Mostrando postagens com marcador Benefícios Fiscais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Benefícios Fiscais. Mostrar todas as postagens

06/02/2024

Nova Fábrica em Cascavel irá produzir Prédios de forma automatizada.

Os projetos extremamente sustentáveis incluem a instalação de carports com geração de energia através da fonte solar fotovoltaica. 

A primeira fábrica automatizada de prédios do Brasil será inaugurada em Cascavel, Paraná, no dia 23 de fevereiro. Este projeto inovador, que recebeu um investimento de R$ 200 milhões, promete revolucionar a construção civil e contribuir para a redução do déficit habitacional brasileiro. 

A fábrica, equipada com tecnologia da empresa alemã Vollert, está localizada em uma área de 180 mil m² e já está em operação. Até dezembro de 2024, a fábrica operará com 9.5% de sua capacidade, entregando três prédios com um total de 360 apartamentos. A partir de 2026, a fábrica funcionará a pleno vapor, entregando 3.953 apartamentos por ano. Além disso, estão previstas mais 20 fábricas em outros estados até 2030. 

O projeto Ecoparque Bairros Integrados S.A. inclui creches, escolas, unidades de saúde e postos policiais, proporcionando qualidade de vida, excelência na educação e aumento de renda das famílias. A fábrica produzirá apartamentos de alto padrão que serão vendidos prontos para morar. 

Além disso, os projetos preveem a a instalação de carports solares, estruturas de estacionamento equipadas com painéis solares que geram eletricidade a partir da energia solar. Esses carports não só protegem os veículos do sol e da chuva, mas também produzem energia limpa e renovável, contribuindo para a sustentabilidade do projeto.

Créditos: 

Mirian Gasparin

Portal Solar

Alerta Paraná (imagem)

Siga o blog no Instagram

#EnergiaRenovável #Sustentabilidade #ConstruçãoCivil #Habitação #DeficitHabitacional #Inovação #Tecnologia #EnergiaSolar #CarportSolar

17/01/2024

Com Projeto Solar Luiz Carlos, Votorantim Cimentos atinge 75% de energia a partir de fontes renováveis.

Cimenteira assinou PPA de 100 MWmédios por 15 anos. 


A Votorantim Cimentos, em parceria com a Atlas Renewable Energy, assinou um contrato de aquisição de energia elétrica (PPA) para o fornecimento de 100 MW médios de energia solar por 15 anos. A energia será proveniente do Projeto Solar Luiz Carlos, localizado em Paracatu (MG), com capacidade instalada de 787 MWp. Além deste novo projeto, a Votorantim opera a Usina Hidrelétrica de Pedra do Cavalo, na Bahia, a Usina Hidrelétrica Machadinho, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e um parque eólico em parceria com a Auren. Essas iniciativas fazem parte da estratégia de descarbonização da Votorantim, que visa aumentar o uso de energia renovável. Com o novo projeto solar, 75% da energia consumida pela Votorantim no Brasil será de fontes limpas. A empresa também tem como meta ter 45% da energia consumida globalmente oriunda de fontes renováveis até 2030. A conclusão do acordo depende da aprovação do CADE.

Veja a matéria completa aqui


Siga o blog no Instagram

23/08/2016

Começa Hoje a Intersolar South America (23 a 25/08/2016)




Muitos eventos tem sido propostos para discutir os rumos das energias renováveis no Brasil. Quando se discute energia solar acredito que o principal evento do ano seja a Intersolar. Tanto a feira como as conferências trouxeram muitas novidades em 2015 e prometem ainda mais para 2016.

Se por algum motivo não for possível acompanhar o evento por completo, convidamos você a acompanhar os pontos altos do evento através deste blog e do twitter @energiaeolicabr.

Até lá!!!




Siga o blog no twitter

01/09/2015

Análise de riscos é fundamental para garantir investimentos em parques eólicos, afirma DEWI

As considerações do Alexandre Pereira refletem uma realidade a que o país é refratário mesmo nos dias de hoje: As fontes de financiamento não oficiais precisam de segurança para investir em qualquer em negócio.

Vejam a matéria do Portal Segs.

Considerado estratégico para a diversificação da matriz elétrica nacional, o mercado de eólica no Brasil, apesar do imenso potencial, é iniciante e precisa compreender melhor riscos e incertezas para garantir investimentos em parques eólicos. A opinião é do Diretor Presidente do DEWI do Brasil, Alexandre Pereira.

"Se o Brasil quer continuar se desenvolvendo a um custo de energia razoável, ele precisa da eólica. É algo inevitável. Este é um mercado promissor, no entanto, é um segmento novo, iniciante, e grandes projetos precisam de referências, precisam ser auditados e certificados com selos de qualidade reconhecidos mundialmente, precisam de garantias para viabilizar um fluxo constante de financiamentos ", explica o executivo do DEWI, uma das principais consultorias internacionais na área de energia eólica.

" A análise de risco é um serviço primordial para o setor. Quanto antes forem avaliados os riscos de cada fase de desenvolvimento do projeto, mais fácil será evitar desvios e minimizar erros, garantindo um bom resultado econômico para os investidores", acrescenta.

Com mais de 25 anos de profunda experiência na indústria eólica, o DEWI, que faz parte da família de empresas UL (Underwriters Laboratories), líder global de certificação nas áreas de segurança e desempenho, participa, de 1 a 3 de setembro, no Rio de Janeiro, do Brazil Windpower, principal evento do setor na América Latina.

"Podemos dizer que estamos presentes nos principais projetos de eólica no Brasil. Somos reconhecidos internacionalmente como uma consultoria independente, sem vínculo com nenhuma empresa. Isso permite que possamos emitir laudos e pareceres para diferentes agentes, como bancos, desenvolvedores de projetos eólicos, concessionárias, investidores, operadores, fabricantes de aerogeradores e componentes, e outras empresas do setor de energia elétrica", explica Pereira.

18/03/2014

Centro vai formar mão de obra qualificada para eólica

Boa Notícia. A falta de mão de obra especializada já atrapalha o segmento. Vejam a matéria do Jornal da Energia.

Protocolo foi assinado pela prefeitura de Rio Grande e Instituto IdealDa redaçãoFonte MaiorFonte Menor

A cidade de Rio Grande (RS) dá um passo importante para a produção de energia a partir do vento. Na última sexta-feira (14), foi assinado um protocolo para a criação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Energia Eólica do Sul (CPDEO-Sul). Com o acordo, instituições públicas e privadas, juntamente com o poder público, pretendem alcançar conhecimento e formar mão de obra qualificada na área de energia eólica.

O protocolo foi assinado pela prefeitura do município, o Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal), a Eletrosul, o Sindicato da Indústria de Energia Eólica do Rio Grande do Sul (Sindieólica- RS) e as universidades federais de Rio Grande (Furg), Pelotas (UFPel) e Santa Maria (UFSM).

Para o presidente do Ideal, Mauro Passos, a assinatura vai reforçar o papel do Estado não só como usuário do vento, mas como conhecedor de suas potencialidades energéticas. O Ideal foi fundamental para a criação do Centro, contribuindo com a ideia inicial e despertando o interesse entre os diversos setores para a questão.

“Foram quase dois anos de tratativas com o poder público, com o mundo acadêmico e investidores em energia eólica. Conseguimos unir e comprometer os diferentes setores ao se criar o CPDEO-Sul. Abrem-se as possibilidades de desenvolvermos tecnologias próprias”, afirma Passos.

03/06/2013

Já estava na hora: Bahia compra briga e vai ao CNPE exigir eólicas no A-5

Era de se esperar uma reação dos estados produtores ao constatar uma guinada enorme do governo desrespeitando seus próprios dados de planejamento de longo prazo. Em função disto toda uma infrarestrutura é preparada, fábricas são atraídas ao Brasil, empresas gastam para atender às regras do BNDES e, de repente, o mercado deixa de existir por uma decisão de poucos. 

É preciso parar com este planejamento de soluços! Em 2008, o Brasil de daqui a 20 anos era térmico, de 2009 a 2012 era eólico e agora, novamente térmico! Desta forma não criamos um mercado para nenhuma fonte. De fato a matéria do Wagner Freire toca em pontos muito discutidos pelos profissionais do mercado. Lembro de ter comentado na última aula do MBA sobre os benefícios não tangíveis que os parques eólicos estão trazendo aos estados do nordeste. Ainda que de forma limitada a chegada da energia eólica tem criado mais infraestrutura e mais renda para regiões miseráveis do nordeste. Quem roda pelo interior da Bahia pode constatar. Se não bastar isto passem na região de João Câmara e Parazinho no RN onde há mais de 1 GW de energia eólica em construção ou início de operação. Se estão esperando ICG é por falhas do modelo que podem ser corrigidas ao invés de simplesmente extinguidas. E o que havia lá antes disto? 

Segue a matéria de Wagner Freire para o Jornal da Energia.

Com o apoio de outros estados, baianos tentarão convencer o governo a mudar regras do leilão para contratação de energia nova

Nos bastidores da política, o Governo da Bahia está se mobilizando para, numa última tentativa, sensibilizar o Ministério de Minas e Energia (MME) sobre a importância de manter a fonte eólica competindo no leilão A-5, que visa uma contratação de energia nova com entrega em cinco anos. O Jornal da Energia apurou que um documento foi encaminhado nesta segunda-feira (04/06) aos membros Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), apontando os potencias impactos (negativos) para o país caso as novas regras de leilão não sejam revistas.

"A ideia é mostrar que a energia eólica é uma política de Estado e não apenas energética; que existem diversos agentes envolvidos nesse cenário", afirmou um interlocutor a par do assunto, que pediu anonimato. "Vamos chamar o MDA (Desenvolvimento Agrário); o MMA (Meio Ambiente), o MDIC (Indústria) e mostrar que esses ministérios serão impactados por essa decisão mal tomada por parte do MME", disse. Outros estados eólicos também se juntaram a esta manifestação.

"Por exemplo, do ponto de vista da regularização fundiária, a Bahia tem mais de 15 mil títulos que foram regularizados por empresas de energia eólica. Pelo menos 75 mil pessoas são beneficiadas. Se cada uma delas tiver um aerogerador em sua propriedade, garante uma renda adicional de R$5 mil por ano. É um volume de renda no semiárido superior a muitos investimentos que são feitos por outras empresas e governos. Além disso, o desenvolvimento da energia eólica no Estado está propiciando R$300 milhões de investimento em infraestrutura viária", destacou a fonte.

Entre as preocupações do governo baiano, está o temor de se "quebrar" a cadeia produtiva da indústria eólica, que vinha se desenvolvendo a passos largos no Brasil. "Você vem de um ano ruim de contratação e sinaliza para um ano pior. A expectativa apenas do leilão de energia de reserva é muito ruim. Ao mesmo tempo, um programa de desenvolvimento da cadeia produtiva diz que até 2015 você tem que implantar tantos segmentos da produção para atender o conteúdo local. Quando você coloca isso, qual a empresa que vai querer investir? Investir num lugar que você não tem mercado?", alertou, referindo-se às novas exigências do programa de financiamento Finame, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Atualmente, a Bahia abriga três montadores de cubos e naceles (Gamesa, Alstom e Acciona) e uma fabricante de torres (Torrebras). Além disso, há investimentos anunciados pela Tecsis, pela Aeris Energy (mas este pode ser interrompido); e mais recentemente da Alstom, que pretende instalar uma fábrica de torres metálicas na Bahia. Considerados outras empresas menores, a cadeia produtiva eólica no Estado passa de uma dezena de empresas. Quanto ao potencial de produção de energia a partir dos ventos, o Estado tem 15 GW em desenvolvimento, sendo que 1,6GW já foi contratato.

“Não está se pedindo a retirada xa restrição da ICG, nem a mudança do P90. Queremos ter apenas condições de competição”, finalizou. 

27/05/2013

Eólicas evitaram R$1,5 bilhão de gastos com ESS-SE no 1T13

Vejam a matéria de Wagner Freire para o Jornal da Energia

Em 2012, economia chegou a R$1,6 bilhão, segundo Abeeólica

A fonte eólica continua contribuindo para evitar os gastos com o Encargo de Serviço do Sistema por Segurança Energética (ESS-SE). Nos primeiros três meses do ano, a fonte evitou um gasto equivalente a R$1,5 bilhão, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

Esse valor se soma ao R$1,6 bilhão poupado em 2012. “Sem a eólica, essa conta seria maior”, disse a presidente executiva da associação, Elbia Melo, ao participar do Brazil Wind Energy Conference, nesta segunda-feira (27/05), em São Paulo.

O ESS-SE é um encargo oriundo do acionamento termelétrico fora da ordem de mérito, e que hoje é pago por todos os agentes do setor elétrico segundo a Resolução nº 3 do CNPE. Essas usinas fora da ordem têm um custo muito superior às hidrelétricas, o que pressiona o Custo Marginal da Operação (CMO) e eleva os preços da energia no curto prazo.

As térmicas são acionadas em função da demanda elétrica do País, em que se poupa a geração hidrelétrica em favor da segurança energética do Brasil. O fato de a energia eólica estar gerando energia na base, em certa medida, minimiza uma necessidade ainda maior da produção termelétrica.

Siga o blog no twitter

25/02/2013

Tesouro pode bancar custo das térmicas


Apenas um esclarecimento: Se o tesouro vai pagar significa apenas que o contribuinte pagará de outra forma pelo preço da energia. "Não existe sanduíche de graça". (Tradução livre da frase de Milton Friedman).

BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo (Reuters)
O Tesouro Nacional poderá cobrir o impacto financeiro do custo adicional da energia das termoelétricas, garantindo que essas despesas não cheguem às tarifas dos consumidores e à inflação, afirmaram duas fontes do governo a par do assunto.

O uso do Tesouro também anularia o comprometimento do fluxo de caixa das distribuidoras de energia, que pagam pela geração termoelétrica e são ressarcidas apenas depois, na ocasião do reajuste anual tarifário.

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) estima que a conta pelo uso das térmicas de outubro passado a janeiro deste ano já totalizou cerca de R$ 4 bilhões - sendo R$ 1,5 bilhão apenas no mês passado.

Quase a totalidade da capacidade de geração térmica de energia está sendo usada diante do baixo nível dos reservatórios.

Segundo uma das fontes, o custo das térmicas será pago com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) - antigo tributo que passou recentemente a ser uma espécie de encargo único para todos os subsídios ao setor. O Tesouro pode ter de emitir títulos da dívida pública para injetar na CDE.

A opção por utilizar recursos públicos ocorre num momento em que a escalada dos preços preocupa.

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, surpreendeu em fevereiro ao registrar alta acima do esperado, ainda pressionado por alimentos. No acumulado em 12 meses, o índice subiu 6,18%.

A meta de inflação do governo é de 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.

Se o Tesouro absorver o custo das térmicas, os reajustes das tarifas das distribuidoras de energia elétrica e seu impacto na inflação seriam atenuados neste ano e, principalmente, em 2014./ REUTERS


Siga o blog no twitter

22/01/2013

Brasil constrói usinas eólicas, mas não tem como distribuir energia


As notícias veiculadas há pouco mais de seis meses na imprensa especializada agora aparecem nos jornais, portais, revistas. Provavelmente se trata de repercussão da matéria do Fantástico. Vejam a matéria do Portal Região Nordeste disponível na Abeeólica.

Neste ano 50 novas usinas de produção de energia elétrica com a força dos ventos ficam prontas, mas não podem produzir e ainda recebem dinheiro do governo. Isso porque, por falta de planejamento, não existe a rede para levar a eletricidade para o sistema de distribuição nacional. 

As usinas são montadas por empresas privadas, que venceram os leilões do governo.

Vinte e seis delas já estão prontas, mas as hélices de geração ficam travadas, porque não tem como levar a energia para a casa do consumidor. 

A rede de distribuição é construída pela estatal Eletrobras, que enfrenta toda a burocracia das empresas públicas e ainda alega dificuldades no licenciamento ambiental. 

Se essas usinas já estivessem funcionando, o consumidor brasileiro não precisaria pagar os 150 milhões de reais gastos por mês, para manter as termelétricas a gás, a óleo e carvão, ligadas, como está ocorrendo. 

As geradoras de energia pelo vento que já estão prontas ainda recebem do governo, pois a parte delas foi honrada, conforme determina o contrato.

Abaixo alguns posts antigos deste blog com detalhes sobre o assunto: 


Consumidor pagará R$377 milhões por energia eólica que não será entregue (Avaliações de consultores do mercado falam de um total de R$ 1 bi)



Siga o blog no twitter

03/10/2012

LM Wind inicia instalação de fábrica em PE


Acabou o segredo. Vejam a matéria de Fabiola Binas para o Jornal da Energia.

Planta será construída no Complexo Industrial Portuário de Suape

A dinamarquesa LM Wind oficializou nesta terça-feira (2/10), o início da construção de sua primeira planta no Brasil, que ficará no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco. O projeto, que já estava nos planos da fabricante de pás eólicas, deve consumir R$ 100 milhões em investimentos.

Com a instalação do empreendimento, fruto de uma joint venture com a Eólice, a LM abre espaço para expansão dos negócios com a possibilidade de fornecer pás, não só para o Brasil, mas também para o mercado latino-americano. A expectativa é de que a fábrica comece a produzir pás eólicas em setembro de 2013.

"Um número de clientes estratégicos pediram à LM que apoiasse seus esforços no desenvolvimento do mercado de energia eólica no Brasil e na toda América Latina”, comentou o CEO of LM Wind Power, Leo Schot ao acrescentar que o anúncio reforça o comprometimento da empresa em acompanhar a demanda de seus parceiros.

Oportunidade
Em agosto, durante o evento PE Business, o diretor comercial da LM Wind, Richard Pettifor conversou com o Jornal da Energia, quando afirmou que o governo brasileiro vem dando apoio significativo para o setor eólico, o que tem propiciado um ambiente favorável da desenvolvimento da indústria por aqui.

O executivo chegou a dizer que a empresa estudava a possibilidade instalar de uma segunda fábrica por aqui, caso as condições continuem favoráveis aos negócios. Ainda sobre escolha de Pernambuco para a primeira planta, ele disse a empresa encontrou no estado benefícios como a localização privilegiada, custos competitivos, apoio governamental e força de trabalho adequada. 


13/09/2012

Choque elétrico - Editorial da Folha de São Paulo sobre as medidas para redução das tarifas de energia elétrica.

O pacote de que prometeu a diminuição das tarifas de energia elétrica para consumidores residenciais e industriais gerou muito polêmica durante a semana. Acredito que a maioria delas está retratada no editorial de ontem(13/09/2012) da Folha de São Paulo. Vale a pena ler. O único ponto deixado de fora foi o claro desincentivo ao mercado livre de energia. Íntegra abaixo:

Choque elétrico

Medidas do governo federal para reduzir peso da energia no custo Brasil seguem na direção correta, mas ainda causam incerteza no mercado


O anúncio oficial das medidas de redução dos preços da energia elétrica a partir de 2013 confirmou o que já se sabia: 16,2% de corte para consumidores residenciais e até 28% para indústrias.
Surpresa, mesmo, causaram a amplitude das mudanças na regulação do setor e a composição dos cortes -cerca de 70% decorrem diretamente de tarifas que serão diminuídas e apenas 30% correspondem à retirada de encargos sobre a conta de luz.

Mas não foi desta vez, ainda, que se falou de corte de impostos propriamente ditos. Continua incólume o ICMS, que onera o consumo de energia em até 40%.

Diante da dificuldade de convencer governadores a abrir mão de ao menos parte dessa receita, o governo Dilma Rousseff optou por prorrogar por 30 anos as concessões que venceriam a partir do ano que vem. E condicionou tal prorrogação a que os atuais concessionários rebaixem tarifas, além de aceitar a indenização a ser calculada pela União para investimentos realizados pelas empresas que a lei manda reembolsar-lhes no vencimento da concessão.

É possível inferir do que já se divulgou que o Planalto busca uma tarifa média de geração de R$ 30 a R$ 40 por MWh (megawatt-hora), valor que estima ser suficiente para cobrir custos operacionais das empresas. Em alguns casos, porém, em especial no da Eletrobras, o corte pode tornar a operação deficitária. Assim, ao concentrar o ônus da redução nas empresas (por meio das tarifas), e não nos impostos, o governo arrisca comprometer novos investimentos.

As indenizações devidas pela União poderiam evitar esse estrangulamento, mas o governo sinaliza que não pretende pagar muito pelos ativos que restam por indenizar. Parece acreditar que seriam suficientes para isso os R$ 21 bilhões do fundo criado para dar conta dos ressarcimentos (RGR, ou Reserva Global de Reversão).

Alguns concessionários têm entendimento diferente. A direção da Eletrobras, por exemplo, já fez saber que espera indenização de R$ 27 bilhões só para as suas usinas.

A conta final só será conhecida daqui a alguns meses, pois depende de cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e de conversações com as geradoras. Não será uma negociação fácil. E a insegurança que paira sobre as empresas de energia já fez suas ações despencarem na Bolsa.

Existe ainda o risco adicional de questionamentos à constitucionalidade da prorrogação por meio de medida provisória. Há quem defenda que seria necessária uma emenda constitucional para tanto.

O governo federal definiu um objetivo correto para a renovação das concessões: diminuir o peso desse componente importante do custo Brasil. Mas ainda não deixou claro se a medida não vai minar a capacidade do setor de manter os investimentos necessários.

Até que os valores envolvidos e a legalidade do procedimento estejam estabelecidos, a boa-nova permanecerá envolta em incerteza.


Siga o blog no twitter

22/08/2012

Saiba o que está incluído na sua conta de energia elétrica.

Vejam o interessante matéria e comentário de Miriam Leitão.


Baixar a conta de luz é ótima frente de competitividade

Na conta de luz existem vários penduricalhos: siglas que representam subsídios e tarifas para financiar os mais diversos programas. Isso torna a conta de luz mais cara para famílias e empresas. Tira a competitividade da economia. E o que é pior: é feito de um jeito que o consumidor não tem acesso às informações, não sabe nem que está pagando.

No total, são nove siglas federais que aumentam o preço da conta de luz no pais. Fora os encargos estaduais. Uma delas é a RGR (Reserva Global de Reversão), que existe desde 1957 para financiar a universalização do acesso à energia. Arrecadou quase R$ 2 bilhões no ano passado e tem R$ 16 bilhões em caixa, ou seja, dinheiro que não foi usado. Foi prorrogado no último dia do governo Lula para existir por mais 25 anos e deve tirar R$ 40 bi da economia nesse período. 

(...)


Siga o blog no twitter

21/08/2012

Acciona terá fábrica de hubs para turbinas eólicas na Bahia



Unidade, próxima de ser inaugurada, pode ser futuramente ampliada para incluir a produção de outros equipamentos  

A espanhola Acciona, fabricante de equipamentos para a geração de energia eólica, está bem próxima de instalar uma nova fábrica para hubs na cidade de Simões Filho, Bahia. O hub é uma peça que fica na frente do aerogerador e na qual são conectadas as pás. O equipamento é apelidado de “nariz da turbina”.

Apesar de a notícia coincidir com o recente descredenciamento da empresa do Finame, sob a alegação de não cumprimento dos índices mínimos de nacionalização exigidos pelo BNDES, a instalação estava aprovada pelo governo da Bahia há "bastante tempo". 

Segundo o secretário executivo da Câmara Transversal de Energia da Bahia, Rafael Valverde, o investimento só não foi divulgado antes "por uma questão de governança corporativa da Acciona". O técnico do governo, porém, diz que essa é "uma excelente oportunidade" para a empresa, uma vez que "mostra que ela já tinha uma estratégia de nacionalização”.

Segundo o secretário, a construção da fábrica está prevista para ocorrer em duas etapas, com a possibilidade de expansão da unidade para produzir outros produtos. A ampliação, no entanto, vai depender da evolução do market share da Acciona no Brasil.

Fechado
A Acciona anunciou em abril deste ano seu primeiro contrato de fornecimento de turbinas eólicas no Brasil. O negócio foi fechado com a CPFL Renováveis e prevê a fabricação e instalação de 40 máquinas, de 3MW cada, em parques no Rio Grande do Sul.


Siga o blog no twitter

08/08/2012

Projetos eólicos com máquinas que saíram do Finame pagarão financiamento mais caro


Como já avisado antes os maiores prejudicados beste imbróglio são os investidores. São na sua maioria brasileiros que acreditam no Brasil e que investem em nosso país na geração de energia limpa e de baixo impacto ambiental. 

Minha opinião: Política de conteúdo nacional com a deste caso só contribui para formação de cartéis( o do aço e do cimento prosperam no segmento eólico) e justificar aumento dos preços por parte dos fabricantes. Não colabora para a bendita modicidade tarifária. Vejam o que relata Wagner Freire do Jornal da Energia 

BNDES seguirá apoiando usinas, mas diz que juros seguirão IPCA e não TJLP

Os parques eólicos que venderam energia no mercado regulado e tiveram seus fabricantes de equipamentos descredenciados do Finame não ficarão sem o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A garantia é do chefe do departamento de fontes alternativas, Antonio Carlos Tovar. No entanto, os empreendimentos enfrentarão aumento de custos, pois as taxas de financiamento serão baseadas no IPCA e não mais na TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo).

"O banco não pode deixar de financiar um projeto que foi objeto de leilão público, que tem cronograma de entrada em operação com o poder concedente. Para que não exista esse prejuízo, o BNDES vai continuar apoiando esses projetos numa taxa com custo maior, corrigido pelo IPCA", explicou Tovar.

Segundo o diretor, todas as empresas que foram descredenciadas do Finame iniciaram o processo de regularização. Foram retiradas as fabricantes Vestas, Suzlon, Acciona e Clipper por não cumprirem o índice de nacionalização mínimo exigido pelo banco, que é de 60%.

Tovar disse também desconhecer rumores sobre empresas estrangeiras que teriam desistido de entrar no Brasil por causa do imbróglio do BNDES com os projetos eólicos. Além disso, o executivo garante que não há desembolsos parados no banco.

"Os projetos que nós vínhamos apoiando eram com fabricantes que continuam credenciados, então isso não tem nenhum prejuízo do cronograma de liberação. Até porque os projetos que o banco apoiou no ano passado são de fabricantes continuam no cadastro", ressaltou.

Tovar disse ainda que os fabricantes que foram descredenciados podem voltar ao cadastro do Finame a qualquer momento, desde que cumpram o índice de nacionalização mínimo exigido. O executivo do BNDES falou com a imprensa nesta terça-feira (7/8), após participar do 13º Encontro Internacional de Energia, organizado pela Fiesp, em São Paulo.

Planos adiados
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, havia revelado que o governo pretendia aumentar o índice de nacionalização de equipamentos eólicos do BNDES. Mas o resultado da auditoria do banco, que concluiu que os fabricantes não cumpriam os patamares mínimos exigidos, surpreendeu e mudou os planos.

Em conversa com a imprensa, Tolmasquim admitiu que não é mais momento de falar em elevar os índices, mas sim de fazer com que as metas existentes sejam cumpridas. 

(Colaborou Luciano Costa)


Siga o blog no twitter

17/07/2012

Impasse com o BNDES atinge 2GW em usinas eólicas, calcula Abeeólica


Se enganam aqueles que imaginam que somente os fabricantes de aerogeradores saem prejudicados pelas restrições do BNDES. Estes podem simplesmente sair do país se entenderem que não há crescimento sustentável neste mercado. 

São os empreendedores os mais prejudicados pela fiscalização falha do BNDES, falta de comprometimento dos fabricantes e política instável dos governos estaduais e do governo federal. Continuam tendo obrigações contratuais a cumprir e terão que absorver os custos adicionais resultantes da desorganização do mercado regulado. Não tenham dúvidas que serão punidos pelos seus atrasos ou inadimplementos mesmo que decorrentes da queda de braço entre o BNDES e fabricantes.

Enquanto isto empresas estatais continuam sem punição pelo não cumprimento de suas obrigações contratuais. Para os estatais, grita nos jornais e esquecimento. Para os privados, perda da concessão e execução de garantias. 



Associação tem conversado com o banco e espera decisão para breve sobre situação de financiamentos

Dos mais de 6,5 GW em parques eólicos contratados nos leilões de energia promovidos pelo governo desde 2009, cerca de 2GW estão com o futuro em suspenso. Os investidores aguardam uma decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que suspendeu fabricantes de equipamentos do setor do FIname - que lista máquinas cuja aquisição é financiável. Com isso, as empresas que tocam as obras ainda não sabem se e em que condições terão acesso ao crédito da instituição estatal. Sem esses recursos, com juros abaixo do mercado, muitos empreendimentos podem se tornar até mesmo inviáveis economicamente.

O cálculo sobre o número de usinas atingidas é da presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo. A retirada de fornecedores do Finame aconteceu depois de uma auditoria em que o BNDES teria concluído que alguns deles não cumpriam os índices de nacionalização de componentes exigido. Agora, os projetos que usariam turbinas dessas marcas - como Vestas e Suzlon - estão à espera. “Uma medida que parece penalizar o fabricante na verdade está penalizando os investidores de eólica”, lamenta Elbia.

A executiva ressalta que, além de influenciar os prazos de construção das plantas, a indefinição pode comprometer a viabilidade de algumas delas. E defende um equilíbrio por parte do BNDES na hora de decidir o destino dos financiamentos.

“Achamos que tudo bem que o banco exija esse índice de nacionalização, só que ele não poderia mexer nestas regras enquanto está rolando o jogo", argumenta Elbia. Ela lembra que as empresas estavam cadastradas no Finame na época em que os leilões foram realizados. “Que o BNDES aplique as regras de maneira que ele está querendo, nós apoiamos, mas ele poderia fazer isso para os próximos projetos”, sugere a dirigente.

Desde a auditoria do BNDES, foram promovidas várias reuniões entre o banco, a Abeeólica e representantes do setor - a primeira delas em 25 de junho e a última na sexta-feira (13/7). O encontro mais recente, inclusive, contou com a presença do presidente da instituição financeira, Luciano Coutinho. Elbia diz que desde então as equipes técnicas do BNDES têm analisado o caso internamente. “Tenho a impressão que semana que vem talvez eles abram alguma decisão”.

Cadastro de volta
Contatado pela reportagem, o BNDES, por meio da assessoria de comunicação, confirmou manter o diálogo com o setor. Além disso, a instituição explicou que as empresas podem voltar a ter seus cadastros validados pelo Finame ao comprovarem que estão de acordo com as exigências referentes aos índices de nacionalização.

03/07/2012

BNDES coloca fabricantes eólicos em xeque quanto a índice de nacionalização


O índice de nacionalização exigido para os aerogeradores é tema polêmico. Muitos atribuem a este fato os atrasos do PROINFA. Mesmo com esta lição, manteve-se um certo protecionismo ainda em 2009 nas normativas do primeiro leilão eólico que previam regras para impedir aquisição de turbinas importadas abaixo de 1,5 MW. Que sentido há na exigência de fabricante nacional com base na potência nominal? De fato, não serviu de nada pois todos fabricantes, inclusive os que já tinham fábrica no Brasil, atualizaram sua linhas para equipamentos de maior potência nominal. 

Por outro lado, fabricantes que assumiram compromissos junto a governos federais e estaduais para nacionalizar seus equipamentos e construir plantas industriais no Brasil "empurram com a barriga" o cumprimento destes acordos e protocolos de intenção sob a justificativa de morosidades da máquina pública, dificuldades de licenciamento, etc... e também aguardando que este mercado se consolide ou que surja lá fora um mercado mais interessante. É fato que a burocracia e constante mudança de humores dos órgãos públicos (basta mudar um secretário de estado ou um diretor de órgão ambiental) atrapalham mas há nos fabricantes um certa desconfiança na seriedade do mercado mesmo depois de tantos avanços. .

Confesso que não tenho opinião formada sobre o assunto. No entanto acho que legislação restritiva não atrai investimentos industriais independente do segmento. Acredito que estejam mais interessados em: mercado com crescimento sustentável, segurança jurídica, regras claras e estáveis e insumos locais competitivos. Com a eólica não é diferente. 

Vejam a matéria de Luciano Costa no Jornal da Energia. Em tempo: pesquisei no site do BNDES hoje e a Siemens também está fora da lista do BNDES. Até a semana passada o aerogerador SWT 2.3MW constava na lista. 

Auditoria e suspensão de empresas do Finame deixa setor apreensivo; banco busca solução que não prejudique projetos

Uma grande auditoria levada a cabo pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em cima dos fabricantes de turbinas eólicas que vendem equipamentos no Brasil tem deixado o setor apreensivo. Ao mesmo tempo em que visitou fábricas e usinas para verificar o índice de nacionalização das máquinas, a instituição estatal retirou o nome de algumas empresas do Finame - lista de equipamentos e máquinas cuja aquisição pode ser financiada.

Um agente disse ao Jornal da Energia que sete companhias tiveram o registro suspenso. Em uma busca no site do BNDES nesta terça-feira (3/7), a reportagem encontrou quatro companhias que ficaram sem cadastro: Vestas, Suzlon, Acciona e Clipper. Outras seis estão com a situação normal: GE, Impsa, Gamesa, Alstom, WEG e Wobben.

Para a presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Élbia Melo, tanto fabricantes quanto investidores que constroem usinas ficam "em uma situação complicada" porque, caso o BNDES decida não financiar os empreendimentos que usam máquinas dessas empresas, estes se tornariam inviáveis. "Vai prejudicar não só o fabricante, mas a indústria como um todo. Tem vários parques que já estão em construção, pegaram empréstimo-ponte esperando o BNDES...", explica Élbia.

Segundo a diretora, a Abeeólica tem conversado com o banco para sensibilizá-lo sobre o assunto. "Em nenhum momento a gente contesta a política do BNDES, até apoiamos. Mas, quando essas empresas entraram no leilão, as fabricantes estavam no Finame. Agora não dá para mexer no meio do jogo".

O BNDES tinha uma reunião nesta terça-feira (3/7) para discutir a questão, mas, até o fechamento desta matéria, não havia previsão sobre decisões. Em nota, o banco disse que "está buscando uma solução que permita continuar apoiando os projetos de energia eólica em curso, mas ao mesmo tempo privilegiar os fabricantes que atendam as exigêcias de conteúdo local estabelecidas".

Na Suzlon, que foi uma das que tiveram o cadastro no Finame suspensos, o clima é de surpresa com a decisão. O presidente da empresa, Arthur Lavieri, garante que o índice de nacionalização, de 60%, é cumprido e até ligeiramente ultrapassado pela fabricante indiana.

O executivo conta que recebeu a visita de auditores do banco nas unidades de produção da Suzlon no início de junho e que, até o momento, não recebeu nenuhma resposta sobre o resultado da análise. "Fomos comunicados que, durante todo esse processo, uma série de fabricantes teria seus cadastros suspensos enquanto aguarda-se a decisão".

Pelo relato de Lavieri, a situação na empresa é um misto de "tensão" devido à espera e à falta "absoluta" de comunicados por escrito. E de "tranquilidade" devido aos investimentos feitos no País até o momento. "Temos acalmado nossos clientes. Estamos mostrando que tentamos entrar o mais profundamento possível no País, para não ser simplesmente uma montadora, mesmo com toda dificuldade de encontrar uma cadeia produtiva eólica no Brasil", ressalta.

A Suzlon conta hoje com um centro de produção em Maracanaú, no Ceará, que compreende uma linha de produção de painéis elétricos e montagem de hubs, além de um laboratório de repotenciação de acionamentos e motores. E conta com parceiros locais, como a Aeris, que fabrica pás, e o Grupo Cortez, que produz torres de concreto.

"Entregamos um caderno de mais de 300 páginas de documentos para eles (BNDES) que mostra toda a composição de custo do aerogerador, licenças, CNPJs", resume Lavieri. Segundo ele, a Suzlon tem hoje 340MW para serem entregues - em 14 parques, todos já em obras - e que seriam prejudicados por uma eventual exclusão da empresa do Finame. Além de outros 300MW em negociação. "Isso mexe com o mercado de uma maneira brutal", lamenta o presidente.

A Vestas também foi procurada, mas não se manifestou até o momento.


26/06/2012

Consumidor pagará R$377 milhões por energia eólica que não será entregue


A novela da ICGs apresenta agora quem vai pagar pela geração de energia não transmitida pela CHESF: Os consumidores. Felizmente o Sr. Romeu Rufino lembrou o fato de que o leilão para as ICGs tratava-se de uma licitação cujas obrigações devem ser cumpridas sob pena de punição. Espera-se agora da Aneel tratamento à estatal isonômico ao dispensado às empresas privadas. Afinal o atraso em licenciamento ambiental não pode, de forma alguma, ser caracterizado como algum típo de força maior. 

Em tempo: Ameaçar de punição não é suficiente. É preciso punir. Uma punição interessante seria a proibição de participar dos próximos leilões transmissão(incluindo ICG) e também de geração de energia. 
Segue a matéria de Luciano Costa do Jornal da Energia.

Atraso em ICGs não deixará usinas enviarem produção à rede; diretores ameaçam punições à Chesf, responsável pelas instalações

O consumidor brasileiro pagará mais de R$377 milhões por uma energia que não será entregue. O cálculo foi feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e leva em conta a remuneração a parques eólicos que estão prontos, mas não terão como enviar energia à rede devido à falta de instalações de transmissão. Essas usinas, que somam 636MW, seriam conectadas a ICGs – centrais de conexão compartilhada – que deveriam ter sido construídas pelas Chesf, mas estão com atraso e deverão ser concluídas somente em meados do ano que vem.

Pelas regras do leilão de energia de reserva de 2009, no qual as plantas foram contratadas, o gerador tem a garantia da receita caso a impossibilidade de entregar a energia não seja de sua responsabilidade. Nesta terça-feira (26/6), a diretoria da Aneel decidiu os critérios para que esses investidores possam receber. Eles terão que cumprir obrigações listadas pelas áreas técnicas do regulador para mostrar que estão aptos a operar e que a não entrega de energia acontece apenas por culpa da falta de transmissão.

Em carta enviada à Aneel, a Chesf informou os prazos previstos para entrada em operação das ICGs, que serão construídas no Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará. As datas são, respectivamente, 15 de fevereiro, 26 de agosto e 19 de julho de 2013.

O atraso, porém, pode ser maior e gerar ainda mais custos para o consumidor do que o previsto pelo regulador. Isso porque esse cronograma foi passado à Aneel pela Chesf em março. E, há uma semana, a estatal informou ao Jornal da Energia outras previsões, que apontam para 21 de junho , 13 de setembro e 21 de setembro de 2013.

O diretor da Aneel Edvaldo Santana também fez uma relação com a complementaridade entre a geração eólica e a hídrica e disse que, caso as usinas realmente entrassem em operação, o sistema poderia poupar água no reservatório das hidrelétricas. “São custos para o sistema que não estão calculados”, salientou.

As usinas afetadas pelo problema das ICGs pertencem a Renova, Dobrevê e CPFL Renováveis. Todas precisariam começar a funcionar em 1 de julho, mesma data programada para todos outros parques que venderam energia no certame de 2009.

Punição
O relator do processo referente ao imbróglio, Romeu Rufino, disse que a agência vai apurar a responsabilidade da Chesf pelo não cumprimento dos cronogramas das ICGs. A estatal alega lentidão no licenciamento ambiental para justificar as dificuldades. Mas Rufino apontou que a área de fiscalização da Aneel vai checar a situação, podendo executar as garantias depositadas pela empresa para os projetos.

Rufino apontou que mesmo eventuais multas e execução de garantias da Chesf “não chegariam nem perto” do prejuízo causado aos consumidores pela não conclusão das obras a tempo. E disse que a Aneel buscará argumentos para responsabilizar a companhia ao máximo pelo problema. Até porque a arrecadação com as multas ou garantias não seria revertida para a modicidade tarifária, o que faria com que o consumidor continuasse com o ônus.

“Ainda que os prazos tenham ficado apertados, foi uma licitação. O agente (Chesf) participou consciente do que tinha em termos de obrigação. Participou porque quis, assumiu os riscos”, justificou.

06/06/2012

Diretor-geral da Aneel: Proinfa atrasou indústria eólica em pelo menos três anos



Nelson Hubner diz que atrasos do programa deixaram em suspenso ideia de leilões, que depois alavancaram o setor

 O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, disse nesta terça-feira (5/6) que continua com a opinião, já manifestada em 2009, de que o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), criado pelo governo federal para impulsionar a geração eólica, atrasou a evolução da fonte no País em "pelo menos três anos".

Durante debate sobre o destino de usinas contratadas pelo programa que entraram em operação somente em 2011 - quando o prazo original era o final de 2006 -, Hubner foi veemente nas críticas ao modo como o Proinfa foi conduzido. O regulador lembrou que acompanhou a iniciativa desde o início, em 2002, quando estava no Ministério de Minas e Energia, e, portanto, poderia fazer algumas colocações sobre o assunto que pareceriam "até arrogantes".

O Proinfa foi lançado, de fato, em 2004, e os parques eólicos deveriam entrar em funcionamento no final de 2006, com contratos de venda da energia gerada para a Eletrobras válidos por um período de vinte anos. A tarifa desses acordos, atualizada pela inflação, está hoje na casa dos R$307 por MWh.

Hubner afirma que em 2006, quando ficou claro que os projetos não sairiam do papel e aconteceu a primeira prorrogação do prazo, para 2008, era claro que o problema havia sido o índice de nacionalização proposto, uma vez que havia apenas um fabricante do setor instalado no Brasil.

De acordo com o dirigente da Aneel, apenas um investidor cumpriu o cronograma original. E, em 2007, quando houve uma cerimônia para comemorar um ano da entrada em operação daquela usina, já havia o sentimento de que "estava na hora de deixar de lado o Proinfa e começar uma política de incentivo por meio de leilões competitivos". Mas, quando a ideia foi apresentada, "caiu por terra" frente ao atraso de todas as demais eólicas enquadradas no programa pioneiro.

"Foi uma dificuldade muito grande para que a gente conseguisse convencer novamente o governo brasileiro de que tinha espaço e poderia se fazer leilões para essa fonte. E começamos a fazer (em 2009) e foi de fato o que alavancou a própria implantação da indústria no Brasil", analisa Hubner. Para ele, "não foi o Proinfa que permitiu" esse avanço dos fornecedores, mas sim "a política permanente de leilões competitivos que começou depois de 2009".

Com as sucessivas prorrogações dos prazos, houve usinas do Proinfa concluídas somente em 2011, o que, para Hubner, distorce os objetivos do programa. "Esses contratos estão completamente desequilibrados. Estamos contratando parques com a mesma capacidade, sendo construídos na mesma época, com a mesma tecnologia, pela metade do preço", lamenta.

O regulador chegou a sugerir uma revisão nas tarifas de remuneração do Proinfa, que, assim, seriam estabelecidas em R$234 por MWh, conforme proposta pela área técnica da Aneel. A ideia, porém, não foi acatada por mais nenhum dos dos diretores do órgão.

Hubner ainda contou uma história de bastidores sobre os primórdios do tão polêmico Proinfa. Segundo ele, houve uma reunião com um dos agentes investidores com parques enquadrados no programa. A empresa, estrangeira, estava preocupada com os riscos de não cumprir o cronograma, de conclusão ainda em 2006.

"Em tive que fazer uma ginástica imensa para justificar para esse agente, que não estava acostumado com o modus operandi do País, que não era assim, que ele poderia recorrer. No fundo, era para não dizer para eles 'não, vamos dar um jeitinho e prorrogar até 2008, 2011, enfim, até todo mundo conseguir entrar'. Eu não podia falar isso para um agente estrangeiro interessado em investir no País, mas no fundo é isso que aconteceu", desabafa.

Por outro lado, o diretor André Pepitone fez exaltações ao programa federal e disse que ele foi "um grande acerto" do setor. "Se pagou aquele preço alto para introduzir a energia eólica e o setor está colhendo os frutos hoje (as tarifas mais baixas da fonte nos leilões recentes)".

Hubner retrucou e disse que "o Proinfa foi uma belíssima política pública, mas que foi feita em 2004 para entrada dessa energia até 2006". E concluiu. "A gente está discutindo isso em 2012? Tinha que ter encerrado lá. Se tivesse matado em 2006, tínhamos feito leilão em 2007, 2008, e acelerado muito mais o processo (de inserção das eólicas na matriz)".


Parques eólicos do Proinfa concluídos em 2011 perderão tempo de contrato



Diretoria da Aneel decide que prazo de contratação da energia começou a contar em 2006

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta terça-feira (5/6) que os parques eólicos contratados pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) que começaram a operação em 2011 terão um período menor de remuneração. Isso porque, após debate, o órgão regulador entendeu que os contratos, pelos quais a Eletrobras compraria a energia gerada por um período de vinte anos, começaram a contar em dezembro de 2006, independente de as usinas estarem prontas ou não.

Depois de um acalorado debate, em que investidores do setor eólico defenderam que tal medida implicaria em quebra de contratos e insegurança jurídica, os diretores ignoraram o parecer do relator do processo, André Pepitone, e votaram junto ao diretor Julião Coelho, que propôs que os contratos não fossem ajustados aos cronogramas reais das usinas.

"Nos diversos casos em que a gente discute atraso de empreendimentos, tanto de geração, quanto de transmissão, mesmo que ele ocorra por excludente de responsabilidade, não deslocamos o termo final do contrato. O prazo de contratação é de vinte anos a partir da data planejada, que era 2006. Se teve atraso, não implica em mudança. É assim que sempre entendemos, e não há razão para ser diferente no caso do Proinfa", argumentou Coelho.

Criado por lei de 2002 e lançado, de fato, em 2004, o Proinfa previa a compra de energia de fontes alternativas - como eólicas, PCHs e usinas a biomassa - pela Eletrobras, para viabilizar a inserção dessas formas de geração na matriz. Os empreendimentos eólicos, porém, enfrentaram dificuldades para atender os índices de nacionalização previstos, uma vez que apenas um fabricante estava presente no País à época. Com isso, os prazos de implantação das usinas foram prorrogados por diversas vezes pelo governo federal. A última postergação aconteceu nos dias finais do governo Lula, em 2010, por meio da Medida Provisória 517, posteriormente aprovada pelo Congresso.

O relator André Pepitone entendia que a Aneel não poderia revisar cláusulas como preço e prazo, uma vez que o governo federal é quem havia pedido mais prazo para o programa. E a própria Eletrobras, contratante, teria mostrado aceitar a medida, por ter assinado aditivos aos contratos.
Julião Coelho, porém, argumentou que a Advocacia-Geral da União (AGU) passou à Aneel a tarefa de regulamentar o decreto que prorrogou o Proinfa. "A gente tem que regulamentar e, na hora de regulamentar, tem que ser da forma mais eficiente", defendeu.

O diretor-geral da agência reguladora, Nelson Hubner, foi mais veemente e fez duras críticas ao Proinfa. Ele disse que o programa "atrasou em pelo menos três anos a implantação da indústria eólica no Brasil" e defendeu, inclusive, uma revisão nas tarifas pagas às usinas que atrasaram. Isso porque essas plantas serão remuneradas com cerca de R$307 por MWh, enquanto os leilões mais recentes têm contratado usinas a vento por preços na casa dos R$100 por MWh. A posição de Hubner sobre os preços, porém, não foi seguida pelos demais diretores.


28/05/2012

Custo de construção de eólicas caiu 45% desde o Proinfa, estima BNDES


Banco também divulga ranking de fornecedores eólicos após primeiros certames com eólicas

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estima que o investimento necessário para construir cada MW de um parque de geração de energia eólica no Brasil caiu 45% desde os tempos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). A iniciativa, lançada em 2002 pelo governo federal para contratar as primeiras usinas da fonte no País, tinha um custo médio de R$6 milhões por MW instalado. No leilão A-5 do ano passado, que viabilizou quase 1GW eólico, tal valor ficou em R$3,3 milhões por MW.

Os números aparecem em apresentação feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante evento da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) realizado em São Paulo. Contratadas por tarifas incentivadas, as plantas do Proinfa hoje vendem a geração a cerca de R$309,30 por MWh. O montante é quase três vezes maior que o preço-médio do certame do ano passado, de R$105 por MWh.

O banco do governo estima que somente as melhores condições oferecidas em seus financiamentos para projetos eólicos foram responsáveis por uma redução de 25% nas tarifas. Do outro lado, a queda nos valores dos equipamentos ajudou a baixar o custo geral dos parques.

As usinas contratadas entre 2005 e 2010 já receberam R$1,8 bilhões do BNDES, de um total de R$2,8 bilhões em financiamentos concedidos. Tais projetos somam 1GW e R$5,3 bilhões em investimentos. Em 2011, foram 1,1GW financiados com R$3,4 bilhões, dos quais R$2,2 bilhões já foram liberados. Neste ano, o banco estima aumentar em 30% o ritmo.

Atualmente, entre usinas contratadas em processo de liberação de recursos, plantas em análise, projetos enquadrados e em carta-consulta, o BNDES conta 107 parques eólicos. Os empreendimentos somam R$12,3 bilhões em investimento, sendo que o banco deve financiar R$8,2 bilhões
Mercado

A apresentação do BNDES também aponta que, contabilizando usinas do Proinfa e dos leilões de 2009 e 2010, o mercado para aerogeradores no Brasil acabou liderado pela alemã Wobben, pioneira do setor, com 20% dos contratos, somando 958,6MW instalados. Na segunda colocação, aparece a argentina Impsa, também das primeiras a chegar no País, com 798MW. Em terceiro, vem a indiana Suzlon, com 793MW.

Ainda aparecem na lista a americana GE, com 777MW, a espanhola Gamesa (300MW), os franceses da Alstom (252MW) e a Acciona, também da Espanha (120MW). Com fatia menor aparecem a alemã Siemens (78,2MW) e a chinesa Sinovel (30MW). Há, ainda, 177,6MW, ou 4% do mercado, com contratos ainda não fechados.

Confira o gráfico: