O site do MME divulgou hoje a nomeação de Luiz Augusto Barroso como o novo presidente da EPE. Luiz Barroso é matemático, com doutorado em matemática aplicada (otimização) ao setor elétrico. Atualmente, é diretor executivo da PSR, consultoria na qual atua há cerca de 18 anos, liderando estudos de planejamento, regulação, finanças, gestão de riscos e comercialização de energia no Brasil e em mais de 30 países (Fonte: MME) .
Nosso segmento é extremamente dependente da EPE. Dependemos deles para cadastro em novos leilões e para "validar" outorgas da ANEEL. No entanto, a principal dependência é quanto aos rumos que a expansão do setor elétrico tomará no futuro. É EPE que lidera os Planos Decenais de Expansão (PDEs) e o Plano Nacional de Energia. Estes documentos, embora bastante dinâmico, contém as premissas para as características da expansão do Setor Elétrico Brasileiro.
Sob Tolmasquin a EPE teve uma gestão em certos momentos controversa, mas no geral adequadas as necessidades do setor de energias renováveis. A chegada de Barroso demonstra uma opção por um ambiente de planejamento mais centrado no mercado e nos agentes e menos acadêmico e centralista. Basta analisar os artigos da PSR para chegar a esta conclusão.
O setor de fontes alternativas, em especial a eólica, não deve ficar intranquilo com a chegada de Barroso. A PSR tem grande tradição no setor elétrico e são muito conhecidos pela experiência com UHEs. No entanto, foi a PSR a autora do estudo sobre energia eólica que auxiliou na tomada de decisão do MME pela promoção do primeiro LER (Leilão de Energia de Reserva) exclusivo para a fonte eólica em 2009. Este leilão foi um marco na revitalização da fonte eólica no mercado brasileiro depois de um PROINFA tão cheio de percalços. Este mesmo entende a dinâmica da fonte eólica e das demais renováveis indicando sua preocupação com a intermitência da fonte e preocupados com uma definição adequada das garantias físicas desta fonte. Mais segura
Reflito esta tranquilidade citando parte do artigo de Barroso e seus colegas Mario Veiga e José Rosenblatt:
"Em nossa opinião, as bases do modelo setorial são solidas e permitem atingir os objetivos que queremos, que são os da segurança de suprimento e modicidade tarifária. No entanto, o modelo é uma peça de relojoaria, com muitas engrenagens que precisam operar “encaixadas”. O que está ocorrendo hoje é que suas engrenagens estão desencaixadas. Precisamos assegurar a existência e sustentabilidade do ACL, buscar a isonomia concorrencial entre o ACL e ACR, qualidade na informação contida nos preços de curto e longo prazo e trabalhar arduamente para a estabilidade regulatória. Estes são os ingredientes que permitem eficiência econômica e o funcionamento eficiente do setor." Fonte: PSR.
Podemos ficar tranquilos. O setor elétrico ganha com a chegada de Barroso. E a eólica também.
Podemos ficar tranquilos. O setor elétrico ganha com a chegada de Barroso. E a eólica também.
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Parabéns pelo Blog meu amigo! Sucesso!!!
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