20/03/2014

É um absurdo, diz Rufino sobre atraso na ICG Ibiapina,da Chesf


Mais um exemplo do problema que persiste e mancha a reputação da fonte na matéria de Wagner Freire para o Jornal da Energia. 

Linha, de responsabilidade da estatal, se quer iniciou as obras de implantação 

Em mais um processo de concatenação de cronograma, o diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Donizete Rufino, demonstrou indignação ao saber que a ICG Ibiapina, no Ceará, sequer iniciou as obras de implantação. "A Chesf nem começou? É um absurdo", disse com surpresa, ao ser informado que a ICG Ibiapina também é uma concessão de responsabilidade da estatal Eletrobras.

Por causa do atraso na ICG, a Aneel se viu obrigada a concatenar o cronograma de operação comercial de cinco centrais eólicas da Energimp, vencedoras do 2º Leilão de Fonstes Alternativas (LFA) em 2010.

Aliás, não é a primeira vez que as eólicas Ventos do Parazinho (30MW-CE), Vento Formoso (30MW-CE), Ventos de Tianguá Norte (30MW-CE), Morro do Chapéu (30MW-CE) e Ventos de Tianguá (30MW-CE) têm suas datas de entrada em operação alteradas. O início de suprimento original era janeiro de 2013. Porém, um atraso no processo de licitação da ICG imputou uma postergação da operação das geradoras para setembro de 2013.

Acontece que, segundo a Aneel, até o momento a linha sequer teve suas obras iniciadas. A expectativa é que a ICG esteja pronta somente no final de fevereiro de 2015. Se o novo cronograma for respeitado, significa que as usinas vão entregar energia 25 meses depois do prazo inicialmente planejado no leilão em 2010.

Para o relator do processo, o diretor da Aneel José Jurhosa, a compatibilização dos prazos é o melhor a se fazer, pois atende ao interesse público na medida em que evita que o consumidor pelos contratos de sem ter a possibilidade de receber energia.

Vale observar que as centrais geradoras também não estão com suas obras concluídas. "No geral, o dano menor talvez seja o da concatenação, dado que mitiga o problema do atraso da ICG. O bem da verdade é que esse é um cenário absolutamente ruim. Todo mundo atrasou, ninguém cumpriu a sua obrigação contratual", desabafou Rufino. "De uma forma mais ou menos acentuada, acaba que o consumidor não tem acesso à energia que ele contratou a um preço mais baixo", completou.

Diante dos fatos, a diretoria da Aneel decidiu por concatenar a entrada em operação das cinco centrais eólicas com a operação da instalação de transmissão. Determinou que no prazo de 60 dias após a disponibilização da ICG os parques estejam em operação comercial. Afastou qualquer penalidade à Energimp. Postergou o pagamento de encargos pelo uso do sistema de transmissão e garantiu a validade do contrato de fornecimento pelo período de 20 anos contados a partir da entrada em operação comercial das geradoras.

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18/03/2014

Centro vai formar mão de obra qualificada para eólica

Boa Notícia. A falta de mão de obra especializada já atrapalha o segmento. Vejam a matéria do Jornal da Energia.

Protocolo foi assinado pela prefeitura de Rio Grande e Instituto IdealDa redaçãoFonte MaiorFonte Menor

A cidade de Rio Grande (RS) dá um passo importante para a produção de energia a partir do vento. Na última sexta-feira (14), foi assinado um protocolo para a criação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Energia Eólica do Sul (CPDEO-Sul). Com o acordo, instituições públicas e privadas, juntamente com o poder público, pretendem alcançar conhecimento e formar mão de obra qualificada na área de energia eólica.

O protocolo foi assinado pela prefeitura do município, o Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal), a Eletrosul, o Sindicato da Indústria de Energia Eólica do Rio Grande do Sul (Sindieólica- RS) e as universidades federais de Rio Grande (Furg), Pelotas (UFPel) e Santa Maria (UFSM).

Para o presidente do Ideal, Mauro Passos, a assinatura vai reforçar o papel do Estado não só como usuário do vento, mas como conhecedor de suas potencialidades energéticas. O Ideal foi fundamental para a criação do Centro, contribuindo com a ideia inicial e despertando o interesse entre os diversos setores para a questão.

“Foram quase dois anos de tratativas com o poder público, com o mundo acadêmico e investidores em energia eólica. Conseguimos unir e comprometer os diferentes setores ao se criar o CPDEO-Sul. Abrem-se as possibilidades de desenvolvermos tecnologias próprias”, afirma Passos.