão anterior, não despertaram atenção. Portanto, só resta a eólica”, considera. A opinião lembra críticas da Chesf, que vê pouca atratividade no Complexo Parnaíba. As usinas, que não foram viabilizadas em 2010, ainda tiveram a tarifa-teto e o orçamento previsto apertados pelo governo.
Diante desse cenário cheio de incertezas, ninguém quis arriscar quantos MW serão contratados no certame. Mas o domínio da energia dos ventos é uma certeza. “Para competir com a eólica só mesmo as térmicas à gás. Como elas não vão estar presentes, sem dúvida, esse leilão será raro “, finaliza Drinekenreich.

09/12/2011

Renova Energia decide ficar de fora do leilão A-5 e não aporta garantias

Companhia, que tinha 10 projetos eólicos habilitados, diz que vai focar desenvolvimento de usinas
A Renova Energia comunicou ao mercado nesta quinta-feira (8/12) que desistiu de participar do leilão A-5, marcado para 20 de dezembro. De acordo com informações enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa não aportou garantias referentes a seus 10 projetos eólicos que haviam sido habilitados para a disputa.
O certame contratará usinas para início de geração em 1º de janeiro de 2016. Participarão usinas eólicas, plantas a biomassa, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e hidrelétricas, sendo que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou 6,2GW para a licitação. Os empreendimentos da Renova somavam 211MW.
A Renova destaca que, nos últimos cinco meses, comercializou 613MW de capacidade em novos projetos a partir dos ventos. Desse total, foram 213MW no mercado regulado e 400MW no livre, em acordo fechado com a Light, que entrou no bloco de controle da companhia recentemente. A capacidade total da empresa mais que dobrou, para 1.110MW, com início de operação distribuído ao longo dos próximos cinco anos.
"Desta forma, a companhia decidiu, neste momento, concentrar seus esforços na implantação dos parques eólicos e na preparação para o importante crescimento conseguido", explica a Renova. A companhia ainda lembra que as usinas retiradas do A-5 continuam no porfolio e estão prontas para participarem "nos próximos leilões regulados ou no mercado livre".

30/11/2011

Alstom vai produzir turbinas eólicas de até 3MW em fábrica na Bahia

Unidades terão 40% de conteúdo nacional; meta é chegar a 60% em dois anos, conforme acordo com o BNDES
A francesa Alstom inaugurou na tarde desta quarta-feira (30/11) uma fábrica de aerogeradores em Camaçari, na Bahia. A unidade, que recebeu investimentos de R$50 milhões, terá capacidade de produzir 300MW em máquinas ao ano. Parte dos recursos veio de empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O head da área de energia da Alstom no Brasil e na América Latina, Marcos Costa, explicou que o financiamento está atrelado ao cumprimento de uma meta de nacionalização dos equipamentos. No início, 40% dos componentes serão fabricados localmente e o resto será importado. O objetivo acordado com o banco estatal é de chegar a 60% de conteúdo nacional em dois anos.
Serão fabricadas no local as máquinas Eco 86, de 1,67MW, e Eco 100, de 3MW, modelos que já possuem mais de 350MW instalados ou em construção ao redor do mundo. Segundo Alfonso Faubel, vice-presidente da Alstom Wind, a partir de fevereiro de 2012 a planta deve iniciar também a fabricação da máquina Eco 122, de 2,7MW.
O presidente da companhia francesa no Brasil, Philippe Delleur, disse que a Bahia foi escolhida por ter “o maior potencial eólico do Brasil”. E o polo de Camaçari, mais especificamente, pela proximidade com outros elos da cadeira produtiva. O executivo também elogiou a qualidade da mão-de-obra local e o envolvimento das autoridades locais e federais para viabilizar o negócio.
Além de atender o mercado brasileiro, a unidade deve exportar um terço da produção para outros mercados da América Latina, como Argentina e Chile. Até o momento, a Alstom tem contratos fechados para fornecer a projetos da Desenvix, também na Bahia, e da Brasventos, no Rio Grande do Norte. Marcos Costa, porém, destacou que há conversas avançadas com um agente que implantará um parque no Rio Grande do Sul. “O que mostra que nossa competitividade é em todo o território”, concluiu.

MME ignora Aneel e mantém exigência de dois anos de medições de ventos

EPE diz que investidores não têm encontrado dificuldades para entregar os dados pedidos pelo governo
O Ministério de Minas e Energia determinou à Empresa de Pesquisa Energética que somente sejam habilitados tecnicamente para leilões de energia parques eólicos com ao menos dois anos de medições de ventos. A exigência é válida para o A-5 de dezembro e o A-3 de março de 2012.
A posição contraria medida da Aneel, que alterou a Resolução 391/2009 para permitir que os investidores apresentassem apenas um ano de dados até o final de 2012. Em 2013, começariam a ser pedidas medições de três anos.
“A Aneel reduziu, mas o MME quer manter os dois anos de medições na habilitação dos leilões. Temos 600 projetos já cadastrados no A-3 com esses dois anos. Quem vai investir em eólica de verdade, e não como especulador, vai medir não um ano, mas dois, três, até cinco”, disse José Carlos de Miranda, diretor de estudos de energia elétrica da EPE.

18/11/2011

Parques eólicos poderão apresentar somente um ano de medições até o final de 2012

A partir de 2013, Aneel passará a exigir três anos de dados; agência diz que poucos agentes se mostraram contrários à ideia
Os investidores interessados em requerer outorga para a instalação de parques eólicos poderão, até o final de 2012, entregar dados de medição de ventos relativos a apenas um ano. Pela Resolução Normativa 391/2009 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os empreendedores precisariam passar a apresentar, já em 2012, informações que contemplassem dois anos de levantamentos.
Na reunião de diretoria do órgão regulador, nesta quarta-feira (16/11), foi decidido também que será mantida a cobrança de três anos de estudos a partir de 1º de janeiro de 2013. A Aneel afirma que, durante audiência pública sobre a resolução, "apenas uma significativa minoria dos agentes (28%) pleiteou a diminuição definitiva do tempo exigido para a medição do vento exigida". A superintendência de concessões e autorizações de geração (SCG) da agência também realizou estudos que sugerem que sejam colhidos dados durante um período entre um e cinco anos.
A Aneel também aprovou a rebertura de audiência pública para obter contribuições e subsídios para uma nova resolução normativa que substituirá as de número 390 e 391 de 2009. Os textos estabelecem os requisitos necessários à autorização para exploração e alteração da capacidade instalada de térmicas, eólicas e usinas de outras fontes alternativas de energia. Serão recebidas sugestões entre 18 de novembro e 9 de dezembro.

08/11/2011

Tractebel já vendeu 60% da energia de eólicas no mercado livre

Companhia pretende continuar apostando no crescimento na área sem ir a leilões promovidos pelo governo
A Tractebel Energia mantém firmes seus planos de crescer no setor eólico sem precisar participar dos leilões promovidos pelo governo. Nesta terça-feira (8/11), durante teleconferência com investidores e analistas, o diretor financeiro da companhia, Eduardo Sattamini, disse que os cinco parques que a empresa pretende construir já estão com 60% da energia vendida no mercado livre. A produção das usinas terá como destino consumidores especiais, que têm desconto nas tarifas de transmissão para a compra de energia de fontes alternativas.
Das cinco plantas, quatro, no Ceará, contam com licença de instalação, que permite o início das obras, o que acontecerá ainda neste mês. Uma das usinas, no Piauí, ainda não obteve o aval ambiental, mas a expectativa é de que isso aconteça em breve, dentro de "30 ou 40 dias". Segundo Sattamini, os cronogramas estão em dia e a operação está prevista para o final de 2012.
Ao todo, serão 145,4MW (75MWmédios) em parques eólicos, somando um investimento de R$626 milhões. Os contratos de fornecimento de turbinas já estão fechados com a Siemens e a WEG produzirá os transformadores para os projetos.
Sattamini destacou que a Tractebel tem a intenção de seguir com os projetos eólicos e que novos parques estão em avaliação. Mas, antes de firmar novos investimentos, a companhia pretende vender a totalidade da energia dos empreendimentos já em andamento. O diretor ainda destacou que o momento não é o melhor para a comercialização no mercado livre, que está com preços considerados baixos, na casa dos R$100 por MWh. No entanto, fez a ressalva de que os parques visam "clientes são específicos, especiais, dispostos a pagar um pouco mais de preço".

31/10/2011

OCDE vê entraves em licenças e forte presença estatal no setor elétrico brasileiro

Organização afirma que País enfrentará grande desafio para expandir a geração no mesmo ritmo da demanda
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), formada por 34 países, acredita que o setor elétrico brasileiro tem como maior desafio a necessidade de aumentar a capacidade de geração de energia para atender a uma demanda "que deve crescer rapidamente nos próximos anos". A opinião aparece em um estudo que se debruça sobre números da economia do Brasil e elogia os progressos sociais - ao mesmo tempo em que alerta contra a inflação e sugere mudanças estruturais, como a reforma previdenciária.
Para a OCDE, "as autoridades devem investigar a prática de subsídios cruzados no setor de energia e, em função dos resultados das apurações, proibir a atuação de empresas de distribuição e de geração pertencentes ao mesmo grupo". Outro fato que chama a atenção dos especialistas do órgão é a força da estatal Eletrobras, que tem participado de todos os leilões de geração. Para a organização, o governo precisa avaliar se não há a necessidade de abrir mais o setor para os investimentos privados.
O relatório também aponta que "o licenciamento ambiental deve ser simplificado", embora admita "muitos progressos". Segundo o documento, o País é um dos únicos a ter três etapas: licença prévia, licença de operação e licença de instalação, sendo que cada uma delas "oferece oportunidades para terceiros moverem ações na Justiça". Para a OCDE, a questão "tem ocasionado incertezas, prazos longos e altos custos de transação", "especialmente no setor de energia".

24/10/2011

Parque eólico do Proinfa inicia operação comercial em Santa Catarina

Usina Bom Jardim, da Energimp, soma 30MW em potência instalada, divididos em 20 aerogeradores
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) liberou nesta segunda-feira (24/10) a operação comercial do parque eólico Bom Jardim, instalado em Bom Jardim da Serra, Santa Catarina.
Por meio de despacho no Diário Oficial da União, o órgão regulador autorizou a geração a partir de 22 de outubro das 20 turbinas da usina. Cada máquina soma 1,5MW de potência, totalizando 30MW de capacidade.
A planta pertence à Energimp, companhia formada por uma parceria entre a argentina Impsa e o FI-FTGS. O projeto foi viabilizado por meio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) do governo federal. As usinas enquadradas no Proinfa têm até 31 de dezembro deste ano para iniciar a operação.
Nota do Blog: Quando se fala em projetos do Proinfa pode se manter a última frase da notícia guardada. O prazo é 31 de dezembro. Não importa de que ano.  

04/10/2011

Bahia fala em energia solar a R$150 por MWh e pede entrada da fonte em leilões

Secretário também afirma que mais empresas de energia eólica estão perto de fechar instalação no Estado
A secretaria de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia está em contato com diversos empreendedores do setor elétrico interessados em se instalar no Estado. Após assinar um memorando de intenções com a GE, que produzirá turbinas eólicas na região, o secretário James Correia revela que investidores da geração solar também estão sondando fortemente a região. Segundo ele, o interesse é tanto que o governo irá se empenhar em convencer o Ministério de Minas e Energia a abrir os próximos leilões para a participação da fonte.
"Achamos que alguns projetos já podem ser competitivos na casa dos R$150 por MWh. Então, por que não deixar participar, qual é a restrição? Defendo essa liberação o mais rápido possível", explica Correia. Segundo ele, esse número, muito mais baixo que os valores que têm sido apontados no mercado para a energia solar, não é uma estimativa do governo, mas de gente da área. "Tem empreendedor nos procurando e dizendo que está com projetos nesse preço.Até em função da conjuntura. Você tem um mercado com dificuldades na Europa, nos Estados Unidos, e quem tem linha de produção montada está disposto a produzir por preço menor".
O secretário lembra o caso da energia eólica, que enfrentava resistência e, após começar a aparecer em leilões, teve o preço em queda livre, chegando a patamares abaixo dos R$100 por MWh. No primeiro certame envolvendo a fonte, agentes falavam que não seria possível viabilizar usinas abaixo de R$180 por MWh. "O governo tem que abrir. Não cabe julgar se (as usinas) vão ter preço (baixo) ou não. O leilão é para isso", argumenta Correia.
Para o representante do governo baiano, a viabilização dos primeiros projetos é importante para atrair os fabricantes para o País, uma vez que, por enquanto, o interesse em se instalar no Estado tem sido mais de usinas do que de fornecedores. "Tem que ter mercado. A própria energia eólica só foi desenvolver fábricas quando começaram os leilões, três anos atrás. Com a solar a mesma coisa. Você não vai conseguir atrair fábrica para cá sem ter uma política de contratação. Só um louco viria", brinca o secretário.
Indústria eólica aquecida
Grandes nomes da indústria como Gamesa, Alstom e GE já comunicaram a escolha da Bahia como sede para fábricas no Brasil. E, de acordo com Correia, os anúncios não vão parar por aí. Ele adianta que "duas grandes empresas" estão próximas de fechar acordos com o governo para produzir aerogeradores localmente. E outros agentes da cadeia do setor, como produtores de pás e torres, também estão na mira.
"A Andrade Gutierrez está vindo fabricar aqui torres de concreto de até 100 metros e uma empresa espanhola vai fabricar torres metálicas. Estamos avançando a cadeia aqui", afirma. Correia destaca que o governo tem assinados protocolos de intenção para receber 20 mil MW em projetos eólicos. Considerando-se um custo de investimento médio de R$4 milhões por MW instalado, o Estado calcula que pode receber R$80 bilhões em empreendimentos.
"Temos um mercado definido. Posso dizer que a Bahia é a bola da vez na energia eólica: tem o maior mercado, os melhores ventos, e tem atraído uma série de empresas para cá por causa disso", comemora o secretário do Estado.

03/10/2011

Abengoa e Banco Santander vão construir parques eólicos no Brasil

Grupos espanhóis formam joint venture para a instalação de três usinas no Ceará que somarão 64MW de potência
A elétrica Abengoa e o Banco Santander firmaram uma joint venture para a construção e operação de três parques eólicos no Ceará. As companhias, ambas espanholas, viabilizaram essas usinas, que somam 64MW de potência, no último leilão de energia promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em agosto.
Com expertise no setor elétrico brasileiro, a Abengoa será a responsável pela construção, operação e manutenção das plantas durante os vinte anos de concessão. Segundo comunicado da companhia, as usinas produzirão energia suficiente para abastecer 200 mil pessoas e evitar a emissão anual de mais de 400 mil toneladas de CO2 na atmosfera.
A Abengoa ainda destaca que, em março, já havia acertado a entrada no mercado eólico do Uruguai. Na ocasião, a companhia viabilizou a construção de um parque de 50MW na localidade de Peralta, em Tacuarembó, por meio de leilão promovido pela UTE, a estatal local de energia.

26/09/2011

Governo marca leilão A-3 de 2012 novamente com gás, eólicas, biomassa e PCHs

Certame acontece em 22 de março para contratar empreendimentos com início de geração em janeiro de 2015
O Ministério de Minas e Energia publicará no Diário Oficial desta segunda-feira (26/9) a portaria que define as diretrizes para o leilão de energia A-3 de 2012, que vai contratar a energia de usinas para início de suprimento dem 1º de janeiro de 2015. Poderão participar da licitação parques eólicos, térmicas a gás natural, usinas a biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). O certame acontece em 22 de março.
Os empreendedores interessados deverão requerer habilitação técnica dos projetos junto à Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão do MME, até as 12 horas de 21 de novembro deste ano. Nesse momento também deverá ser feito o requerimento de conexão para as usinas interessadas em se ligar às centrais de transmissão compartilhada, as ICGs.
No A-3 de 2012 serão negociados contratos de comercialização de energia (CCEAR) na modalidade por disponibilidade, com prazo de vinte anos, para eólicas, e termelétricas a biomassa ou a gás natural em ciclo combinado. E CCEARs na modalidade por quantidade, com prazo de suprimento de trinta anos, para empreendimentos hidrelétricos.
Os agentes de distribuição deverão apresentar até o dia 31 de janeiro de 2012 as declarações de necessidade para o leilão A-3 de 2012, contemplando os volumes de energia elétrica demandados para o atendimento à totalidade de seus mercados consumidores, nos períodos com início a partir de 1º de janeiro de 2015. Já as distribuidoras localizadas nos sistemas isolados deverão apresentar esses documentos desde que a data prevista para recebimento de energia seja igual ou posterior à de interligação ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Clique aqui para ler a íntegra da portaria.

19/08/2011

Leilão de reserva contrata 1.218MW em usinas a um preço médio de R$99,61 por MWh

Deságio é de 31,8%; eólicas dominam lista de vencedores, com 34 usinas, contra sete térmicas a biomassa
O leilão de energia de reserva chegou ao fim nesta quinta-feira (18/8) após pouco mais de cinco horas e meia de disputa. O deságio médio foi de 31,8%, com as usinas participantes chegando a um preço médio de R$99,61 por MWh, contra a tarifa-teto estabelecida pelo governo de R$146 por MWh. Foram contratados 41 empreendimentos, somando 1.218,1MW em potência instalada e 589,30MWmédios em garantia física.
A energia gerada através dos ventos voltou a dominar a competição, assim como aconteceu no A-3 desta quarta. Entre os vencedores, apareceram 34 usinas eólicas, contra sete térmicas a biomassa. A previsão é de que os projetos consumam R$3,2 bilhões em investimentos e iniciem a operação em 1º de julho de 2014. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o leilão fechou R$8 bilhões em contratos de energia.
A usina mais barata da licitação foi a termelétrica a biomassa de cana-de-açúcar Tropical Bioenergia (50MW), em Goiás, que comercializou sua produção futura a R$95 por MWh. Em segundo lugar vieram quatro parques eólicos na Bahia que serão construídos pela BW a um custo de energia de R$96,97 por MWh. A planta não chegou a bater o recorde registrado pelo parque eólico de Ibirapuitã I, viabilizado pela Eletrosul no leilão de quarta por R$96,49 por MWh. Já o maior preço do certame ficou com a térmica a cavaco de madeira Guaçu (30MW), no Mato Grosso, de R$101,99 por MWh. 

18/08/2011

Leilão de energia A-3 termina com preço médio de R$102,07 por MWh, com deságio de 26,6%

Parques eólicos ofereceram os menores preços, chegando a até R$96,49/MWh; somente Petrobras e MPX viabilizaram térmicas a gás
Após quase sete horas de disputa, o leilão de energia A-3, iniciado às 11h15 desta quarta-feira (17/8), chegou ao final com um preço médio de R$102,07 por MWh, o que representa um deságio de 26,6% frente à tarifa-teto estabelecida para os parques eólicos, usinas a biomassa, térmicas a gás e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A expansão de Jirau venceu energia pelo preço teto que havia sido estabelecido para seu projeto, de R$102 por MWh.
No total, foram contratados 2.744,6MW em potência instalada, representando 1.365,9MW médios para entrada em operação em 2014. Como as plantas a biomassa poderão escalonar seu início de funcionamento, outras máquinas agregados ao sistema posteriormente, chegando a um total de 1.543,8MW médios.. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o certame representou negociações que significam R$29,1 bilhões.
Ao final da disputa, as eólicas voltaram a surpreender e se firmar como a fonte mais barata. No total, 31 usinas de geração a partir dos ventos negociaram sua futura produção a preços abaixo dos R$100 por MWh. A usina Ibirapuitã I, parte do Complexo Cerro Chato IV, foi a mais barata entre todas as da licitação, com tarifa de R$96,49 por MWh. A fonte teve 44 empreendimentos na lista dos vencedores, com um deságio médio de 28,4%.
Entre as termelétricas a gás, apenas MPX e Petrobras, possuem suprimento próprio do insumo, conseguiram fazer frente à concorrência. A MPX fechou contrato para comercializar energia a R$101,90 por MWh com a usina Maranhão III, de 499,2MW e 470,7MW de garantia física. A empresa vendeu 400MWmédios com início de suprimento em 2014, chegando a 450MW posteriormente. Já a Petrobras viabilizou a térmica Baixada Fluminense a R$104,75 por MWh. A estatal vai comercializar 299,4MWmédios em 2014 e 416,4MWmédios posteriormente. A planta possui 530MW de potência e 430,2MW de garantia física. O deságio médio das duas unidades foi de 25,7%.
Ainda estão entre as vencedoras quatro usinas a biomassa de bagaço de cana-de-açúcar, somando 197,8MW de potência instalada. O deságio médio da fonte foi de 26,3%.

17/08/2011

A-3 2011 - Modicidade Tarifária x Crescimento Sustentável

O 12°. leilão A-3 (2011) começou oficialmente as 11:15 de hoje. Veja abaixo quais fontes concorrem:
Leilões de Reserva e A-3 / 2011 – resumo da habilitação (por fonte):
FONTE
PROJETOS
OFERTA (MW)
Hidrelétrica (ampliação)
1
450
Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs
27
443
Eólicas
240
6.052
Termelétricas à biomassa
43
2.750
Termelétricas a gás natural
10
4.388
TOTAL
321
14.083
Fonte: EPE
A estratégia do leilão segue a política de modicidade tarifária da EPE: Diversas fontes competindo entre si independente do momento em que cada uma se encontra. Quisera que no futuro se pudesse levar também em conta uma estratégia de crescimento sustentado da cadeia produtiva, em especial da fonte eólica.
Há neste conceito muitos benefícios tais como a geração de empregos, atração de investimentos, contrapartidas ambientais que beneficiam comunidades nos locais de implantação, aumento do nível de emprego, enfim vários benefícios tangíveis e intangíveis que podem justificar um aumento na tarifa de energia.
Nesta análise pode-se ainda levar em conta benefícios ambientais tais como a contribuição para o controle de emissão de gases do efeito estufa e o menor impacto ambiental deste tipo de projeto quando comparado com outras fontes. Estes benefícios, embora intangíveis, podem ser os mais importantes quando focamos na qualidade de vida das próximas gerações. 
Empresas que estão se instalando no Brasil bem como investidores brasileiros e internacionais acreditam na energia eólica brasileira. Já vemos a sociedade brasileira preparada para os impactos do aumento da participação desta fonte. Resta aos nossos órgãos governamentais (MME, MMA, EPE, ANEEL, governos estaduais e governo federal, etc.) dar suporte para o crescimento sustentado da geração por fonte eólica buscando diminuir a percepção de risco criada por mudanças nas regras e falta de agilidade na regularização de projetos e suas respectivas licenças.

28/07/2011

Iberdrola e Gamesa anunciam fim de acordo estratégico

Geradora e fabricante mantinham vínculo na elaboração de projetos eólicos 
A geradora Iberdrola e a fabricante de aerogeradores Gamesa anunciaram nesta quinta-feira (28/07) o fim do acordo estratégico que mantinham na elaboração de novos parques eólicos. As razões, segundo comunicado, é a conjuntura econômica mundial, que modificou as condições de mercado, assim como a estratégia de ambas as companhias espanholas. 
O acordo, firmado inicialmente em junho de 2008, estabelecia um negócio de promoção e desenvolvimento conjunto dos projetos eólicos. Ainda assim, as empresas informaram que "esperam continuar colaborando com a consolidação de suas posições no setor". 
No Brasil, as duas companhias deram recentemente sinais de que estão investindo na busca de uma posição ainda mais firme no mercado nacional. Enquanto a Iberdrola anunciou que pretende assumir o controle da Neoenergia, onde já possui participação, como forma de aumentar a participação no País, a Gamesa inaugurou uma nova planta na Bahia, onde montará turbinas. 
Até o momento, as empresas têm sido sócias por aqui - a Iberdrola é a primeira cliente da fábrica da Gamesa e utilizará os aerogeradores produzidos em Camaçari em seus projetos eólicos já inscritos em leilões.

24/07/2011

Rio Grande do Norte e Ceará podem padronizar licenciamento para eólicas

Comentário: Boa notícia se for concretizado. Ritos de licenciamento precisam ser agilizados. Entre os vários argumentos leve-se em conta a similaridade dos projetos e locais, o que permitiria uma análise racional em curto tempo. Segue matéria: 
Órgãos locais admitem força-tarefa para atender avalanche de projetos às vésperas de leilões
Juntos, os estados de Rio Grande do Norte e Ceará correspondem à metade das inscrições de parques eólicos para os próximos leilões de reserva e A-3, seja por número ou capacidade instalada dos projetos. Porém, apesar da proximidade territorial, os órgãos estaduais trabalham de forma bastante diferente no processo de licenciamento ambiental para os empreendimentos, disparidade que pode deixar de existir no cadastramento para os próximos certames.
Hoje, os parques cearenses são os únicos do País que passam pela apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto do Meio Ambiente (EIA-Rima) na obtenção da licença prévia necessária para se inscreverem nos leilões. No caso do Rio Grande do Norte, por exemplo, basta um Relatório Ambiental Simplificado (RAS) para que o empreendedor vá ao certame com a respectiva LP. 
Porém, a esfera federal já tem uma pré-disposição a padronizar o procedimento nos estados vizinhos, segundo afirmou ao Jornal da Energia o coordenador responsável pelo licenciamento das eólicas no RN, Iron Medeiros. Segundo ele, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do estado (Idema) está aberto para a troca de experiências com o Ceará. "A gente tem de entender como é o licenciamento de lá e eles o daqui. Trocar os ensinamentos e montar um termo de referência padrão para os dois". 
A princípio, continua Medeiros, o órgão potiguar não entende o porquê de se condicionar um EIA-Rima no processo. Questionado se a principal dificuldade seria o custo, o especialista acredita que o gargalo mais relevante seria o tempo. "No EIA-Rima você tem prazos legais apertados, como 30 ou 45 dias para realizar as audiências públicas. E o que fazemos aqui [RAS] é muitas vezes tratado como um modelo mais complexo". 
A demanda de projetos às vésperas de cada certame - são 103 inscritos no Ceará (2.427MW) e 116 no Rio Grande do Norte (3.012MW) - tem sido também um problema. Tanto que, no RN, foi criado um grupo exclusivo para parques eólicos, já que os processos são solicitados cerca de três ou quatro meses antes do leilão. Ainda assim, segundo as fontes ouvidas pela reportagem, forças-tarefa espalhadas pelo País têm conseguido emitir as licenças necessárias para que os investidores consigam efetuar os cadastramentos. 
Tentativa de inovação 
No Ceará, a busca de uma otimização do sistema neste ano acabou levando a um trabalho dobrado para a Secretaria de Meio Ambiente local (Semace). O órgão criou para este certame a figura da Licença Prévia de Leilão, com base no RAS, julgando tornar a dinâmica ainda mais restritiva. Mas, pouco antes do limite para as inscrições, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) voltou a pedir a LP convencional. 
"O formato que havia sido proposto deixou o jurídico da EPE fragilizado, perguntando como poderiam contratar uma energia por 20 anos com uma licença que é provisória. Então voltamos à estaca zero, e criamos uma instrução normativa que instituiu que todos os projetos com RAS terão um termo de referência com LP por dois anos e até um ano e meio para apresentar o EIA-RIMA", detalha o presidente da câmara setorial estadual que debate o tema e fundador da Associação Brasileira de Energia Eólica, Adão Linhares. 
Na ocasião da mudança da regra, explica o químico industrial do Semace, Alexandre Pinto, já havia cerca de 40 LPLs prontas. "Eu, particularmente, achei a ideia muito boa, porque é uma etapa a mais. Se você passa da LPL com o RAS, você apresenta o EIA-RIMA na Licença de Instalação. Os empreendedores gostaram, aplaudiram". O técnico destacou ainda que a dificuldade em se fazer o licenciamento com a avalanche de projetos na última hora: segundo ele, são cerca de dez profissionais envolvidos na visita aos terrenos. 
Durante o All About Energy, evento de energias renováveis realizado em Fortaleza, Ceará, na primeira semana de julho, o superintendente da Semace, José Ricardo de Araújo Lima, inclusive ouviu alguamas críticas sobre as dificuldades de licenciamento ambiental no estado. Após explicar o caso da revogação da LPL, o representante do órgão foi questionado exatamente sobre essa diferença de procedimento que estaria, supostamente, beneficiando os projetos no Rio Grande do Norte. 
Em cima disso, o presidente da Abeeólica, Ricardo Simões, sai em defesa dos cearenses. "Sou testemunha do esforço do governo para dotar o estado de competição para o leilão. O que temos é uma demanda muito grande, e há pluralidades em cada estado, com áreas diferentes, mais ou menos proximidade do litoral. O que eu vejo é que os órgãos não têm dado conta do volume de pedidos. Mas não estou convencido que a unificação dos procedimentos é o melhor caminho", disse. 
Sem problemas no Sul 
Do extremo oposto do País, mas também com grande destaque no número de parques eólicos, está o Rio Grande do Sul. Com 92 projetos (2489MW) inscritos, o presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Carlos Niedersberg, também fala sobre a busca de eficiência em meio à grande quantidade de processos a serem emitidos. "Temos de fazer isso com velocidade. No geral, temos um zoneamento legal, do ponto de vista do vento e da locação, e não temos tido muitos problema". 
Sobre os custos, Niedersberg afirma que "uma opção para o empreendedor é sempre buscar um lugar melhor para se instalar, fugindo das dunas, andando uns 50 ou 100 metros para o lado e encontrando um local que deixe o projeto mais barato". Por fim, o especialista não vê uma possibilidade concreta para padronizações nacionais, já que a questão depende muito das condições locais. "A resolução hoje é bem construída. O que se tem é que não se pode sobrepor as áreas de proteção permanente (APPs), mas cada lugar tem uma característica".

22/07/2011

Abeeólica vê fonte competitiva em ambos os leilões, mas questiona diferença de preço

Certame A-3 tem tarifa-teto de R$139 por MWh, enquanto o de reserva terá início com valor de R$146 por MWh 
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou preços-teto diferentes para os leilões de energia A-3 e de reserva que irá promover em agosto. Para o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Ricardo Simões, ainda não está clara esta intenção da agência em firmar uma diferença de R$7 por MWh (respectivamente R$139 e R$146/MWh), mas a usinas que utilizam a força dos ventos entrarão fortes em ambos os certames.
Apesar de desconhecer os motivos da disparidade nos preços das licitações, Simões considera justo o patamar colocado pelo governo. "O teto fixado faz todo sentido, por volta de R$140/MWh. Mas não entendemos a razão dessa mudança, dessa diferença. Talvez R$146/MWh para ambos seria o ideal. Vamos ver a publicação do edital na íntegra para ver se alguma alteração relevante no edital justifica essa diferença de preços", afirmou o especialista em entrevista ao Jornal da Energia. 
Sobre essa diferença causar algum direcionamento da fonte para o leilão de reserva, Simões ainda insiste que pode haver algum outro motivo para a decisão da Aneel. "Eu não acredito que fizeram isso para chamar as eólicas para o certame de reserva. Deve haver outra razão, seria muito óbvio", completou, dizendo ainda que circulam no mercado as mais divergentes opiniões sobre o volume de contratação previsto pelo governo, mas que pode o setor "ser surpreendido com um maior volume" na licitação de reserva. 
Assim, a Abeeólica confia que a fonte será competitiva nos dois dias de licitação, que acontece em 17 e 18 de agosto. De forma geral, Simões acredita que seja difícil no momento uma previsão sobre a estratégia dos empreendedores - "são individuais e intransferíveis" -, mas disse acreditar que o setor verá uma disputa bastante acirrada no mês que vem. 
Opinião parecida tem o especialista do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ), Roberto Brandão. Para o analista, as térmicas a gás terão "uma postura mais agressiva", o que deve puxar os preços para baixo. 
"É possível que a gente tenha um preço menor que no último leilão. O A-3 deve ser muito competitivo. O custo da eólico baixou nos últimos anos, com uma situação melhor na compra de equipamentos", analisou em conversa com o Jornal da Energia. Vale lembrar que o preço médio das usinas eólicas no último leilão foi de R$133/MWh, enquanto, neste ano o A-3 se iniciará no patamar de R$139/MWh. 
Em relação ao leilão de reserva, o estudioso do Gesel tem opinião contrária. Apesar de também apresentar dúvidas sobre o montante a ser viabilizado, Brandão acredita que o volume não deve ser muito expressivo."Não existe um critério muito claro, mas dado o que já se contratou nos últimos anos e o espaço não é muito grande, não acredito que seja um leilão que irá contratar muitos empreendimentos".

19/07/2011

Leilão A-3 terá preço teto de R$139 por MWh; no certame de reserva, teto será de R$146 por MWh

Notem o preço para o leilão de reserva. Competindo somente com biomassa no leilão de reserva é possível que o preço fique nos níveis do leilão de 2010. Bom para o segmento, que necessita mostrar rentabilidade. Segue a reportagem abaixo por Luciano Costa - Jornal da Energia.

Aneel aprova editais e marca eventos para 17 e 18 de agosto; expansão de Jirau teve tarifa máxima fixada em R$102 por MWh
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na tarde desta segunda-feira (18/7) os editais dos leilões de energia A-3 e de reserva, marcados para 17 e 18 de agosto, respectivamente. O primeiro certame, que poderá contratar parques eólicos, usinas a biomassa, térmicas a gás natural e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) terá preço-teto de R$139 por MWh para todas as fontes. A exceção é o projeto de expansão da hidrelétrica de Jirau, que somente poderá vender sua produção por preços abaixo de R$102 por MWh. No certame de reserva, que contará com eólicas e biomassa, o limite será diferente: R$146 por MWh.
Os contratos fechados no A-3 terão início de suprimento marcado para 1º de março de 2014 e poderão ser fechados por disponibilidade ou quantidade de energia, dependendo da fonte. No leilão de reserva, serão assinados contratos de energia de reserva na modalidade por quantidade, com início de fornecimento em 1º de julho de 2014.
Empresas estrangeiras poderão participar da concorrência sozinhas ou em consórcio, sendo que, nesse caso, a liderança do grupo deverá ser de uma companhia brasileira. Caso investidores do exterior vençam de forma isolada, deverão criar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) constituída sob as leis brasileiras para receber a outorga e tocar o empreendimento.
A Aneel também destaca que os acordos tiveram "alterações relevantes" em sua redação para "conferir maior clareza às obrigações assumidas pelas partes" - compradores e vendedores. Os documentos serão publicados na edição desta terça-feira (19/7) do Diário Oficial da União.

27/06/2011

1 GIGAWATT



Divulgo aqui vídeo com a bela iniciativa da Abeeólica para celebrar a marca de 1 Gigawatt de energia eólica instalado no Brasil. Esta marca foi alcançada por ocasião da entrada em operação do parque eólico Elebrás Cidreira (70 MW) em Tramandaí-RS. Já superada a marca, os próximos parques a entrar em operação serão so de Bom Jardim e Água Doce localizados no estado de Santa Catarina.
Conforme dados da Aneel, O Brasil tem hoje 1.006 MW eólicos com autorização para gerar energia, o que representa 0,87% da capacidade total instalada no país (115 GW). Para o próximo leilão A-3 já estão cadastrados 429 projetos eólicos equivalentes a 10,9 GW.

Além do vídeo outras informações podem ser encontradas em: http://1gigawatt.org.br

Com informações da Abeeólica, Aneel e Portal Energia Hoje.

26/04/2011

CPFL faz acordo com ERSA e cria CPFL Energias Renováveis

SÃO PAULO (Reuters) - A CPFL anunciou no final da terça-feira uma associação com a produtora de energia renovável Ersa, em uma operação em que deterá 63,6 por cento de uma nova unidade focada em pequenas usinas hidrelétricas, termelétricas a biomassa e centrais de energia eólica.
Segundo a CPFL, que tem entre os principais sócios o grupo Camargo Corrêa e o fundo de pensão do Banco do Brasil (Previ), a expectativa é que a associação seja concluída em agosto.
A nova empresa criada, CPFL Energias Renováveis, terá um portfólio de ativos que somarão 1.034 megawatts de potência distribuídos por usinas que incluem 33 pequenas centrais hidrelétricas (PCH), 4 parques eólicos e 4 termelétricas a biomassa em operação.
A operação vai ocorrer por meio de duas unidades da CPFL: CPFL Geração e CPFL Comercialização. A CPFL Geração vai separar suas PCHs e transferí-las para a holding Nova CPFL, que terá como acionistas a empresa e a CPFL Comercialização e ficará com as PCHs e os empreendimentos da Comercialização.
A holding então será incorporada pela Ersa e com isso a CPFL Geração e CPFL Comercialização passarão a integrar o bloco de controle da Ersa, detendo conjuntamente 63,6 por cento do capital total e votante.
Os atuais acionistas da Ersa, que incluem o Pátria Investimentos, a empresa norte-americana de gestão de recursos Eton Park e o fundo do BTG Pactual FIP Brasil Energia, ficarão com os 36,4 por cento restantes.
"No contexto da associação, os ativos envolvidos foram avaliados em 4,5 bilhões de reais", afirma a CPFL em comunicado ao mercado.
Somando o portfólio de empreendimentos em operação, construção e preparação para construção com os potenciais renováveis em desenvolvimento, a nova empresa tem 4.375 MW de potência.
Na carteira dos empreendimentos, 45 por cento correspondem a energia eólica, 36 por cento a biomassa e 18 por cento a PCHs.

25/04/2011

Eólicas lideram em número de projetos cadastrados para leilões de A-3 e reserva

Térmicas a gás e à biomassa também aparecem em números expressivos, segundo a EPE; prazo para cadastro foi prorrogado
As usinas de geração de energia a partir do vento lideram, até o momento, o número de projetos inscritos para os leilões de energia de reserva e de A-3, marcados para julho. O certame, que vai contratar empreendimentos com início da geração em 2013, teve os prazos para cadastro prorrogados pelo Ministério de Minas e Energia, mas grande parte dos investidores já entregou os documentos para participar da licitação.
Segundo o diretor de energia elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Carlos de Miranda, o governo resolveu dar mais tempo às empresas devido a pedidos, principalmente do setor de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que ainda tentam obter aprovação de projetos junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) também havia sugerido que a data limite fosse passada para o mês de maio.
"Acho que o ministério mandou bem fazendo essa extensão, mas, de qualquer maneira, já temos bastante usinas que se inscreveram. Eólicas, principalmente, que sempre têm vindo em maior número em todos leilões de que participam", adianta Miranda. Segundo o diretor da EPE, é possível ver também um grande interesse das outras fontes no certame, com "bastante oferta de (usinas a) gás" e "biomassa comparecendo em um número também bem significativo".
Miranda espera uma grande concorrência na licitação, com preços bem próximos entre as diversas fontes de energia. "Todo mundo sabe os preços que estão sendo praticados por cada uma das fontes. Então, evidentemente, se (os investidores) estão cadastrando, é porque sentem que são competitivos", analisa o executivo do governo. "A expectativa é muito boa. De novo nós vamos ter uma oferta superior à demanda, mostrando que o setor elétrico continua sendo visto pelos empreendedores como um bom negócio".

01/04/2011

Parques eólicos da Energisa terão turbinas da Vestas

Dinamarquesa vai fornecer 75 máquinas para 150MW em usinas da empresa no Rio Grande do Norte
A dinamarquesa Vestas, produtora de aerogeradores, anunciou nesta quinta-feira (31/3) que fechou contrato com a Energisa. A companhia vai fornecer 75 turbinas, cada uma com 2MW de capacidade instalada, para parques eólicos que serão construídos no Rio Grande do Norte.
As usinas Ventos de São Miguel, Renascença , Renascença II, Renascença III e Renascença IV somarão 150MW em potência. Os parques foram viabilizados no leilão de energia promovido em agosto do ano passado pelo governo. Pelo cronograma estabelecido entre as duas empresas, a Vestas iniciará a entrega dos equipamentos no começo de 2012 e terminará o serviço até o final do ano. As plantas têm até janeiro de 2013 para iniciar a geração de energia. Os investimentos previstos nos empreendimentos são de R$560 milhões.
O contrato da Vestas com a Energisa prevê o fornecimento e instalação dos aerogeradores, bem como o comissionamento das máquinas. Também foi fechado, por cinco anos, o acesso da Energisa a um pacote de serviços e manutenção para turbinas eólicas oferecido pela companhia dinamarquesa.
Fonte: Jornal da Energia

30/03/2011

Copel estuda entrada em geração de energia eólica

SÃO PAULO (Reuters) - Após sair dos limites do Paraná em 2010 e conquistar importantes ativos de geração e transmissão de energia em São Paulo e no Mato Grosso, a Copel pretende entrar no segmento de geração eólica, também fora do seu Estado de origem.
A companhia conta com "algumas dezenas de ofertas" de locais interessados em receber eventuais parques eólicos da companhia, e já existem contatos com fornecedores para que a empresa já tenha pré-contratos quando os leilões forem realizados, afirmou à Reuters o presidente da estatal paranaense, Lindolfo Zimmer.
"É desejável que a participação no leilão seja fechada com fornecedores definidos", disse. "Os custos de implantação (de uma usina eólica) estão caindo de forma acentuada... Nossa empresa não pode se dar ao luxo de ficar de fora", acrescentou.
Ele não revelou em quais locais poderiam ser construídos parques eólicos da Copel, mas disse que mapeamentos mostram o Nordeste, partes de Minas Gerais e Rio de Janeiro e sul do Rio Grande do Sul como locais propícios.
Na manhã desta quarta-feira, em teleconferência com analistas, o presidente do Conselho de Administração da empresa, Mauricio Schulman, disse que a companhia não participará de projetos que tenham taxas de retorno inferiores aos custos.
Schulman afirmou que estudos indicam que o potencial para a energia eólica no Brasil é de mais de 150 mil megawatts (MW), 50 por cento a mais do que toda a geração hídrica no país.
Fonte: Por Carolina Marcondes - Agência Reuters 30/03/2011

03/03/2011

Bioenergy espera preço na casa dos R$140 por MWh no leilão de energia eólica deste ano

Companhia vai cadastrar 450MW em parques no certame; mercado livre também é visto como alternativa para viabilizar usinas
A Bioenergy, empresa especializada em geração a partir de fontes renováveis, acredita que o próximo leilão de energia de reserva e A-3, previsto para o final do primeiro semestre deste ano, chegará ao fim com um preço médio de R$140 por MWh para os empreendimentos eólicos. Segundo o presidente da companhia, Sérgio Marques, a Bioenergy vai cadastrar 450MW em usinas no próximo certame.
O executivo, porém, afirma que, caso a tarifa fique muito abaixo do previsto, a companhia vai preferir não vender energia e esperar uma taxa melhor de rentabilidade. "Vamos estar no leilão. Se a tarifa cair muito, a empresa prefere resguardar seu portfolio", disse. Nos certames realizados em 2010, o preço médio da fonte foi de R$133 por MWh.
A declaração do presidente vem logo após a Bioenergy confirmar a contratação de 54 turbinas eólicas da americana GE, ao custo total de R$250 milhões. Os equipamentos têm como destino a construção de quatro parques: dois em Guamaré (somando 28,8MW) e dois no município de Caiçara do Norte (que totalizam 57,6MW), ambos instalados no Rio Grande do Norte.
As usinas de Guamaré, que fecharam contratos no leilão de reserva em 2009, entrarão em operação ainda em agosto deste ano. Já os parques de Caiçara do Norte, que foram contratados no Ambiente de Contratação Livre (ACL), pela Cemig, serão inaugurados em agosto de 2012.
Marques ainda adianta que já há um pré-contrato maior com a GE, que prevê o fornecimento de mais 250 turbinas. Esses equipamentos serão implantados conforme o desempenho da empresa nos próximos certames. Somando os negócios, os acordos fechados entre GE e Bioenergy chegam a R$1,4 bilhão e envolvem um total de 304 turbinas eólicas.
O executivo também não esconde a expectativa de grande competição para o próximo leilão. "Esperamos um certame difícil. Houve muitas mudanças nas regras: período de medição, raio de atuação, certificação", analisa Marques. Ele também lembra que o custo dos parques vem caindo. Até pouco tempo, gerar 1MW de energia eólica exigia um investimento de R$ 5 milhões, em média. Hoje, segundo ele, esse valor já está abaixo dos R$ 4 milhões.
O presidente da Bioenergy destaca também sobre a competitividade da energia gerada a partir do vento. Segundo ele, a eólica se encontra hoje, em termos de competição, em pé de igualdade com outras fontes. "É só você ver os resultados dos últimos leilões. As pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) não estão vendendo (energia). O gás natural está sendo negociado a R$160 por MWh", exemplifica o executivo. Ele também afirma que a energia eólica é "muito mais competitiva" que a nuclear. "Angra 3 foi contratada a R$ 180 por MWh, isso com todos os subsídios que o governo oferece: isenção de PIS, Confins e financiamento do BNDES. Eu não tenho nenhuma vantagem dessa e mesmo assim consigo negociar a um valor mais interessante para o consumidor", compara Marques.
O executivo também não poupa críticas ao governo. Para ele, o que falta para a energia eólica decolar no Brasil é um projeto de longo prazo, o que proporcionaria a continuidade dos investimentos na área. "Nosso governo erra e erra feito ao não fazer um planejamento estratégico de longo prazo. Todo ano fica essa incerteza sobre os leilões. Ficamos submetidos à política da EPE [Empresa de Pesquisa Energética], resumida a um pequeno grupo de pessoas, para decidir se haverá ou não leilão eólico. Isso não pode acontecer", afirma.
Apesar das críticas à falta de certeza sobre os leilões, que contratam energia para o mercado regulado, formado pelas distribuidoras, Marques destaca que em breve será possível viabilizar parques eólicos somente com negociações no mercado livre. Isso porque, de acordo com o executivo, o preço que os agentes pagam nesse ambiente está acima do registrado no ambiente regulado.

Concluído, parque eólico de Tramandaí aguarda apenas transmissão

Usina de 70MW no Rio Grande do Sul está em fase final de obras de subestação e montagem de LT
O parque eólico de Tramandaí, no município de mesmo nome, no Rio Grande do Sul, está com as obras civis e montagem dos equipamentos totalmente concluídas. Também já foram terminadas as obras civis da linha de transmissão que vai conectar a usina à rede. As únicas pendências são a subestação, que está 90% pronta e a montagem da LT. A previsão é de que a operação tenha início em maio deste ano.
O empreendimento, com 70MW de capacidade instalada, pertence à EDP Renováveis e teve início das obras em 15 de março do ano passado. O projeto foi viabilizado pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) do governo federal e tem contrato de venda de energia assinado por 20 anos, com início de suprimento em 2011. O investimento estimado na usina é de R$300 milhões, sendo que o BNDES financiou R$227 milhões desse total.
A EDP também divulgou nesta quinta-feira (3/3), em seu balanço, o andamento da obra da termelétrica Porto do Pecém I, que utilizará carvão mineral importado como combustível. A usina, com 725MW, comercializou energia no leilão A-5 de outubro de 2007, com início do suprimento em janeiro de 2012. A conclusão do empreendimento, porém, está bastante próxima.
Segundo a EDP, 87,7% do cronograma físico do projeto já foi terminado. Também já foram compradas 770 mil toneladas de carvão para uso em testes, comissionamento e início de operação - material que será aportado em abril deste ano.

17/02/2011

Impel e Suzlon montarão parque eólico piloto no Rio Grande do Sul

Empresas vão instalar duas turbinas para estudar a região, com planos de expandir usina no futuro
Uma comitiva de empresários e parcerios da indiana Suzlon, fabricante de aerogeradores, esteve reunida com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, nesta terça-feira (15/2). O grupo foi liderado pelo diretor da companhia no Brasil, Arthut Lavieri, e contou também com a presença do CEO mundial da companhia, Tulsi Tanti. Os investidores apresentaram um projeto para viabilizar um parque eólico piloto no município de Tapes. Inicialmente, seriam instaladas duas máquinas, somando 4,2MW de capacidade.
"Queremos apresentar de forma concreta ao governador, o projeto de expansão da empresa e afirmarmos nosso interesse de nos instalarmos no Estado", afirma Lavieri. Segundo o empresário, Tarso enfatizou o comprometimento do Rio Grande do Sul com a energia limpa, e com a localização do projeto de forma a impulsionar o desenvolvimento da região, e a viabilidade de exportação, visto que a área visada para a instalação da unidade é próxima ao futuro terminal portuário de Tapes.
Por trás dos investimentos está também o grupo espanhol Impel, que seria o responsável pelo parque eólico a ser instalado, enquanto a Suzlon seria a fornecedora dos equipamentos. A companhia acaba de chegar ao País, tendo concluído em janeiro a montagem de seu primeiro parque eólico em solo brasileiro, a usina de Alhandra I (6,3MW), na Paraíba, que também teve aerogeradores Suzlon.
A Impel possui mais de 15 anos de atuação na Europa, onde participa como investidora ou operadora em mais de 40 parques eólicos. No Brasil, a empresa tem planos de chegar a 1.000MW instalados nos próximos anos.
A previsão é de que os aerogeradores devem estar instalados no Rio Grande do Sul até o fim do ano. As primeiras máquinas servirão para a empresa testar o solo - por conta do peso das torres - e o regime de ventos da região, como um piloto para futura instalação de um parque eólico de maior porte.

10/02/2011

Aporte do BNDES para energia eólica deve crescer 309% em 2011

Leilões de energia fazem demanda disparar e desembolsos passarão de R$808 milhões para R$2,5 bilhões
O primeiro leilão de energia voltado exclusivamente para parques eólicos, promovido pelo governo em dezembro de 2009, alavancou os financimanetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empreendimentos do setor.
Em 2010, o desembolsos do banco na área foram de R$808 milhões, impulsionados exclusivamente pelo Proinfa. O desempenho já marcava uma expansão de 724% frente aos R$98 milhoes aportados em 2009, mas ainda não refletia os resultados do certame eólico.
"O Proinfa teve um caminho meio errático, então essa alta é explicada pelos projetos que foram entrando no final do prazo do programa", explica Luiz André Sá, do departamento de fontes alternativas de energia do banco.
Segundo ele, os empreendimentos do leilão de 2009 começam a impactar o orçamento do BNDES neste ano juntamente com alguimas usinas viabilizadas nos certames de fontes renováveis, promovidos em 2010. Com isso, a expectativa é que os desembolsos disparem e cheguem a R$2,5 bilhoes em 2011, um crescimento de 309%.
"A tendência é de que os desembolsos se mantenham desse nível de 2011 para cima, ao menos nesses dois próximos anos. E como nesse ano, já temos um leilão marcado, creio que teremos fluxo crescente por um bom tempo", estimou o executivo.

09/02/2011

Aneel mostra preocupação com baixa geração de parques eólicos

Órgão aponta que usinas já em operação produziram abaixo do esperado nos últimos dois anos
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está preocupada com alguns dos parques eólicos já em operação no País. Nos últimos dois anos, a média de geração de energia por essas usinas ficou abaixo de suas garantias físicas. A questão atinge também outras fontes alternativas. Segundo levantamento do órgão regulador, entre 2008 e 2010, essas pequenas usinas renováveis, reunidas, deveriam produrzir algo em torno de 4.300MWmédios, mas geraram cerca de 1.500MWmédios abaixo do que indicam suas garantias.
"Esse número compreende frustração de geração e postergação de obras, usinas que não entraram em operação. Isso afeta o planejamento, a programação de operação e, por consequência, o preço (da energia)", alerta Aymoré de Castro, especialista em regulação da agência. Segundo ele, o impacto desses problemas no custo da energia tem sido apontado por especialistas como algo entre R$10 por MWh e R$30 por MWh.
Castro ressalta que a dúvida da Aneel é se o que tem acontecido é apenas um biênio ruim para os ventos ou reflexo de deficiências no cálculo das garantias físicas dos parques eólicos. Ele lembra que, nos contratos fechados nos leilões de fontes alternativas em 2010, as cláusulas permitem ajustes quadrienais para compensar o mau desepenho ocasional da energia dos ventos. Nos parques viabilizados pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), a Aneel tem ajustado as garantias anualmente.
Para o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Ricardo Simões, a variação na produção das usinas eólicas é uma característica da fonte. "Um dos avanços nos contratos dos leilões de energia é que você pode gerar, em um ano, abaixo ou acima do previsto, uma vez que o ajuste é feito por quadriênio. O que acontece é uma variação natural de um recurso natural, o vento". Simões também lembra que parte dos parques avaliados pela Aneel provavelmente estaria em seu primeiro ano de operação, quando não seria surpreendente obter resultados abaixo do esperado.
Mas, para o técnico da Aneel, uma causa para a defasagem pode estar nas medições de ventos feitas pelos empreendedores em seus sítios. O governo pedia que os dados fossem colhidos ao longo de um ano e, ao mesmo tempo, não possuía uma base para comparação com outros parques na mesma região. "O método é medir no local e correlacionar com outros dados na região. O insumo que temos hoje para fazer as previsões (de geração) não gera uma confiabilidade significativa", aponta Castro.
Ele lembra que os primeiros parques eólicos no Sul do País, que iniciaram a geração em 2006 e 2007, apresentaram bom desempenho, com operação bastante próxima do esperado. Essas seis usinas, porém, teriam sido, conforme conversas que circulam no mercado, conservadoras ao calcular suas garantias, o que poderia não estar se repetindo com os novos projetos, levando às distorções.
A Aneel, porém, não tem intenção de criar métodos para interferir nas medições feitas pelos agentes. "Partimos de que não há uma má fé (por parte dos investidores), mas temos como coibir isso. Talvez seja somente questão da qualidade dos dados. A preocupação não é buscar saber por que isso acontece (as diferenças de geração), até porque o custo para isso seria muito grande", explica o regulador. A verificação dos dados, por exemplo, poderia exigir da Aneel a instalação de torres de medição e outras providências caras e trabalhosas. Para Castro, a melhor opção é fiscalizar os números referentes à geração efetiva das usinas e corrigir as distorções, como tem sido feito com os parques do Proinfa.

07/02/2011

Abeeólica quer mais prazo para cadastro nos leilões de energia

Entidade crê em cerca de 10.000MW em projetos no certame, mas pede mais tempo ao governo
A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) está otimista com a divulgação, pelo Ministério de Minas e Energia, de que serão realizados no segundo trimestre um leilão de energia de reserva e um A-3. Os certames vão contratar energia de parques eólicos, além de usinas a biomassa, gás e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A entidade acredita que cerca de 10.000MW em empreendimentos eólicos têm interesse para se cadastrar na licitação, mas pede mais tempo ao governo. 
"Na nossa opinião, o prazo ficou muito apertado. São necessários mais 45 dias, uma data até o final de maio", analisa Ricardo Simões, presidente da associação. De acordo com o despacho publicado nesta quarta-feira (2/2) pelo MME, os investidores têm até as 18 horas do dia 18 de março para se cadastrar e habilitar tecnicamente junto à Empresa de Pesquisa Energética (EPE). 
A entidade também tem a expectativa de que o certame contrate "no mínimo" 2.000MW em parques eólicos o que, segundo Simções, é o necessário para "consolidar as indústrias que estão sendo atraídas para o País e os empregos que estão sendo gerados". Em 2010, os leilões de reserva e de fontes alternativas viabilizaram 70 usinas de geração a partir do vento, somando uma potência instalada de 2.047,8MW. 
Nos certames do ano passado, a energia eólica também chamou a atenção por atingir um patamar de preço antes inimaginável - uma média de R$130 por MWh. Simões explica que o valor foi fruto de uma série de fatores e que, até por isso, é difícil prever se esse nível de custo será mantido. "Houve competição, recessão mundial, câmbio valorizado. A combinação desses fatores não vai se repetir indefinidamente. Então vai depender muito do momento em que acontecer o lelão, se isso vai se repetir", pondera o executivo, que lembra que a Europa pode estar dando sinais de sair da crise com as recentes medidas econômicas. 
O presidente da Abeeólica ainda destaca que houve avanços na questão da transmissão da energia que será gerada pelas usinas a serem construídas. Segundo ele, o cronograma das ICGs - centrais compartilhadas para o escoamento da energia dos projetos - prevê a entrada das linhas em operação na mesma data de funcionamento dos parques eólicos. "Claramente, houve uma evolução", aponta o executivo. 
Inovação
A associação que representa os investidores eólicos está, no momento, criando um grupo de trabalho para incentivar o desenvolvimento de pesquisas e inovações no campo. "O que o Brasil precisa, efetivamente, é instalar campos de teste de tecnologia para que a gente passe a ter o domínio de todos os elos da cadeia de suprimento. Aí você passa a ser competitivo em todas áreas", aponta Simões. 
Segundo ele, a Abeeólica está buscando diálogo com segmentos do próprio setor e do governo com o objetivo de instalar campos de teste e centros de tecnologia no País. "Para testar aerogeradores, resistência de pás, efeitos dos raios ultravioleta no nosso clima, entre outras questões", resume o executivo.

05/02/2011

Governo vai realizar leilões de reserva e A-3 no segundo trimestre

Certames vão contratar usinas a gás, biomassa, parques eólicos e PCHs
O Ministério de Minas e Energia determinou, nesta quarta-feira (2/1) que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) marque para o segundo trimestre deste ano a realização de dois leilões de energia: o de reserva e o A-3. Segundo a portaria, publicada no Diário Oficial da União, os certames vão contratar parques eólicos, termelétricas a gás e a biomassa e empreendimentos hidrelétricos. 
Os empreendimentos que se inscreverem para o leilão A-3 terão o início da geração de energia marcado para 1º de janeiro de 2014, enquanto os que se inscreverem para o certame de reserva terão de colocar sua primeira máquina em funcionamento em 1º de julho de 2014.
Os contratos fechados na licitação serão por quantidade, com prazo de trinta anos, para as hidrelétricas, e por quantidade ou disponibilidade para usinas eólicas e a biomassa, por um prazo de vinte anos. Já as usinas a gás poderão apenas firmar acordos por disponibilidade e por prazo de vinte anos. Esses últimos empreendimentos participarão apenas do certame A-3. 
Os empreendedores interessados em participar da licitação deverão requerer, até as 12 horas de 18 de março, a habilitação técnica de seus projetos à Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão ligado ao MME. Somente serão habilitadas termelétricas a gás que tenham Custo Variável Unitário (CVU) de até R$150 por MWh.

01/02/2011

Impsa fecha contrato eólico de R$600 milhões com a Chesf

Companhia vai fornecer turbinas para usina na Bahia - que será a maior do País
A argentina Impsa anunciou a assinatura de um contrato de R$600 milhões com a Eletrobras Chesf. O acordo envolve o fornecimento de aerogeradores para o parque eólico que a estatal construirá em Casa Nova, na Bahia. Com previsão de entrada em funcionamento até 2012, a usina contará com 120 turbinas e somará uma capacidade instalada de 180MW. Quando em operação, o parque será o maior do País - recorde que atualmente pertence a Osório, no Rio Grande do Sul, com 150MW.
O diretor de Engenharia da Chesf, José Ailton de Lima, comemora o acerto do negócio. “Esse projeto é importante para a Chesf. Não só marca a nossa entrada no setor de energia eólica, como também a força de ser o maior parque do país, um parque que será apenas da Chesf”. A estatal ainda garante que utilizará mão-de-obra e matéria prima 100% local.
O contrato é fruto do leilão de energia realizado em 2010, no qual a Chesf alcançou resultado positivo junto com a Impsa que já havia sido selecionada como fornecedora dos equipamentos. “Estudamos o projeto e conseguimos desenvolver soluções para potencializar resultados e reduzir custos”, explica Paulo Ferreira, diretor comercial da Impsa Wind no Brasil.
Para o projeto, a IMPSA produzirá 120 aerogeradores de 1,5 MW cada, todos produzidos na planta da WPE em Pernambuco. As máquinas possuem rotor de 82 metros de diâmetro e cada torre tem 100 metros de altura do eixo do rotor.


Comentário do Autor: O contrato com a CHESF inclui também a DOISA Engenharia, empresa responsável pela infraestrutura civil do complexo eólico(vias de acesso, plataformas de montagem, edificações, canteiro de obras, etc...)

27/01/2011

Gamesa vai inaugurar fábrica de aerogeradores na Bahia em maio

Companhia prevê faturamento de R$100 milhões em 2011; primeiras máquinas devem ser entregues até dezembro
A fabricante espanhola de aerogeradores Gamesa confirmou para maio a inauguração daquela que será a primeira fábrica do tipo da Bahia. A unidade, que está sendo implantada no Polo Industrial de Camaçari, tem investimento inicial de R$ 50 milhões. Segundo a empresa, a planta vai gerar, em sua primeira fase, 60 postos de trabalhos diretos, com mão-de-obra 100% local. 
A empresa também garante que 40% dos componente das turbinas eólicas , que passarão a ser fabricadas ainda em 2011, serão nacionais, impulsionando a economia baiana. “Para 2013 podemos garantir aos nossos cliente um mínimo de 60% de nacionalização de nossos equipamentos”, afirma o diretor da Gamesa, Álvaro Carrascosa. 
Antes mesmo da inauguração da sede baiana, a Gamesa já firmou alguns compromissos. O primeiro, que deve ser entregue até dezembro, envolve 21 máquinas, somando 42MW em capacidade, para o parque eólico Dunas do Paracuru, no Ceará. 
A empresa lembra que iniciou as obras em dezembro de 2010 - uma semana após a assinatura de protocolo de intenção com o governo da Bahia. Segundo a Gamesa, o faturamento previsto para 2011 é de cerca de R$ 100 milhões.

Estados Unidos estabelecem meta de chegar a 2035 com matriz 80% limpa

Em discurso, Obama promete cortar incentivos a petróleo para estimular fontes limpas de energia no país
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comprometeu seu país com uma ousada meta: chegar a 2035 com 80% de sua energia elétrica proveniente de fontes limpas. O objetivo foi revelado em discurso proferido na noite desta terça-feira (25/1). Obama destacou a importância dos investimentos em novas tecnologias e inovação na área e chegou a afirmar que o governo vai "financiar os projetos Apollo de nosso tempo" - em referência à missão que levou o homem à Lua. 
"Nós precisamos ir atrás dessa inovação. E, para ajudar a pagar por isso, estou pedindo ao Congresso que elimine os milhões de dólares dos contribuintes que atualmente direcionamos às empresas de petróleo", adiantou o presidente americano. Obama afirmou que as empresas do setor "estão indo muito bem por conta própria". "Ao invés de subsidiar a energia de ontem, vamos investir na de amanhã", destacou.
No discurso, Obama argumentou que "os avanços em energia limpa só virarão empregos na área quando os investidores souberem que haverá um mercado para o que eles estão vendendo". Com isso, o presidente justificou a adoção do objetivo de ter 80% de energia gerada por fontes não poluentes.
"Alguns querem energia eólica e solar. Outros querem nuclear, carvão limpo e gás natural. Para alcançar essa meta, nós vamos precisar de todas elas - e eu peço a democratas e republicanos que trabalhem juntos para fazer isso acontecer", pediu o presidente.