31/07/2009

Eólica: EPE diz que instabilidade da geração não preocupa

Órgão compara eólicas a hidrelétricas no que diz respeito à intermitência da geração e defende sinergia entre as duas fontes.

O diretor de estudos econômicos e energéticos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Amílcar Guerreiro, afirmou nesta quinta-feira (30/07) que a instabilidade de geração das usinas eólicas não é uma grande preocupação para o órgão e defendeu os investimentos na fonte.

"A energia hidrelétrica de usinas a fio d'água é muito mais instável do que a eólica e nós lidamos com isso normalmente. Apesar de ser variável, é uma fonte mais previsível", afirmou o diretor, que participou de evento em São Paulo. Guerreiro seguiu comparando as duas fontes. "Dos anos 60 para cá, houve uma grande expansão hidrelétrica e muitos estudos sobre esse recurso. Agora, é preciso fazer isso com as eólicas: ter uma visão sistêmica da fonte. Naquela época, já sabíamos que havia um potencial hidrelétrico muito grande, assim como hoje sabemos do potencial eólico".

Segundo o diretor da EPE, a complementaridade entre os dois recursos é um ponto chave para justificar os investimentos na energia gerada pelo vento. "O grande benefício, muito mais do que a segurança energética e a questão ambiental, é a sinergia entre os recursos hídricos e eólicos. Nos períodos em que há mais vento é justamente quando temos menos água nos reservatórios", justificou.

Leilão - Guerreiro admitiu que o formato do certame de energia eólica, marcado para 25 de novembro, "ainda não é o ideal, mas está próximo". Ele também evitou comentar a quantidade de energia que será ofertada no leilão. "Tem que ser algo compatível com o mercado, que teve uma queda boa, e com a realidade que a oferta de projetos determina. Vamos favorecer a competição". O diretor garantiu que, se desenvolvida uma sinergia entre eólicas e hidrelétricas, será possível oferecer um preço "muito bom para o consumidor".

Fonte: Luciano Costa – Jornal da Energia (www.jornaldaenergia.com.br) – 30/07/2009

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