18/01/2011

Eletrosul toca obras do parque eólico Cerro Chato, no Rio Grande do Sul

Estatal já construiu as bases dos aerogeradores para usinas que vão somar 90MW de capacidade instalada
A Eletrobras Eletrosul anunciou nesta segunda-feira (17/1) que as primeiras bases dos aerogeradores que irão formar o parque eólico Cerro Chato, que a estatal constrói, em parceria com a Wobben, na cidade de Sant´Ana do Livramento, no Rio Grande do Sul, já estão concluídas. As obras das fundações tiveram início em dezembro e até o momento foram concretadas três bases, de um total de 45, que formam as três usinas do complexo. Para marcar a data será realizada uma visita técnica ao empreendimento no dia 19 de janeiro com a presença de diretores das duas empresas, autoridades locais e imprensa.
Esta é a primeira planta para geração através dos ventos da Eletrosul - a concessão foi conquistada no primeiro leilão de energia eólica promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em dezembro de 2009. Na ocasião, a estatal vendeu energia a um preço de R$131 por MWh - o que a tornou, na época, a usina mais barata do País. Os trabalhos iniciaram pelo parque III – o primeiro a ser construído – sendo que em cada base foram utilizadas cerca de 50 toneladas de ferro para a armadura e lançados 500 m³ de concreto.
De acordo com o engenheiro Franklim Fabrício Lago, coordenador da implantação do complexo eólico, a previsão é de até o final do mês de janeiro outras cinco bases estejam concluídas. Finalizada esta etapa iniciam os trabalhos de montagem dos aerogeradores, prevista para fevereiro de 2011. As primeiras torres e alguns equipamentos chegam a Sant´Ana do Livramento ainda neste mês.
“O transporte dos equipamentos está demandando um planejamento de logística apurado, pois eles virão da Alemanha, de Sorocaba (SP) e Gravataí”, explica o diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ronaldo Custódio, lembrando que o uso de materiais da região foi decisivo na composição do preço final do empreendimento.
A construção da usina eólica – cuja conclusão deve acontecer no segundo semestre de 2011 – representa investimentos de R$ 400 milhões e a geração de 1.300 empregos diretos e 1.800 indiretos. Os módulos do parque somam 90MW em capacidade instalada. A planta é resultado de uma parceria formada pela Eletrosul (90%) junto à Wobben (10%), subsidiária no Brasil da alemã Enercon, fabricante de aerogeradores. As duas empresas constituíram a Eólica Cerro Chato S/A, responsável pela implantação, manutenção e operação das usinas.
O empreendimento, que faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2), contará, ainda, com uma subestação coletora em 230kV e uma linha de transmissão que levará a energia produzida até a Subestação Livramento 2, a partir da qual será distribuída para o Sistema Interligado Nacional.

15/01/2011

Renova Energia critica demora em licença ambiental para eólicas na Bahia

Estado afirma que tomará providências para agilizar o processo e não atrasar empreendimentos
Os entraves para a concessão de licenças ambientais para novos parques eólicos na Bahia gerou críticas ao governo do Estado por parte dos empreendedores. Nesta semana, em reunião na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), o diretor de operações da Renova Energia, Renato Amaral, abordou a questão frente a representantes do governo e do setor produtivo. 
"Por mais que pareça uma incongruência, a burocracia na concessão de licenças ambientais está impedindo que a energia chamada limpa se expanda na Bahia", alertou o executivo. A Renova Energia comercializou, nos últimos leilões de energia do governo, 456MW de parques eólicos a serem implantados no Estado. As plantas agora dependem apenas da liberação ambiental para terem as obras iniciadas. 
O secretário de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, James Correia, o desafio é simplificar os processos sem descuidar dos controles ambientais. “Os maiores entraves do setor energético são as questões ambientais, como a indefinição na outorga do uso da água, falta de padronização e prazos nos processos de licenciamento ambiental. Contudo, a energia gerada pelos ventos impacta pouco e tem resultado econômico surpreendente”, lembrou Correia. 
O secretário do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, garantiu que o governo baiano está adotando medidas para melhorar o serviço prestado e garantir tanto a agilidade quanto a qualidade do processo. ”O ideal é que tenhamos prazos compatíveis com a demanda. Comum é dizer que o licenciamento atravanca, mas tem muitos projetos mal feitos”, destacou Spengler. 
Terceiro maior estado em número de empreendimentos contratados nos leilões de energia renovável, a Bahia tem 34 projetos em implantação que somam R$ 4 bilhões em investimentos e previsão de gerar três mil empregos diretos. Para os próximos anos são esperados investimentos de mais de R$ 16 bilhões, baseando-se apenas nos protocolos já assinados entre empresas e o Estado. 
Marcelo Guedes, coordenador de Meio Ambiente do Ministério Público, afirma que há um avanço perceptível nas questões ambientais. “Não se pode deixar de fazer as exigências legais de proteção ao meio ambiente, contudo é preciso mudar a forma, os procedimentos”, admitiu. 
O secretário Spengler, do Meio Ambiente, reconheceu a necessidade de simplificação de alguns processos. Segundo ele, está prevista a criação de um manual de licenciamento, cujo objetivo é levar aos empreendedores as informações necessárias previamente para a abertura do processo de licenciamento junto ao órgão ambiental. 
Além disso, o governo promete que serão adotadas medidas como a unificação de atos autorizativos numa única diretoria de licenciamento. Assim, a outorga, a supressão de vegetação, a anuência e o licenciamento poderão ser obtidos num só lugar. Outra ideia é fazer licenciamentos por regiões, a exemplo do que aconteceu no programa Luz para Todos. 
Rafael Valverde, secretário-executivo da Câmara sobre Energia, ressaltou que acredita na negociação e no entendimento entre as partes. “Estamos em fase de elaboração de normas técnicas para estabelecimentos de padrões no licenciamento ambiental. Isso é um avanço já conquistado pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial”.


Comento
Parte deste problema está no fato de que a concessão para geração de energia é nacional mas a licença ambiental é estadual. Falta uniformidade no tratamento do tema em cada estado. A maior dificuldade em um  ou outro estado somente leva o investidor a migrar para estados menos complicados.

11/01/2011

Vale a pena relembrar!

O potencial eólico brasileiro pode superar 300 GW segundo novos estudos com alturas acima de 50 metros. Os leilões de energia de 2009 e 2010 mostraram que a energia eólica tem condições de competir em igualdade de condições com outras fontes e assim garantir a modicidade tarifária no Brasil.
Porém deixando de lado as questões políticas e econômicas devemos lembrar que a energia elétrica a partir de fonte eólica é uma solução eficaz para conter o aquecimento global. Vale a pena rever o vídeo do link abaixo:
Energia Eólica - Cinco razões para agira agora: 
1. A Energia eólica é limpa, sua viabilidade está comprovada e está disponível em quase toda o planeta; 
2. A energia eólica faz parte do mix de energia de 70 países; 
3. Centrais de Geração a partir de Energia eólica podem ser implantadas em larga escala em uma questão de meses; 
4. A energia eólica evitará a emissão 10 bilhões de toneladas de CO2 (ou mais, só depende de nós!!!) até 2020; 
5. Precisamos desenvolver a tecnologia eólica como forma de contribuir no esforço para evitar as mudanças climáticas. 
A energia eólica é uma realidade... passe isto adiante! Nossos líderes devem conhecer estes fatos. devemos agir agora. 

Tradução livre (salvo comentários em negrito)

09/01/2011

Estudo afirma que União Europeia cumprirá meta de 20% de renováveis até 2020

Estudo afirma que União Europeia cumprirá meta de 20% de renováveis até 2020 Energia eólica deve ultrapassar hidrelétrica na região e passar a responder por 14% da demanda
A meta proposta pela União Europeia para reduzir as emissões de carbono - que compreende chegar a 2020 com ao menos 20% de sua energia gerada por fontes renováveis - será cumprida e até mesmo ultrapassada. A previsão consta de estudo da Associação Europeia de Energia Eólica (EWEA, na sigla em inglês), que analisou os planos de ação para a área entregues pelos 27 países membros do bloco à Comissão Europeia. 
Os cálculos da EWEA apontam para uma Europa que, em 2020, atenderá 34% de sua demanda por eletricidade através de fontes renováveis. O destaque fica por conta da energia eólica, que deve liderar os investimentos e ajudar o continente a cumprir seus objetivos. Ao confrontar os planos de cada país, a associação chega à conclusão de que os ventos vão gerar 14% de toda a energia elétrica consumida na Europa em 2020 - 494TWh, vindos de parques que somarão 213GW em capacidade instalada. 
Dos 14% da carga europeia que deverão ser produzidos pelas turbinas eólicas, 10% devem sair de aerogeradores instalados em terra firme, enquanto 4% virão de usinas offshore - construídas em alto mar. Com essa participação na matriz, o vento ultrapassaria a hidreletricidade, que seria responsável, em 2020, por 10,5% da demanda. Em seguida aparecem a geração a biomassa (6,6%), a solar fotovoltaica (2,4%), a solar concentrada (CPS, com 0,5%), a geotérmica (0,3%) e geração a partir do mar (0,1%). 
Ao analisar os projetos individuais dos países, a EWEA afirma que 15 deles planejam ultrapassar as metas estabelecidas, enquanto 10 afirmam que conseguirão cumprir o compromisso. Apenas Luxemburgo e Itália disseram à Comissão Europeia que dificilmante atingirão o objetivo. 
"É muito animador que 25 dos 27 países da União Europeia pretendam exceder ou chegar à meta. Isso mostra que a vasta maioria das nações claramente entendeu os benefícios de implantar tecnologias em energia, particularmente em geração eólica", comenta Justin Wilkes, diretor de políticas da EWEA. 
Fonte: Luciano Costa do Jornal da Energia

07/01/2011

Renova Energia obtém financiamento de R$904 mi para 14 parques eólicos

Companhia fechou acordos com o BNDES e o BNB para construir usinas que somarão 294,4MWDa redação
A Renova Energia comunicou ao mercado que obteve a aprovação de financiamentos para seus 14 projetos eólicos contratados no primeiro leilão exclusivo para a fonte, promovido pelo governo em dezembro de 2009. No total, a companhia conseguiu R$904,6 milhões para os empreendimentos junto ao Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao Banco do Nordeste (BNB). O montante representa aproximadamente 77% do total de investimentos previstos, que chega a R$1,17 bilhão. 
Os parques Pajeú do Vento, Planaltina, Porto Seguro, Nossa Senhora da Conceição, Guirapá, Serra do Salto, Guanambi, Alvorada e Rio Verde foram aprovados pelo BNDES e receberão R$588,9 milhões. O financiamento, que representa cerca de 74% do total previsto para os projetos, terá até dois anos de carência de juros e 16 anos de prazo de amortização. Esses parques totalizam 195,2MW de capacidade e 84MWmédios de energia firme contratada. 
Os outros cinco parques da Renova obtiveram R$315,6 milhões junto ao Banco do Nordeste, sendo R$183,7 milhões dentro da linha FNE Verde e R$132 milhões na linha PSI-Finame do BNDES. O total liberado representa em torno de 80% do orçamento previsto para as usinas eólicas, que somarão 99,2MW de capacidade e 43MWmédios. 
Juntos, os 14 parques vão totalizar 294,4MW de potência instalada e contarão com turbinas eólicas da GE. As obras civis serão tocadas por um consórcio formado entre Queiroz Galvão e Mercurius Engenharia, enquanto o pacote eletromecânico será contratado junto à ABB. A previsão é de que as usinas iniciem a operação em 1º de julho de 2012.

05/01/2011

Parque eólico do Proinfa inicia operação em testes

Usina de Alhandra está entre os projetos ainda não concluídos do programa do governo

Após quase sete anos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), lançado pelo governo federal para impulsionar a energia renovável, o parque eólico de Alhandra, na Paraíba, vai colocar sua primeira máquina em operação. O prazo para que as usinas viabilizadas pelo Proinfa começassem a gerar energia era até 31 de dezembro de 2010, mas a Medida Provisória 517, aprovada pelo governo Lula nos últimos dias de sua gestão, adiou a data limite para o final de 2011. 
Nesta quarta-feira (4/1), o Diário Oficial da União publicou a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que a Cedin do Brasil, responsável pelo parque eólico, coloque a primeira unidade geradora em operação para testes. A máquina responde por 2,1MW dos 5,4MW previstos para o empreendimento. Após a conclusão dos testes, a companhia poderá solicitar à agência permissão para gerar energia comercialmente.

Fonte: Jornal da Energia