04/10/2012

Sem ICGs, 294,4 MW eólicos da Renova Energia são considerados aptos a operar, mas com datas distintas


Agora o consumidor começa a pagar a conta pelas falhas de todos: EPE, ANEEL, CHESF, etc... 

Medida permite que empresa receba por usinas que não estão gerando energia para o sistema; no entanto, revisão de cronograma poderá incidir em perda de receita de alguns empreendimentos.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio da sua Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração, considerou que 294,4MW eólicos da Renova Energia estão aptos a entrarem em operação, reconhecendo que quatro usinas estariam prontas para operar desde a partir de 1º de  julho deste ano,  oito desde  27 de julho e duas a partir de 29 de agosto. 

Com isso, a Renova passa a ter o direito de receber as remunerações previstas para essas usinas a partir das respectivas datas, inclusive retroativamente. No entanto, ao não considerar todas como 1º de julho, a companhia poderá ter uma perda de receita.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliárias (CVM), o  diretor de Relações com Investidores da Renova, Pedro Villas Boas Pileggi, disse estar em contato com a Aneel para "obter esclarecimentos" a respeito dos critérios utilizados na determinação das datas de reconhecimento da operação dos parques eólicos.

"A Renova entende que todas as usinas estavam aptos a operar na data prevista contratualmente, qual seja, 1º de julho de 2012", questionou o diretor.

Essas plantas venderam energia no leilão de 2009, mas não podem despachar energia para o sistema elétrico pela ausência da linha de transmissão Igaporã (ICG), de responsabilidade de Chesf, que só ficará pronta em 2013.

Outras autorizações
Da mesma forma, a Aneel autorizou nesta segunda-feira (1/10) que sete parques eólicos da CPFL Renováveis fossem considerados aptos a operar. Essas usinas somam 188MW no Rio Grande do Norte e aguardam a conclusão da IGC João Câmara.

Até o final da semana, usinas da Dobrevê Energia, que estão na mesma situação, também receberão o aval da agência reguladora. A companhia aguarda a receita de 144MW, oriundos de parques implantados também no Rio Grande do Norte.


03/10/2012

LM Wind inicia instalação de fábrica em PE


Acabou o segredo. Vejam a matéria de Fabiola Binas para o Jornal da Energia.

Planta será construída no Complexo Industrial Portuário de Suape

A dinamarquesa LM Wind oficializou nesta terça-feira (2/10), o início da construção de sua primeira planta no Brasil, que ficará no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco. O projeto, que já estava nos planos da fabricante de pás eólicas, deve consumir R$ 100 milhões em investimentos.

Com a instalação do empreendimento, fruto de uma joint venture com a Eólice, a LM abre espaço para expansão dos negócios com a possibilidade de fornecer pás, não só para o Brasil, mas também para o mercado latino-americano. A expectativa é de que a fábrica comece a produzir pás eólicas em setembro de 2013.

"Um número de clientes estratégicos pediram à LM que apoiasse seus esforços no desenvolvimento do mercado de energia eólica no Brasil e na toda América Latina”, comentou o CEO of LM Wind Power, Leo Schot ao acrescentar que o anúncio reforça o comprometimento da empresa em acompanhar a demanda de seus parceiros.

Oportunidade
Em agosto, durante o evento PE Business, o diretor comercial da LM Wind, Richard Pettifor conversou com o Jornal da Energia, quando afirmou que o governo brasileiro vem dando apoio significativo para o setor eólico, o que tem propiciado um ambiente favorável da desenvolvimento da indústria por aqui.

O executivo chegou a dizer que a empresa estudava a possibilidade instalar de uma segunda fábrica por aqui, caso as condições continuem favoráveis aos negócios. Ainda sobre escolha de Pernambuco para a primeira planta, ele disse a empresa encontrou no estado benefícios como a localização privilegiada, custos competitivos, apoio governamental e força de trabalho adequada. 


30/09/2012

Depois de dois meses deu no Estadão: 32 parques eólicos estão parados à espera de transmissão de energia


Ainda que com alguma demora, o paradoxo das ICG´s e o planejamento da transmissão focado somente na demanda suscitaram matéria em jornais de grande circulação. Seria de grande valia que esta discussão se desse além dos profissionais diretamente relacionados ao segmento uma vez que tais anomalias certamente resultarão em prejuízos aos consumidores finais. Com relação às receitas a serem recebidas com geração, há cálculos bem maiores que os R$ 370 milhões citados na reportagem. 



Dados da Aneel mostram que 32 dos 71 parques eólicos leiloados em 2009 estão parados por causa da falta de linhas de transmissão


SÃO PAULO - Quase metade das usinas licitadas no primeiro leilão de energia eólica do Brasil está pronta sem poder gerar um único megawatt (MW) de eletricidade. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que 32 dos 71 parques eólicos leiloados em 2009 estão parados por causa da falta de linhas de transmissão. "Houve um descasamento entre a entrega das usinas e do sistema de transmissão", afirmou o diretor da agência reguladora, Romeu Rufino.

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), estatal do Grupo Eletrobrás, venceu o leilão das linhas de transmissão, mas não concluiu nenhum projeto - em alguns casos, nem iniciou as obras. Pelas regras do contrato, o sistema de transmissão teria de ser concluído na mesma data dos parques eólicos para permitir o início dos testes. Mas, na melhor das hipóteses, a conexão com as usinas apenas se dará em julho do ano que vem.

Consequentemente, as obras do sistema de transmissão dos parques licitados em 2010 também ficarão comprometidas. No mercado, algumas empresas foram informadas de que os cronogramas de empreendimentos marcados para setembro de 2013 foram estendidos para janeiro de 2015.

Rufino afirmou que a Aneel tem discutido constantemente com a estatal para tentar resolver o problema e diminuir os impactos para o consumidor.

Segundo ele, não está descartada a possibilidade de fazer uma instalação provisória enquanto a definitiva não é concluída. Apesar de não poderem produzir energia, as geradoras terão direito de receber a receita fixa prevista nos contratos de concessão. Pelos cálculos da Aneel, as 32 usinas têm receitas de R$ 370 milhões a receber.


21/09/2012

Leilões Adiados

Fonte: Abeeólica

As portarias abaixo adiam os leilões A-3 e A-5 respectivamente para 12 e 14 de Dezembro. Ao que parece a declaração das distribuidoras foi pífia novamente. 




17/09/2012

Setor ainda tem muitas dúvidas quanto a realização do leilão A-3



Agentes colocam em xeque a realização da licitação, marcada para 18 de outubro; data já foi adiada três vezes

Sob o impacto das relevantes mudanças causadas no setor de energia após a publicação da Medida Provisória da renovação das concessões e ainda com dúvidas sobre a cassação de termelétricas do Grupo Bertin que não devem sair do papel, os agentes começam a colocar em xeque a realização do leilão A-3, adiado mais uma vez pelo governo. Pelo menos é o que se ouviu nos corredores do Energy Summit, evento que acontece no Rio de Janeiro e acaba nesta sexta-feira (14/9).

Um executivo ligado a uma companhia geradora analisou que o momento é crítico. “Até que tudo se estabilize, pelo menos nos próximos meses, as distribuidoras vão ficar temerárias em relação à sua demanda”. Ele ainda afirmou que “a gente pode passar o ano sem mais nenhum leilão”.

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Fonseca Leite, manteve a cautela ao dizer que o segmento não foi o mais impactado pela MP das Concessões, que teria até apresentado aspectos positivos. Mas, em relação ao A-3, Leite admitiu a incerteza. “Nós corremos risco de não ter o leilão”.

As distribuidoras já apresentaram ao Ministério seu posicionamento em relação ao que vão precisar em termos de contratação de energia - se é que vão precisar, uma vez que essas informações ainda não foram divulgadas.

“Pode haver uma retração da demanda, mas não posso afirmar que haverá. Ainda temos que analisar com muito cuidado tudo isso”, ponderou Leite, sobre a possibilidade de haver ou não necessidade de compra por parte das distribuidoras.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, comentou que está "postergando (o certame) à espera de uma decisão da Aneel sobre a cassação das térmicas (da Bertin)”. 

O leilão de energia A-3 foi marcado originalmente ainda no ano passado e era previsto para 22 de março. Depois, ficou para 28 de junho. Depois, o certame foi remarcado para 11 de outubro. Agora, a data prevista é 18 de outubro. Tolmasquim chegou a admitir que a licitação pode nem ser realizada, uma vez que, mesmo com as cassações de usinas, as distribuidoras podem não precisar ir às compras. "O A-3 está em abertou", ponderou o executivo do governo.


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