19/08/2011

Leilão de reserva contrata 1.218MW em usinas a um preço médio de R$99,61 por MWh

Deságio é de 31,8%; eólicas dominam lista de vencedores, com 34 usinas, contra sete térmicas a biomassa
O leilão de energia de reserva chegou ao fim nesta quinta-feira (18/8) após pouco mais de cinco horas e meia de disputa. O deságio médio foi de 31,8%, com as usinas participantes chegando a um preço médio de R$99,61 por MWh, contra a tarifa-teto estabelecida pelo governo de R$146 por MWh. Foram contratados 41 empreendimentos, somando 1.218,1MW em potência instalada e 589,30MWmédios em garantia física.
A energia gerada através dos ventos voltou a dominar a competição, assim como aconteceu no A-3 desta quarta. Entre os vencedores, apareceram 34 usinas eólicas, contra sete térmicas a biomassa. A previsão é de que os projetos consumam R$3,2 bilhões em investimentos e iniciem a operação em 1º de julho de 2014. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o leilão fechou R$8 bilhões em contratos de energia.
A usina mais barata da licitação foi a termelétrica a biomassa de cana-de-açúcar Tropical Bioenergia (50MW), em Goiás, que comercializou sua produção futura a R$95 por MWh. Em segundo lugar vieram quatro parques eólicos na Bahia que serão construídos pela BW a um custo de energia de R$96,97 por MWh. A planta não chegou a bater o recorde registrado pelo parque eólico de Ibirapuitã I, viabilizado pela Eletrosul no leilão de quarta por R$96,49 por MWh. Já o maior preço do certame ficou com a térmica a cavaco de madeira Guaçu (30MW), no Mato Grosso, de R$101,99 por MWh. 

18/08/2011

Leilão de energia A-3 termina com preço médio de R$102,07 por MWh, com deságio de 26,6%

Parques eólicos ofereceram os menores preços, chegando a até R$96,49/MWh; somente Petrobras e MPX viabilizaram térmicas a gás
Após quase sete horas de disputa, o leilão de energia A-3, iniciado às 11h15 desta quarta-feira (17/8), chegou ao final com um preço médio de R$102,07 por MWh, o que representa um deságio de 26,6% frente à tarifa-teto estabelecida para os parques eólicos, usinas a biomassa, térmicas a gás e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A expansão de Jirau venceu energia pelo preço teto que havia sido estabelecido para seu projeto, de R$102 por MWh.
No total, foram contratados 2.744,6MW em potência instalada, representando 1.365,9MW médios para entrada em operação em 2014. Como as plantas a biomassa poderão escalonar seu início de funcionamento, outras máquinas agregados ao sistema posteriormente, chegando a um total de 1.543,8MW médios.. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o certame representou negociações que significam R$29,1 bilhões.
Ao final da disputa, as eólicas voltaram a surpreender e se firmar como a fonte mais barata. No total, 31 usinas de geração a partir dos ventos negociaram sua futura produção a preços abaixo dos R$100 por MWh. A usina Ibirapuitã I, parte do Complexo Cerro Chato IV, foi a mais barata entre todas as da licitação, com tarifa de R$96,49 por MWh. A fonte teve 44 empreendimentos na lista dos vencedores, com um deságio médio de 28,4%.
Entre as termelétricas a gás, apenas MPX e Petrobras, possuem suprimento próprio do insumo, conseguiram fazer frente à concorrência. A MPX fechou contrato para comercializar energia a R$101,90 por MWh com a usina Maranhão III, de 499,2MW e 470,7MW de garantia física. A empresa vendeu 400MWmédios com início de suprimento em 2014, chegando a 450MW posteriormente. Já a Petrobras viabilizou a térmica Baixada Fluminense a R$104,75 por MWh. A estatal vai comercializar 299,4MWmédios em 2014 e 416,4MWmédios posteriormente. A planta possui 530MW de potência e 430,2MW de garantia física. O deságio médio das duas unidades foi de 25,7%.
Ainda estão entre as vencedoras quatro usinas a biomassa de bagaço de cana-de-açúcar, somando 197,8MW de potência instalada. O deságio médio da fonte foi de 26,3%.

17/08/2011

A-3 2011 - Modicidade Tarifária x Crescimento Sustentável

O 12°. leilão A-3 (2011) começou oficialmente as 11:15 de hoje. Veja abaixo quais fontes concorrem:
Leilões de Reserva e A-3 / 2011 – resumo da habilitação (por fonte):
FONTE
PROJETOS
OFERTA (MW)
Hidrelétrica (ampliação)
1
450
Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs
27
443
Eólicas
240
6.052
Termelétricas à biomassa
43
2.750
Termelétricas a gás natural
10
4.388
TOTAL
321
14.083
Fonte: EPE
A estratégia do leilão segue a política de modicidade tarifária da EPE: Diversas fontes competindo entre si independente do momento em que cada uma se encontra. Quisera que no futuro se pudesse levar também em conta uma estratégia de crescimento sustentado da cadeia produtiva, em especial da fonte eólica.
Há neste conceito muitos benefícios tais como a geração de empregos, atração de investimentos, contrapartidas ambientais que beneficiam comunidades nos locais de implantação, aumento do nível de emprego, enfim vários benefícios tangíveis e intangíveis que podem justificar um aumento na tarifa de energia.
Nesta análise pode-se ainda levar em conta benefícios ambientais tais como a contribuição para o controle de emissão de gases do efeito estufa e o menor impacto ambiental deste tipo de projeto quando comparado com outras fontes. Estes benefícios, embora intangíveis, podem ser os mais importantes quando focamos na qualidade de vida das próximas gerações. 
Empresas que estão se instalando no Brasil bem como investidores brasileiros e internacionais acreditam na energia eólica brasileira. Já vemos a sociedade brasileira preparada para os impactos do aumento da participação desta fonte. Resta aos nossos órgãos governamentais (MME, MMA, EPE, ANEEL, governos estaduais e governo federal, etc.) dar suporte para o crescimento sustentado da geração por fonte eólica buscando diminuir a percepção de risco criada por mudanças nas regras e falta de agilidade na regularização de projetos e suas respectivas licenças.