24/01/2011

Grupo lança selo de energia eólica para produtos

Etiqueta vai diferenciar empresas que usam energia dos ventos na produção das mercadorias 
O Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) anunciou nesta terça-feira (18/1), durante encontro em Abu Dabhi, o lançamento do selo WindMade - criado para identificar produtos fabricados com o uso de energia eólica. A medida é resultado de uma parceria entre a entidade, a organização ambientalista WWF, a fornecedora de aerogeradores Vestas e outras empresas. 
A etiqueta é a primeria iniciativa global nesse sentido e tem como objetivo oferecer ao consumidor o poder de escolha por um produto ambientalmente sustentável. O secretário geral do GWC, Steve Sawyer, afirma que a ideia é atender a uma demanda dos próprios consumidores que queiram fazer algo contra a mudança climática. 
De acordo com um comunicado emitido após o lançamento, os promotores da iniciativa realizaram uma pesquisa de mercado antes de tornar realidade o selo. Os resultados teriam apontado que 92% dos entrevistados acreditam que as fontes renováveis de energia são uma boa solução para reduzir os efeitos da mudança climática. Segundo os responsáveis pela WindMade, a maioria também garantiu que, caso pudesse escolher, daria preferência a produtos feitos com energia eólica, "mesmo que custem um pouco mais".  
"Queremos construir uma ponte para a energia limpa entre os consumidores e as empresas responsáveis e dar ao consumidor a opção de escolher produtos mais sustentáveis", explica o presidente da Vestas, Ditlev Engel. O executivo ainda diz que espera que mais companhias se juntem à iniciativa. 
Segundo os promotores da etiqueta, um grupo técnico de especialistas está elaborando o que será o proceesso de certificação para se obter o selo. A iniciativa será apresentada com mais detalhes em uma reunião durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, em junho.

Sulzon assina contrato para fornecer 218MW em turbinas eólicas no Brasil

Companhia vai montar e operar projetos da Martifer no Ceará e no Rio Grande do Norte

A indiana Suzlon anunciou nesta sexta-feira (21/1) que recebeu uma encomenda para fornecer 218MW em aerogeradores para parques de geração de energia eólica no Brasil. O negócio foi acertado com a Martifer Renováveis e envolve a implantação, operação e manutenção de usinas nos Estados do Ceará e do Rio Grande do Sul. Serão 104 máquinas do modelo S88, com 2,1MW de potência cada. 
De acordo com o cronograma, o projeto será comissionado em fases até junho de 2012. A Suzlon destaca que a adição de 218 MW irá aumentar a presença da companhia indiana no Brasil para um total de 600 MW instalados - montante equivalente a mais da metade da capacidade eólica instalada no País. 
A Martifer atua em 16 países e conta conta com mais de 4 mil funcionários para o desenvolvimento e operação de projetos de energia renovável. A companhia conta com 18 usinas em operação no mundo e conta com uma carteira de mais de 4.000MW em projetos de energia eólica e solar para países como Portugal, Estados Unidos, Alemanha, Brasil e Polônia. 
O CEO da Martifer Renováveis Brasil, Armando Abreu, mostra-se otimista com a nova parceria fechada com os indicanos. "A Suzlon, além de líder no Brasil, possui vasta experiência no mercado de energia eólica em economias emergentes. Estamos confiantes de que a Suzlon é a parceira certa para nós. Esperamos um relacionamento longo e gratificante para ambas as companhias.” 
Fonte: Jornal da Energia

19/01/2011

Omega Energia fecha a compra de 270MW em projetos de PCHs da Ecopart

Companhia também criará com a Ecopart uma holding voltada para explorar energia eólica
A Omega Energia fechou acordo para a compra do porfólio de projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) da Ecopart. A carteira, que inclui projetos em diferentes estágios de maturação - desde usinas em fase de estudos iniciais de inventário até aquelas em fase final de licenciamento ambiental - soma 270MW em capacidade instalada. Com a aquisição, a Omega passa a possuir mais de 1.000MW em projetos de pequenas hidrelétricas.
Na mesma transação, Omega e Ecopart fecharam a constituição de uma holding destinada ao desenvolvimento de empreendimentos para a geração de energia eólica. Os projetos já existentes nas carteiras das companhias têm uma capacidade potencial combinada superior a 3.000MW, com projeção de construção de parques nas regiões Sul e Nordeste.
Antonio Augusto Bastos Filho, CEO da Omega Energia, destaca a grande sinergia entre a geração de fontes hidráulica e eólica como uma das razões para o investimento da empresa. Ele acredita que a construção de algumas das usinas eólicas em estudo pode começar já em 2011. "Temos alguns projetos com licença de instalação (LI) no portfólio e estamos trabalhando na estruturação da implantação dessas usinas". Segundo Bastos, os parques poderão ser viabilizados tanto com a venda de energia em leilões do governo quanto para consumidores livres, ainda neste ano.
O CEO da Omega destaca o ingresso da companhia na geração eólica, mas ressalta que o foco vai continuar na geração hidrelétrica. "Além de nosso já extenso portfólio de PCHs em estudo, que cresce com essa aquisição, temos conduzido estudos de viabilidade de centrais hidrelétricas sustentáveis de maior porte, entre 50MW e 200MW que queremos levar a leilão nos próximos anos", revela o executivo.
A Omega, criada em janeiro de 2008 pela Tarpon Investimentos e pela Winbros, recebeu em outubro do ano passado um aporte de R$350 milhões e a entrada de um novo sócio no negócio, o fundo americano Warburg Pincus.
Fonte: Jornal da Energia

18/01/2011

Eletrosul toca obras do parque eólico Cerro Chato, no Rio Grande do Sul

Estatal já construiu as bases dos aerogeradores para usinas que vão somar 90MW de capacidade instalada
A Eletrobras Eletrosul anunciou nesta segunda-feira (17/1) que as primeiras bases dos aerogeradores que irão formar o parque eólico Cerro Chato, que a estatal constrói, em parceria com a Wobben, na cidade de Sant´Ana do Livramento, no Rio Grande do Sul, já estão concluídas. As obras das fundações tiveram início em dezembro e até o momento foram concretadas três bases, de um total de 45, que formam as três usinas do complexo. Para marcar a data será realizada uma visita técnica ao empreendimento no dia 19 de janeiro com a presença de diretores das duas empresas, autoridades locais e imprensa.
Esta é a primeira planta para geração através dos ventos da Eletrosul - a concessão foi conquistada no primeiro leilão de energia eólica promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em dezembro de 2009. Na ocasião, a estatal vendeu energia a um preço de R$131 por MWh - o que a tornou, na época, a usina mais barata do País. Os trabalhos iniciaram pelo parque III – o primeiro a ser construído – sendo que em cada base foram utilizadas cerca de 50 toneladas de ferro para a armadura e lançados 500 m³ de concreto.
De acordo com o engenheiro Franklim Fabrício Lago, coordenador da implantação do complexo eólico, a previsão é de até o final do mês de janeiro outras cinco bases estejam concluídas. Finalizada esta etapa iniciam os trabalhos de montagem dos aerogeradores, prevista para fevereiro de 2011. As primeiras torres e alguns equipamentos chegam a Sant´Ana do Livramento ainda neste mês.
“O transporte dos equipamentos está demandando um planejamento de logística apurado, pois eles virão da Alemanha, de Sorocaba (SP) e Gravataí”, explica o diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ronaldo Custódio, lembrando que o uso de materiais da região foi decisivo na composição do preço final do empreendimento.
A construção da usina eólica – cuja conclusão deve acontecer no segundo semestre de 2011 – representa investimentos de R$ 400 milhões e a geração de 1.300 empregos diretos e 1.800 indiretos. Os módulos do parque somam 90MW em capacidade instalada. A planta é resultado de uma parceria formada pela Eletrosul (90%) junto à Wobben (10%), subsidiária no Brasil da alemã Enercon, fabricante de aerogeradores. As duas empresas constituíram a Eólica Cerro Chato S/A, responsável pela implantação, manutenção e operação das usinas.
O empreendimento, que faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2), contará, ainda, com uma subestação coletora em 230kV e uma linha de transmissão que levará a energia produzida até a Subestação Livramento 2, a partir da qual será distribuída para o Sistema Interligado Nacional.

15/01/2011

Renova Energia critica demora em licença ambiental para eólicas na Bahia

Estado afirma que tomará providências para agilizar o processo e não atrasar empreendimentos
Os entraves para a concessão de licenças ambientais para novos parques eólicos na Bahia gerou críticas ao governo do Estado por parte dos empreendedores. Nesta semana, em reunião na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), o diretor de operações da Renova Energia, Renato Amaral, abordou a questão frente a representantes do governo e do setor produtivo. 
"Por mais que pareça uma incongruência, a burocracia na concessão de licenças ambientais está impedindo que a energia chamada limpa se expanda na Bahia", alertou o executivo. A Renova Energia comercializou, nos últimos leilões de energia do governo, 456MW de parques eólicos a serem implantados no Estado. As plantas agora dependem apenas da liberação ambiental para terem as obras iniciadas. 
O secretário de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, James Correia, o desafio é simplificar os processos sem descuidar dos controles ambientais. “Os maiores entraves do setor energético são as questões ambientais, como a indefinição na outorga do uso da água, falta de padronização e prazos nos processos de licenciamento ambiental. Contudo, a energia gerada pelos ventos impacta pouco e tem resultado econômico surpreendente”, lembrou Correia. 
O secretário do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, garantiu que o governo baiano está adotando medidas para melhorar o serviço prestado e garantir tanto a agilidade quanto a qualidade do processo. ”O ideal é que tenhamos prazos compatíveis com a demanda. Comum é dizer que o licenciamento atravanca, mas tem muitos projetos mal feitos”, destacou Spengler. 
Terceiro maior estado em número de empreendimentos contratados nos leilões de energia renovável, a Bahia tem 34 projetos em implantação que somam R$ 4 bilhões em investimentos e previsão de gerar três mil empregos diretos. Para os próximos anos são esperados investimentos de mais de R$ 16 bilhões, baseando-se apenas nos protocolos já assinados entre empresas e o Estado. 
Marcelo Guedes, coordenador de Meio Ambiente do Ministério Público, afirma que há um avanço perceptível nas questões ambientais. “Não se pode deixar de fazer as exigências legais de proteção ao meio ambiente, contudo é preciso mudar a forma, os procedimentos”, admitiu. 
O secretário Spengler, do Meio Ambiente, reconheceu a necessidade de simplificação de alguns processos. Segundo ele, está prevista a criação de um manual de licenciamento, cujo objetivo é levar aos empreendedores as informações necessárias previamente para a abertura do processo de licenciamento junto ao órgão ambiental. 
Além disso, o governo promete que serão adotadas medidas como a unificação de atos autorizativos numa única diretoria de licenciamento. Assim, a outorga, a supressão de vegetação, a anuência e o licenciamento poderão ser obtidos num só lugar. Outra ideia é fazer licenciamentos por regiões, a exemplo do que aconteceu no programa Luz para Todos. 
Rafael Valverde, secretário-executivo da Câmara sobre Energia, ressaltou que acredita na negociação e no entendimento entre as partes. “Estamos em fase de elaboração de normas técnicas para estabelecimentos de padrões no licenciamento ambiental. Isso é um avanço já conquistado pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial”.


Comento
Parte deste problema está no fato de que a concessão para geração de energia é nacional mas a licença ambiental é estadual. Falta uniformidade no tratamento do tema em cada estado. A maior dificuldade em um  ou outro estado somente leva o investidor a migrar para estados menos complicados.

11/01/2011

Vale a pena relembrar!

O potencial eólico brasileiro pode superar 300 GW segundo novos estudos com alturas acima de 50 metros. Os leilões de energia de 2009 e 2010 mostraram que a energia eólica tem condições de competir em igualdade de condições com outras fontes e assim garantir a modicidade tarifária no Brasil.
Porém deixando de lado as questões políticas e econômicas devemos lembrar que a energia elétrica a partir de fonte eólica é uma solução eficaz para conter o aquecimento global. Vale a pena rever o vídeo do link abaixo:
Energia Eólica - Cinco razões para agira agora: 
1. A Energia eólica é limpa, sua viabilidade está comprovada e está disponível em quase toda o planeta; 
2. A energia eólica faz parte do mix de energia de 70 países; 
3. Centrais de Geração a partir de Energia eólica podem ser implantadas em larga escala em uma questão de meses; 
4. A energia eólica evitará a emissão 10 bilhões de toneladas de CO2 (ou mais, só depende de nós!!!) até 2020; 
5. Precisamos desenvolver a tecnologia eólica como forma de contribuir no esforço para evitar as mudanças climáticas. 
A energia eólica é uma realidade... passe isto adiante! Nossos líderes devem conhecer estes fatos. devemos agir agora. 

Tradução livre (salvo comentários em negrito)