22/07/2011

Abeeólica vê fonte competitiva em ambos os leilões, mas questiona diferença de preço

Certame A-3 tem tarifa-teto de R$139 por MWh, enquanto o de reserva terá início com valor de R$146 por MWh 
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou preços-teto diferentes para os leilões de energia A-3 e de reserva que irá promover em agosto. Para o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Ricardo Simões, ainda não está clara esta intenção da agência em firmar uma diferença de R$7 por MWh (respectivamente R$139 e R$146/MWh), mas a usinas que utilizam a força dos ventos entrarão fortes em ambos os certames.
Apesar de desconhecer os motivos da disparidade nos preços das licitações, Simões considera justo o patamar colocado pelo governo. "O teto fixado faz todo sentido, por volta de R$140/MWh. Mas não entendemos a razão dessa mudança, dessa diferença. Talvez R$146/MWh para ambos seria o ideal. Vamos ver a publicação do edital na íntegra para ver se alguma alteração relevante no edital justifica essa diferença de preços", afirmou o especialista em entrevista ao Jornal da Energia. 
Sobre essa diferença causar algum direcionamento da fonte para o leilão de reserva, Simões ainda insiste que pode haver algum outro motivo para a decisão da Aneel. "Eu não acredito que fizeram isso para chamar as eólicas para o certame de reserva. Deve haver outra razão, seria muito óbvio", completou, dizendo ainda que circulam no mercado as mais divergentes opiniões sobre o volume de contratação previsto pelo governo, mas que pode o setor "ser surpreendido com um maior volume" na licitação de reserva. 
Assim, a Abeeólica confia que a fonte será competitiva nos dois dias de licitação, que acontece em 17 e 18 de agosto. De forma geral, Simões acredita que seja difícil no momento uma previsão sobre a estratégia dos empreendedores - "são individuais e intransferíveis" -, mas disse acreditar que o setor verá uma disputa bastante acirrada no mês que vem. 
Opinião parecida tem o especialista do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ), Roberto Brandão. Para o analista, as térmicas a gás terão "uma postura mais agressiva", o que deve puxar os preços para baixo. 
"É possível que a gente tenha um preço menor que no último leilão. O A-3 deve ser muito competitivo. O custo da eólico baixou nos últimos anos, com uma situação melhor na compra de equipamentos", analisou em conversa com o Jornal da Energia. Vale lembrar que o preço médio das usinas eólicas no último leilão foi de R$133/MWh, enquanto, neste ano o A-3 se iniciará no patamar de R$139/MWh. 
Em relação ao leilão de reserva, o estudioso do Gesel tem opinião contrária. Apesar de também apresentar dúvidas sobre o montante a ser viabilizado, Brandão acredita que o volume não deve ser muito expressivo."Não existe um critério muito claro, mas dado o que já se contratou nos últimos anos e o espaço não é muito grande, não acredito que seja um leilão que irá contratar muitos empreendimentos".

19/07/2011

Leilão A-3 terá preço teto de R$139 por MWh; no certame de reserva, teto será de R$146 por MWh

Notem o preço para o leilão de reserva. Competindo somente com biomassa no leilão de reserva é possível que o preço fique nos níveis do leilão de 2010. Bom para o segmento, que necessita mostrar rentabilidade. Segue a reportagem abaixo por Luciano Costa - Jornal da Energia.

Aneel aprova editais e marca eventos para 17 e 18 de agosto; expansão de Jirau teve tarifa máxima fixada em R$102 por MWh
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na tarde desta segunda-feira (18/7) os editais dos leilões de energia A-3 e de reserva, marcados para 17 e 18 de agosto, respectivamente. O primeiro certame, que poderá contratar parques eólicos, usinas a biomassa, térmicas a gás natural e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) terá preço-teto de R$139 por MWh para todas as fontes. A exceção é o projeto de expansão da hidrelétrica de Jirau, que somente poderá vender sua produção por preços abaixo de R$102 por MWh. No certame de reserva, que contará com eólicas e biomassa, o limite será diferente: R$146 por MWh.
Os contratos fechados no A-3 terão início de suprimento marcado para 1º de março de 2014 e poderão ser fechados por disponibilidade ou quantidade de energia, dependendo da fonte. No leilão de reserva, serão assinados contratos de energia de reserva na modalidade por quantidade, com início de fornecimento em 1º de julho de 2014.
Empresas estrangeiras poderão participar da concorrência sozinhas ou em consórcio, sendo que, nesse caso, a liderança do grupo deverá ser de uma companhia brasileira. Caso investidores do exterior vençam de forma isolada, deverão criar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) constituída sob as leis brasileiras para receber a outorga e tocar o empreendimento.
A Aneel também destaca que os acordos tiveram "alterações relevantes" em sua redação para "conferir maior clareza às obrigações assumidas pelas partes" - compradores e vendedores. Os documentos serão publicados na edição desta terça-feira (19/7) do Diário Oficial da União.

27/06/2011

1 GIGAWATT



Divulgo aqui vídeo com a bela iniciativa da Abeeólica para celebrar a marca de 1 Gigawatt de energia eólica instalado no Brasil. Esta marca foi alcançada por ocasião da entrada em operação do parque eólico Elebrás Cidreira (70 MW) em Tramandaí-RS. Já superada a marca, os próximos parques a entrar em operação serão so de Bom Jardim e Água Doce localizados no estado de Santa Catarina.
Conforme dados da Aneel, O Brasil tem hoje 1.006 MW eólicos com autorização para gerar energia, o que representa 0,87% da capacidade total instalada no país (115 GW). Para o próximo leilão A-3 já estão cadastrados 429 projetos eólicos equivalentes a 10,9 GW.

Além do vídeo outras informações podem ser encontradas em: http://1gigawatt.org.br

Com informações da Abeeólica, Aneel e Portal Energia Hoje.

26/04/2011

CPFL faz acordo com ERSA e cria CPFL Energias Renováveis

SÃO PAULO (Reuters) - A CPFL anunciou no final da terça-feira uma associação com a produtora de energia renovável Ersa, em uma operação em que deterá 63,6 por cento de uma nova unidade focada em pequenas usinas hidrelétricas, termelétricas a biomassa e centrais de energia eólica.
Segundo a CPFL, que tem entre os principais sócios o grupo Camargo Corrêa e o fundo de pensão do Banco do Brasil (Previ), a expectativa é que a associação seja concluída em agosto.
A nova empresa criada, CPFL Energias Renováveis, terá um portfólio de ativos que somarão 1.034 megawatts de potência distribuídos por usinas que incluem 33 pequenas centrais hidrelétricas (PCH), 4 parques eólicos e 4 termelétricas a biomassa em operação.
A operação vai ocorrer por meio de duas unidades da CPFL: CPFL Geração e CPFL Comercialização. A CPFL Geração vai separar suas PCHs e transferí-las para a holding Nova CPFL, que terá como acionistas a empresa e a CPFL Comercialização e ficará com as PCHs e os empreendimentos da Comercialização.
A holding então será incorporada pela Ersa e com isso a CPFL Geração e CPFL Comercialização passarão a integrar o bloco de controle da Ersa, detendo conjuntamente 63,6 por cento do capital total e votante.
Os atuais acionistas da Ersa, que incluem o Pátria Investimentos, a empresa norte-americana de gestão de recursos Eton Park e o fundo do BTG Pactual FIP Brasil Energia, ficarão com os 36,4 por cento restantes.
"No contexto da associação, os ativos envolvidos foram avaliados em 4,5 bilhões de reais", afirma a CPFL em comunicado ao mercado.
Somando o portfólio de empreendimentos em operação, construção e preparação para construção com os potenciais renováveis em desenvolvimento, a nova empresa tem 4.375 MW de potência.
Na carteira dos empreendimentos, 45 por cento correspondem a energia eólica, 36 por cento a biomassa e 18 por cento a PCHs.

25/04/2011

Eólicas lideram em número de projetos cadastrados para leilões de A-3 e reserva

Térmicas a gás e à biomassa também aparecem em números expressivos, segundo a EPE; prazo para cadastro foi prorrogado
As usinas de geração de energia a partir do vento lideram, até o momento, o número de projetos inscritos para os leilões de energia de reserva e de A-3, marcados para julho. O certame, que vai contratar empreendimentos com início da geração em 2013, teve os prazos para cadastro prorrogados pelo Ministério de Minas e Energia, mas grande parte dos investidores já entregou os documentos para participar da licitação.
Segundo o diretor de energia elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Carlos de Miranda, o governo resolveu dar mais tempo às empresas devido a pedidos, principalmente do setor de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que ainda tentam obter aprovação de projetos junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) também havia sugerido que a data limite fosse passada para o mês de maio.
"Acho que o ministério mandou bem fazendo essa extensão, mas, de qualquer maneira, já temos bastante usinas que se inscreveram. Eólicas, principalmente, que sempre têm vindo em maior número em todos leilões de que participam", adianta Miranda. Segundo o diretor da EPE, é possível ver também um grande interesse das outras fontes no certame, com "bastante oferta de (usinas a) gás" e "biomassa comparecendo em um número também bem significativo".
Miranda espera uma grande concorrência na licitação, com preços bem próximos entre as diversas fontes de energia. "Todo mundo sabe os preços que estão sendo praticados por cada uma das fontes. Então, evidentemente, se (os investidores) estão cadastrando, é porque sentem que são competitivos", analisa o executivo do governo. "A expectativa é muito boa. De novo nós vamos ter uma oferta superior à demanda, mostrando que o setor elétrico continua sendo visto pelos empreendedores como um bom negócio".

01/04/2011

Parques eólicos da Energisa terão turbinas da Vestas

Dinamarquesa vai fornecer 75 máquinas para 150MW em usinas da empresa no Rio Grande do Norte
A dinamarquesa Vestas, produtora de aerogeradores, anunciou nesta quinta-feira (31/3) que fechou contrato com a Energisa. A companhia vai fornecer 75 turbinas, cada uma com 2MW de capacidade instalada, para parques eólicos que serão construídos no Rio Grande do Norte.
As usinas Ventos de São Miguel, Renascença , Renascença II, Renascença III e Renascença IV somarão 150MW em potência. Os parques foram viabilizados no leilão de energia promovido em agosto do ano passado pelo governo. Pelo cronograma estabelecido entre as duas empresas, a Vestas iniciará a entrega dos equipamentos no começo de 2012 e terminará o serviço até o final do ano. As plantas têm até janeiro de 2013 para iniciar a geração de energia. Os investimentos previstos nos empreendimentos são de R$560 milhões.
O contrato da Vestas com a Energisa prevê o fornecimento e instalação dos aerogeradores, bem como o comissionamento das máquinas. Também foi fechado, por cinco anos, o acesso da Energisa a um pacote de serviços e manutenção para turbinas eólicas oferecido pela companhia dinamarquesa.
Fonte: Jornal da Energia