26/07/2012

Renova vende créditos de carbono de parques eólicos do leilão de 2010


Notícia boa! Créditos de Carbono com certeza aumentam a rentabilidade dos projetos eólicos. Infelizmente a incerteza sobre esta receita impede que possam ser considerados na análise de rentabilidade dos projetos.

Além disto pesa sobre o Brasil o fato de nossa matriz energética ter grande parcela de energia renovável o que cria uma distorção muito interessante: Devido à matriz energética da China ter grande parcela de energia de origem fóssil, os projetos de energia renovável da China geram mais créditos de carbono para uma mesma quantidade de energia renovável gerada. Na prática o crédito da carbono chinês "vale mais" que o crédito de carbono Brasileiro. Isto precisa ser repensado. 


Negócio com banco alemão deve adicionar até R$2,2 milhões anuais aos cofres da geradora

A Renova Energia fechou um contrato com o banco alemão Deutsche Bank para venda de créditos de carbono a serem emitidos pelos seus projetos eólicos que venderam energia em um leilão de 2010. Embora o negócio tenha sido firmado em agosto de 2011, a transação divulgada ao mercado nesta quarta-feira (25/7), quando a empresa enviou comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre o assunto.

Segundo a Renova, o valor a ser pago pelo banco, que também tem filiais no Brasil, será exercido parte por preço fixo e parte por percentual do preço de mercado spot. Sendo assim, se as usinas registrarem exatamente a geração do mesmo montante contratado, o acordo pode representar uma receita adicional à companhia de R$2,2 milhões por ano.

Os créditos de carbono são certificados emitidos para uma pessoa ou empresa que reduziu a sua emissão de gases de efeito estufa (GEE). Uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono, que pode ser negociado no mercado internacional. Comprar créditos de carbono equivale a adquirir uma permissão para emitir GEE.

De acordo com a Renova, o registro dos projetos do certame de 2010 na Organização das Nações Unidas (ONU) está previsto para ocorrer até 31 de dezembro de 2012 e o contrato com o Deutsche Bank tem prazo de sete anos. O tempo conta a partir da entrada dos parques eólicos em operação, que está prevista para setembro de 2013.

Nos projetos do complexo eólico Alto do Sertão I, do leilão de energia de reserva de 2009, a companhia optou por não vender os créditos antecipadamente, como fez com os empreendimentos de 2010. No entanto, a documentação para comercialização dos créditos desses projetos foi aprovada no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e será submetida ao registro junto à ONU - para depois serem negociados no mercado.

Já no caso dessas usinas de 2009, a receita com a venda de cerca de 365 mil créditos de carbono poderia render R$2,7 milhões à companhia. 

A empresa também deve negociar os créditos referentes a usinas que participaram do leilão de 2011. Nesse caso, os trâmites estão em elaboração e a expectativa é de que uma eventual comercialização poderia render uma receita adicional de R$ 1,9 milhões por ano.


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