27/04/2012

WEG adia investimento em produção de turbinas eólicas


A situação atual do mercado impõe condições que não permitem o crescimento sem tomada de risco. Vejam o que informa Fabíola Binas - Jornal da Energia
Empresa diz que não vai entrar em guerra de preços e aguarda estabilização do mercadoPor Fabíola Binas, de São Paulo (SP)
A catarinense WEG, que anunciou no começo de 2011 a criação de uma joint venture com o grupo espanhol M Torres Olvega para a fabricação de turbinas eólicas, resolveu colocar os planos na gaveta. Ao menos por um tempo. Nesta quinta-feira (26/4), durante teleconferência com investidores, o diretor de relações com investidores, Laurence Beltrão Gomes, revelou que a empresa "não pretende entrar em guerra de preços nesse negócio".
O executivo citou os valores de tarifa atingidos pelas eólicas nos últimos leilões, na casa dos R$100 por MWh, considerados bastante baixos, como motivo para repensar a atividade e tirar o pé do acelerador. "Estamos fazendo a transferência da tecnologia, desenvolvendo o produto. Acreditamos que temos algo muito interessante para o mercado. Mas ao mesmo tempo esse segmento passa por um momento de queda de preços. Nesse sentido, a gente tem algum cuidado e essa decisão foi tomada", explicou.
Segundo o diretor de RI, "o investimento específico em energia eólica foi relativamente baixo" e a unidade em Jaraguá do Sul (SC) que fabricaria os aerogeradores "consegue direcionar essa capacidade para outros segmentos que podem ser mais interessantes".
"A gente não tem que, desesperadamente, botar para ocupar essa capacidade, então podemos nos dar o luxo de escolher e não entrar em uma guerra de preços", apontou Gomes. Ele afirma que a WEG agora está "observando o mercado" e ficará atenta ao desenrolar dos próximos meses. "Gradualmente, à medida que esses preços se estabilizem e passem a ser mais recompensadores, passaremos a atuar", concluiu.

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