10/11/2009

Preço Inicial do Leilão vai definir os projetos que vão para a disputa

Embora mais de 13.000 MW tenham sido cadastrados para o leilão de energia que será realizado em 14 dezembro, é possível que cerca de 50% ficarão de fora da disputa devido ao preço inicial de R$ 189,00/MWh. Estimo que menos de 50% dos projetos terão capacidade de competir no leilão. As razões vão desde baixo fator de capacidade (o que produz preço acima do inicial), alto custo de implantação além de projetos inabilitados por falta de documentação e/ou certificação de ventos. Ouvi relatos de projetos que foram protocolados com fichas preenchidas a mão no balcão da EPE. A nota técnica publicada hoje pela EPE também deve contribuir para a saída de mais projetos. Agora é aguardar.

Leilão de eólicas: preço inicial fica em R$189 por MWh

Diretor-geral da Aneel considerou preço bastante exigente

A Aneel aprovou nesta terça-feira (10/11) o edital do primeiro leilão de energia eólica brasileiro, que acontecerá dia 14 de dezembro. A licitação, que recebeu 13.341MW de projetos cadastrados distribuídos em 441 parques, terá preço inicial de R$189 por MWh, o que significa redução de 30% quando comparado aos R$270 por MWh das eólicas do Proinfa. O diretor-geral da agência, Nelson Hubner, considerou o preço estipulado pelo Ministério de Minas e Energia “bastante exigente”.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, já havia avisado várias vezes que o preço ficaria abaixo dos R$200. Os empreendedores, por sua vez, reclamavam que somente um valor acima dos R$200 poderia viabilizar as centrais eólicas. Contudo, após o anúncio da Aneel, os investidores consultados pela reportagem do Jornal da Energia disseram que já trabalhavam com esta faixa de preço, mas que terão que fazer contas para definir com quais projetos seguirão adiante.

“Com certeza, esse preço vai selecionar os melhores projetos”, avalia Everaldo Feitosa, presidente da Eólica Tecnologia, empresa que inscreveu 450MW de usinas para a licitação. “Alguns de nossos projetos vão conseguir competir na casa dos R$180, outros que estavam na faixa dos R$200 vão ficar de fora”, completa.

A Bioenergy, que é presidida por Sérgio Marques, colocou cerca de 300MW no leilão. Ele conta que estava trabalhando com a hipótese do preço-teto de R$192. “Teremos que fazer contas agora. Vai ser um leilão muito competitivo”, afirma o investidor, que já admite que alguns de seus empreendimentos não concorrerão.

Para a fabricante de equipamentos eólicos Impsa, o preço não ficou muito aquém do esperado. “O mercado vai reclamar muito, vai chorar, mas eles já estavam se preparando para trabalhar nesse patamar”, analisa o gerente comercial da companhia, Paulo Ferreira. Ainda segundo a Aneel, o edital que será publicado nesta quarta-feira (11/11) no Diário Oficial da União vai determinar que a verificação do atendimento das condições de habilitação dos projetos que concorrerão ao certame seja feita depois da fase de lances, o que caracteriza a chamada “inversão de fases”. As garantias de fiel cumprimento foram estabelecidas em 5% do valor total do investimento de cada parque. As usinas vencedoras do leilão terão que iniciar o suprimento em 1° de julho de 2012 e terão 20 anos de contrato.

Fonte: Milton Leal - Jornal da Energia 10/11/2009

Link: http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=1956&id_tipo=3&id_secao=9&id_pai=2&titulo_info=Pre%E7o%20inicial%20do%20leil%E3o%20fica%20em%20R%24189%20por%20MWh%3B%20investidores%20v%E3o%20fazer%20contas

Projetos do leilão de eólica vão receber benefícios tributários

Ministério de Minas e Energia acena para inclusão dos empreendimentos no Reidi

Os empreendimentos de geração que vierem a comercializar energia no leilão de energia eólica, que acontece em 14 de dezembro, poderão ser aprovados pelo Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), segundo informou comunicado do Ministério de Minas e Energia divulgado nesta segunda-feira (09/11). Assim, os investidores poderão se beneficiar com a suspensão por até 5 anos da cobrança de PIS/Cofins sobre os equipamentos adquiridos para a construção dos parques. De acordo com o MME, a garantia de aprovação dos projetos no programa permitirá aos empreendedores apresentar lances mais competitivos no leilão, reduzindo o preço de aquisição da energia de reserva e, conseqüentemente, da tarifa para o consumidor.

Fonte: Jornal da Energia – 09/11/2009

Link: http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=1941&id_tipo=2&id_secao=17&id_pai=0&titulo_info=Projetos%20do%20leil%E3o%20poder%E3o%20entrar%20no%20Reidi

06/11/2009

GE instala fábrica de aerogeradores no Brasil

Não tenho por hábito citar fabricantes ou empresas no blog, mas achei relevante esta notícia pelo simbolismo da GE no mercado de energia. Se eles estão apostando na energia eólica brasileira é por que sabem que a expoloração desta fonte é uma realidade de longo prazo. Muito relevante também o fato de os equipamentos terem índice de nacionalização superior a 60% o que torna possível o financiamento via BNDES.

Compartilho da opinião do Marcelo Prado de que o mercado pode ter competitividade no mercado livre a médio e longo prazo. Mas uma razão para seguir no caminho do vento. Já é uma sinalização de que os custos de implantação terão que acompanhar a queda de tarifa que viabilize a participação no mercado livre.

Segue o link para a matéria completa feita por Milton Leal para o Jornal da Energia em 04/11/2009:

http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=1911&id_tipo=2&id_secao=15&id_pai=0&titulo_info=GE%20instala%20f%E1brica%20de%20aerogeradores%20no%20Brasil%20e%20visa%2030%25%20do%20mercado

05/11/2009

Pedido de descupas e Novidades

O tradicional acúmulo de tarefas concorrentes tem me impedido de postar no ritmo em que estava nos últimos meses. Peço a compreensão de todos. No entanto, temos alguns temas técnicos interessantes para as próximas postagens. Diante de mais 2.000 MW de energia eólica chegando nos próximos anos, as preocupações com relação à qualidade de energia e estabilidade do sistema serão temas marcantes. Vou discutir estes assuntos por aqui com apoio do brilhante colega Mateus Duarte Teixeira. Em breve.

02/11/2009

ABEEólica projeta contratação entre 1,5 mil e 2 mil MW no leilão de eólicas

ABEEólica projeta contratação entre 1,5 mil MW e 2 mil MW no leilão de eólicas Número pode ser alcançado porque algumas termelétricas que contrataram energia nos últimos leilões podem atrasar ou não entrar em operação comercial.

A Associação Brasileira da Energia Eólica projeta uma contratação entre 1.500 MW e 2 mil MW no leilão de reserva exclusivo para eólicas previsto para o dia 14 de dezembro. Segundo o presidente da ABEEólica, Lauro Fiuza, o número pode ser alcançado porque algumas termelétricas que contrataram energia nos últimos leilões podem atrasar ou não entrar em operação comercial. "A eólica poderia ser uma boa solução para suprir essa lacuna", disse Fiuza, após participar nesta segunda-feira, 26 de outubro, do Seminário França-Brasil de Energias Renováveis e Biocombustíveis, realizado no Rio de Janeiro.

Na avaliação do executivo, o adiamento do certame - que estava programado inicialmente para o dia 25 de novembro, não é um problema, pois não vê outra razão que não o acúmulo de certificações de ventos que devem ser analisadas pela Empresa de Pesquisa Energética. Com mais de 13 mil MW de projetos cadastrados, o total de projetos surpreendeu a EPE, que precisou ajustar os prazos para a avaliação dos documentos.

Fiuza destacou ainda que a ABEEólica já está apresentando a integrantes do governo a proposta de regime especial de tributação para a indústria eólica - Renovento. Segundo ele, a questão é importante porque a redução do valor de investimento demandado pode significar para a energia eólica uma competitividade comparável com hidrelétricas ou térmicas a biomassa. Dados da proposta mostram que a carga tributária sobre a energia eólica corresponde a um patamar enntre 25,7% e 30,2% do investimento.

Fonte: Carolina Medeiros – Agência CanalEnergia – 26/10/2009